As
expectativas criadas em torno da aprovação de metas de sustentabilidade na
Conferência Rio+20 não se efetivou na prática, sendo tomadas decisões tímidas,
que pouco ou quase nada irão contribuir para minimizar os problemas atualmente
existentes no Planeta, demonstrando que os chefes de estados não conseguiram
superar as divergências e colocar seus interesses econômicos e políticos em
segundo plano em prol da melhoria das condições socioambientais.
Os
resultados obtidos em tal Conferência se assemelham aqueles de encontros
mundiais anteriores, nos quais os países considerados mais ricos, busca a
manutenção do “status quo”, não permitindo que avancem as proposições voltadas
para reversão do quadro de degradação que atinge a população residente em áreas
vulneráveis, situadas principalmente em países mais pobres.
É interessante
observar que o documento aprovado pelos governantes mundiais é denominado de “O
Futuro que Queremos”, porém não apresenta nem os objetivos de desenvolvimento
sustentável, que só deverão entrar em vigor em 2015, logicamente se forem cumpridas
as agendas definidas na Conferência e vencidos os obstáculos atualmente
existentes.
Diante da
situação, torna-se evidente que, apesar da crise financeira mundial, os
interesses capitalistas continuam sendo mantidos, já que o encontro do Rio de
Janeiro não criou mecanismos suficientes para minimizar a exploração dos recursos
naturais, a destruição da biodiversidade em todo planeta, bem como a exclusão
social de grande parcela da humanidade.
Neste
contexto, o documento final da Conferência Rio+20 não traz esperança para crise
que assola a Terra, se configurando o quadro que os governos não encontrarão
saídas para o problema, sem que a sociedade civil aumente seu foco de atuação
na agenda ambiental, definindo prioridades a serem atingidas do ponto de vista
local e global.
A temática
ambiental deve ser uma apropriação coletiva, cujo debate do tema em qualquer
esfera necessita incluir os efeitos negativos do capitalismo, cujos tentáculos,
que prejudica a qualidade de vida, os recursos naturais e coloca em risco a
continuidade de vida na Terra.
Observa-se,
então, a necessidade de ampliar a mobilização mundial no sentido de reverter o
quadro alarmante que envolve a questão socioambiental na atual conjuntura
mundial, pois não se pode aceitar que em defesa do desenvolvimento de cada país
se mantenha o risco de devastação ora existente em diversas partes do Planeta.
A construção
da agenda ambiental só se efetivará caso os movimentos sociais consigam superar
as divergências existentes sobre concepção de sociedade, defendendo estratégias
comuns para o objetivo maior, que é a implantação de meios sustentáveis de sobrevivência
da espécie humana, englobando temas como trabalho, uso dos recursos naturais,
bem estar social, saúde, educação, lazer, tolerância racial, sexual, política e
religiosa, entre outros.
Finalizando,
ressalte-se que, após a Rio+20, a mobilização da sociedade, com o
fortalecimento da cidadania local e global, é fator prepotente para que os
governos possam construir mecanismos voltados para o desenvolvimento realmente sustentável,
garantindo um Planeta melhor para todas pessoas e não só para uma elite social.
Acredito que toda temática ambiental é fruto da coletividade.
ResponderExcluirPortanto considero que temos ainda que avançar para repensar a nossa vida e a sustentabilidade dela, já!
Boa reflexão e belo artigo!
Dálete Mª Lago C. Santos
Nós ja sabíamos que as poderosas e capitalistas nações não iriam assumir suas obrigações. Faltou tb uma posição FIRMe DO GOVERNOM BRASILEIRO. VAMOS Em FRENTE COM A LUTA, ISSO FOI determinado pela CÚPULA DOS POVOS. NÃO DESISTIREMOS E VAMOS VENCER É UMA UTOPIA.
ResponderExcluirAB
EMILIA