domingo, 12 de julho de 2015
O racismo no Brasil: O caso Maju é mais um ...
Entre os assuntos discutidos pelas
redes sociais nos últimos dias, teve destaque as injúrias raciais sofridas pela
jornalista Maria Júlia (Maju) da Rede Globo, a qual recebeu solidariedade e apoio de milhares de
pessoas, da própria Rede Globo através do Jornal Nacional, algo nunca visto
anteriormente.
Em princípio, é importante ressaltar que a agressão cometida contra a jornalista é absurda e a mesma merece total apoio e solidariedade, assim como qualquer pessoa que passe pelo mesmo constrangimento e seja vítima da intolerância racial reinante no âmbito da sociedade brasileira e que atinge negros e negras independentes da social ou atividade profissional.
O episódio oferece uma excelente oportunidade para se pensar sobre o racismo, um assunto considerado como um “tabu” por alguns segmentos sociais, sendo, ao longo dos tempos, “escondido em baixo do tapete”, se negando a existência de preconceito racial no Brasil, tentando passar a ideia que há uma “democracia racial” no país, ou seja, haveria possibilidade de qualquer afrodescendente mudar suas condições de vida, dando exemplos da ascensão social de uma minoria da população negra, “esquecendo” que tal ascensão é esporádica e mesmo assim, essa pequena parcela sofre, costumeiramente, discriminação, como ocorreu no caso da jornalista Maju.
A prática demonstra que a ideia de “democracia racial” não passa de uma tentativa de mascarar a realidade vivenciada por negros e negras, que compõem a grande camada da população brasileira excluída socialmente, sendo vítimas permanentes de toda espécie de violência, sobrevivendo na periferia urbana, para onde foram descolados com a abolição da escravatura e, que até o momento, não foram criadas condições de sua inserção de forma real na sociedade.
O racismo é algo corriqueiro no Brasil e mantem barreiras para o povo negro, sendo um grande mal a ser combatido diariamente, verificando-se que o preconceito se encontra enraizada na relações humanas, passando de geração para geração, sendo expressado de forma direta verbal ou fisicamente, assim como sutilmente e camuflado, através de gestos e olhares, que dificulta sua identificação, constatando-se que uma parcela da população do país pode ser considerada racista.
Registre-se, ainda, que a expressão do racismo pode ser notada através de brincadeiras de mau gosto, com piadas discriminatórias, como era o caso do antigo Programa “Os Trapalhões” já mencionado em uma postagem anterior deste Blog, ou, no caso recente dos atletas brancos da equipe de ginástica brasileira que fizeram e gravaram várias piadas de teor racista com um atleta negro da equipe.
Observa-se que após a divulgação de episódios racistas, algumas pessoas se defendem utilizando o mesmo argumento: “tudo não passou de um engano, que não quis efetuar ofensa racial e que tenho até amigos negros”, ou seja, tentam criar um anteparo para suas atitudes preconceituosas, levando então muitos episódios para o esquecimento com passar do tempo, até que ocorra outro fato que venha ocupar espaço na mídia, como foi o caso da jornalista Maria Júlia.
Esse espaço na mídia é bastante limitado pois, geralmente, só há divulgação do fato, sem se realizar nenhum acompanhamento do desdobramento das ações racistas, bem como não são realizados debates que possam aprofundar a questão do preconceito, visto o interesse das redes de comunicações (rádios, televisões e jornais) na manutenção do status quo que só beneficia os autores das injúrias raciais.
Cabe lembrar que as grandes redes de comunicações, incluindo a própria Rede Globo e outros setores conservadores da sociedade brasileira, realizam campanhas sistemáticas direta e indiretamente contra as políticas públicas desenvolvidas nos últimos anos e que são voltadas para o combate ao racismo e à promoção da Igualdade Racial, entre as quais a adoção das cotas e a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial.
