quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Valorização individual ou coletiva na sociedade?
Durante décadas, os seres
humanos mantêm uma cultura norteada pela competição, na qual o objetivo é que
cada pessoa sempre supere às outras, alcançando ganhos sociais e econômicos,
decorrentes de “sucesso” obtidos individualmente.
O processo de competição é
considerado salutar e correto por determinados segmentos sociais, que
compreendem tratar-se de algo natural, que faz parte do dia a dia da sociedade,
a qual deve reconhecer e valorizar “os vitoriosos”, sem que haja uma reflexão aprofundada
dos métodos utilizados de determinadas conquistas.
Como a ideologia do sistema vigente
prega a competição entre as pessoas, verifica-se que a mesma é assimilada no
interior das famílias, considera o berço da sociedade, levando os pais a
disputarem o amor dos(as) filhos(as), bem como estimular a concorrência entre
eles(as), fatos que geralmente ocorrem de forma inconsciente.
A doutrinação do sistema é
observada com maior ênfase nos estabelecimentos de ensino, que valoriza a disputa
entre os(as) alunos(as), através das olímpiadas escolares com premiação
exclusiva aos vencedores e não a todos participantes, além do destaque dado
aqueles(as) que obtêm as melhores notas.
A disputa dos(as) estudantes
é mantida de forma permanente, tanto em escolas públicas como particulares, as
quais, estão criando “turmas especiais” para os(as) alunos(as) que tem os
melhores currículos escolares, separadamente dos demais, visando a obtenção dos
primeiros lugares em vestibular, como se tal situação por si só, fosse
fundamental para posterior formação dos(as) mesmas.
Em qualquer campo de
atividade humana, se observa que há sinais de competição, sempre havendo alguém
querendo mostrar supremacia sobre outras pessoas, tomando medidas e adotando
posições voltadas para o que se denomina “subir na vida” e ter maior status na
sociedade.
Esta busca de supremacia
representa a disputa pelo poder, reinante em todas relações sociais e não só na política partidária,
havendo o uso de alegação como “os meios justificam os fins” para adoção de
atitudes antiéticas e que só visam derrubar as outras pessoas para se manter no
“poder”, mesmo que este seja efêmero ou até ilusório.
Conforme a ótica do sistema
vigente, o ter é mais importante do que o ser, ou seja, as pessoas sempre estão
querendo ampliar seus bens, o que leva ao acirramento da competição humana na
tentativa de galgar espaços profissional e social.
É importante salientar que
este blogueiro não defende a ideia que as pessoas não sejam valorizadas pelo
seu desempenho individual, porém não pode ser admitida a falta de respeito às
demais pessoas na busca de conquistas e ganho, como se vê atualmente em diversas
situações.
Como passo de mudança,
verifica-se a necessidade de incentivar, a cooperação e a solidariedade entre
as pessoas, o que fará que a competição desleal e desumana fique em segundo
plano, possibilitando a construção de novo formato de relacionamento humano,
que contribuirá no surgimento de uma sociedade justa e fraterna, na qual haja valorização
das ações coletivas com maior vigor.
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