A questão dos resíduos sólidos (costumeiramente denominado como lixo) é um das principais assuntos colocado em pauta nos debates ambientais, mostrando como o tema tem uma relevância junto a determinados segmentos da sociedade brasileira, geralmente, indicando soluções voltadas para reciclagem, coleta seletiva e apoio as organizações de catadores.
Apesar dos avanços já alcançados com referência ao assunto, compreendo que há um longo caminho a ser percorrido para que os problemas sócio-ambientais decorrentes da geração dos resíduos sólidos, principalmente nos centros urbanos, sejam definitivamente solucionados.
Entre os avanços, destaca-se a organização nacional dos(as) catadores(as) de materiais recicláveis e em diversas cidades brasileiras, formando associações ou cooperativas, apresentando propostas voltadas para preservação ambiental e melhoria da qualidade de vida do segmento.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos representa outro passo importante na busca de soluções para os problemas, com a mesma tendo, entre outros, os seguintes objetivos: redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, destinação adequada dos rejeitos, minimização da utilização dos recursos naturais e aumento da renda dos(as) catadores(as) de materiais recicláveis.
Compreendo, ainda, que para os objetivos acima sejam alcançados, observa-se que há necessidade da mudança de hábitos e costumes de grande parte da população, que é o grande desafio que se tem para solucionar de forma definitiva a problemática dos resíduos sólidos nas cidades/municípios brasileiros, que além de ações educativas, depende da transformação do modelo da sociedade em que vivemos, a qual se encontra centrada no consumismo excessivo notadamente da população com maior poder aquisitivo.
É importante lembrar que o consumo excessivo acelera a utilização irracional dos recursos naturais, bem como aumentar a geração do lixo, conforme se comprova pela pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), a qual indica que o Brasil produziu 60,8 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos em 2010, ou seja, uma quantia 6,8% superior ao registrado em 2009, aumentando a média de lixo gerada por pessoa de 359 kg para 378 kg de um ano para outro (2009 para 2010).
A pesquisa indica, ainda, que, em 2010, só 3205 municípios do Brasil tiveram iniciativas relacionadas aos programas de coleta seletiva, representando um acréscimo de 1,6% em referência a 2009, quando 3152 municípios desenvolveram tais programas, salientando que mais de 2000 municípios dos 5565 existentes no território brasileiro não tem nenhuma ação relacionada com a questão da coleta seletiva.
Os resultados da pesquisa indicam que há urgência na reversão da situação, que passa por decisões políticas e técnicas dos gestores, aonde se inclui o fortalecimento dos canais de participação e envolvimento da população, fundamentais para que qualquer proposta referente à questão seja consolidada, buscando evitar a continuidade da degradação ambiental e demais problemas decorrentes da crescente geração de resíduos sólidos no interior da sociedade brasileira.
Entendo que com a participação e envolvimento da sociedade se obterá resultados positivos em programas educativos, coleta seletiva e apoio aos grupos de catadores(as) de materiais recicláveis, ocasionando a melhoria ambiental e diminuição de riscos à saúde pública devido aos resíduos sólidos, bem como no tocante a construção de um modelo de sociedade menos consumista.
As prefeituras deveriam investir mais na coleta seletiva, inclusive com campanhas nos meio de comunicação. Deve-se pensar, também, em solução a médio e longo prazo, com um processo educativo nas escolas de ensino fundamental
ResponderExcluirTEXTO ESCLARECEDOR, GOSTEI. A EDUCAÇÃO E FUNDAMENTAL, CONCORDO COM ALMIR
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