Finalizando, deve ser ressaltado que a implementação das referidas políticas públicas representa um passo fundamental para reparar os problemas históricos enfrentados pela população negra e criar mecanismos para que tal população possam alcançar os direitos fundamentais e básicos para que qualquer ser humano possa sobreviver independente da raça ou cor da pele e que o preconceito racial seja um fato superado e que não seja uma marca reinante no Brasil.
Em princípio, é importante ressaltar que a agressão cometida contra a jornalista é absurda e a mesma merece total apoio e solidariedade, assim como qualquer pessoa que passe pelo mesmo constrangimento e seja vítima da intolerância racial reinante no âmbito da sociedade brasileira e que atinge negros e negras independentes da social ou atividade profissional.
O episódio oferece uma excelente oportunidade para se pensar sobre o racismo, um assunto considerado como um “tabu” por alguns segmentos sociais, sendo, ao longo dos tempos, “escondido em baixo do tapete”, se negando a existência de preconceito racial no Brasil, tentando passar a ideia que há uma “democracia racial” no país, ou seja, haveria possibilidade de qualquer afrodescendente mudar suas condições de vida, dando exemplos da ascensão social de uma minoria da população negra, “esquecendo” que tal ascensão é esporádica e mesmo assim, essa pequena parcela sofre, costumeiramente, discriminação, como ocorreu no caso da jornalista Maju.
A prática demonstra que a ideia de “democracia racial” não passa de uma tentativa de mascarar a realidade vivenciada por negros e negras, que compõem a grande camada da população brasileira excluída socialmente, sendo vítimas permanentes de toda espécie de violência, sobrevivendo na periferia urbana, para onde foram descolados com a abolição da escravatura e, que até o momento, não foram criadas condições de sua inserção de forma real na sociedade.
O racismo é algo corriqueiro no Brasil e mantem barreiras para o povo negro, sendo um grande mal a ser combatido diariamente, verificando-se que o preconceito se encontra enraizada na relações humanas, passando de geração para geração, sendo expressado de forma direta verbal ou fisicamente, assim como sutilmente e camuflado, através de gestos e olhares, que dificulta sua identificação, constatando-se que uma parcela da população do país pode ser considerada racista.
Registre-se, ainda, que a expressão do racismo pode ser notada através de brincadeiras de mau gosto, com piadas discriminatórias, como era o caso do antigo Programa “Os Trapalhões” já mencionado em uma postagem anterior deste Blog, ou, no caso recente dos atletas brancos da equipe de ginástica brasileira que fizeram e gravaram várias piadas de teor racista com um atleta negro da equipe.
Observa-se que após a divulgação de episódios racistas, algumas pessoas se defendem utilizando o mesmo argumento: “tudo não passou de um engano, que não quis efetuar ofensa racial e que tenho até amigos negros”, ou seja, tentam criar um anteparo para suas atitudes preconceituosas, levando então muitos episódios para o esquecimento com passar do tempo, até que ocorra outro fato que venha ocupar espaço na mídia, como foi o caso da jornalista Maria Júlia.
Esse espaço na mídia é bastante limitado pois, geralmente, só há divulgação do fato, sem se realizar nenhum acompanhamento do desdobramento das ações racistas, bem como não são realizados debates que possam aprofundar a questão do preconceito, visto o interesse das redes de comunicações (rádios, televisões e jornais) na manutenção do status quo que só beneficia os autores das injúrias raciais.
Cabe lembrar que as grandes redes de comunicações, incluindo a própria Rede Globo e outros setores conservadores da sociedade brasileira, realizam campanhas sistemáticas direta e indiretamente contra as políticas públicas desenvolvidas nos últimos anos e que são voltadas para o combate ao racismo e à promoção da Igualdade Racial, entre as quais a adoção das cotas e a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial.
Finalizando, deve ser ressaltado que a implementação das referidas políticas públicas representa um passo fundamental para reparar os problemas históricos enfrentados pela população negra e criar mecanismos para que tal população possam alcançar os direitos fundamentais e básicos para que qualquer ser humano possa sobreviver independente da raça ou cor da pele e que o preconceito racial seja um fato superado e que não seja uma marca reinante no Brasil.
Assinar:
Postagens (Atom)