É
imaginável que alguém possa dar algo que não tem para outra pessoa, logo, com
base neste princípio, pode-se perguntar se é possível oferecer ajuda ao
outro(a) sem antes se ajudar? Ou ainda,
se aquele(a) que não se ama pode amar outra pessoa?
Baseando-se
em questões refletivas com as acima apresentadas, Austro Queiróz impulsionou o Movimento
Phenix, contribuindo com a formação e expansão de grupos de autoconhecimento no
Brasil (Recife, São Paulo e Porto Alegre) e em países europeus (Espanha,
França, Alemanha e Suíça) a partir de 1983.
Com
certeza a maioria dos leitores deste texto aqui postado nunca ou leram algo
escrito por Austro Queiróz ou mantiveram contato com o mesmo, então,
incialmente, é importante informar que Austro nasceu em Pernambuco, no dia 12
de agosto de 1948 e faleceu em Paris, aonde viveu parte de sua vida, em
novembro de 2012, tendo sido graduado em medicina e atuado como psiquiatra e psicoterapeuta e, sem nenhuma
dúvida, teve como grande missão a
disponibilização de suas ideias e experiências para o fortalecimento do
Movimento Phenix.
Pessoalmente,
este blogueiro passou a manter contato com Austro em 1996, durante o processo
de sensibilização do Movimento Phenix na busca de atrair pessoas para o grupo
de Recife quando, com visão distorcida de militante político, o vi como uma
pessoa que só queria ser o líder de uma seita, visão que mudaria rapidamente,
pois diferentemente dos conhecidos lideres políticos e religiosos, ele buscava
compartilhar suas ideias na ânsia que cada participante do Movimento alcançasse
seu próprio crescimento, não permitindo a briga do “poder pelo poder” como se
ver em diversos segmentos sociais.
Baseando-se
no passáro fênix da mitologia grega, o qual “renascia das cinzas”, Com a
utilização da técnica denominada “espelhamento”, o Movimento Phenix permitia
que cada participante pudesse se ver a parit do sofrimento, a dor, as queixas, as inquietações de
outros componentes das reuniões do grupo, já que tais problemas são os mesmos, variando somente na
forma de manifestação de cada pessoa.
É
importante registrar que o Movimento Phenix nunca funcionou como terapia e se
que qualquer transformação coletiva só poderá se concretizar caso seja
precedida de transformações de cada ser humano, o que pode ser visto como
trivial e simples, mais que torna complicado ao irmos para prática, já que,
geralmente, as mudanças individuais são rejeitadas ou colocadas em segundo
plano, baseando-se em discursos como “ se deve olhar para o próximo” ou “superar
as injustiças”, que, na realidade, funcionam como paralisantes de ações práticas o avanço da consciência do
si para a construção da consciência coletiva.
Em
sua linha de pensamento, Austro procurava mostrar que, constantemente, cada ser
humano vive “jogando pérolas aos porcos”, ou seja, as oportunidades de mudanças
e de crescimento são desprezadas, pelo receio de mudar posturas e atitudes, mantendo
“status quo” e não permitindo o que ele chamava da “cura da dor”, pelo fato de
não perdoar a si mesmo, concretizando o
ditado popular que “chapéu de otário é marreta”.
As
ideias apregoadas por Austro no Movimento Phenix não se baseavam em opções
sexuais, politicas, religiosas, raça ou classe social dos membros do grupo,
pois buscava buscavam a coerência de cada pessoa para despertar e olhar para si
mesmo, o que, conforme já dito, não é fácil no dia a dia, como vivenciado pelo
autor deste blog.
Caso
qualquer leitor do blog queira conhecer as ideias de Austro Queiróz poderá efetuar
uma pesquisa na internet e encontrará diversos textos escritos pelo mesmo que, com
certeza, oferecerá oportunidade de reflexões e transformações individuais.
É
importante registrar que dando sequência aos ensinamentos de Austro, o Movimento
Phenix fez aquisição de uma área no município de Bonito (PE), buscando a
preservação da biodiversidade ali existente, compreendendo a necessidade do respeito
e valorização dos recursos da a natureza, fundamentais para continuidade da
espécie humana no planeta.
Diante
da trajetória e contribuições de Austro, o Movimento Phenix decidiu intitular o
dia 12 de agosto, data de seu nascimento, como “Dia da Consciência Phenix”, buscando manter vivo o
legado deixado por aquele que foi o responsável pela expansão de ideias
fundamentais não só para o Movimento mais para humanidade como toda, caso seja
realmente praticada, além de ser uma forma de agradecimento pelos conhecimentos repassados por vários anos.
Porque para mim conhecer a mim mesmo tem sido um desafio, se conhecer e crescer não é fácil, acolhendo cada parte de si mesma, aprendendo a fazer escolhas cada vez mais conscientes, perdoando e aceitando cada parte de mim mesma, que insiste em não se aceitar, faz parte desse aprendizado, e dos grandes ensinamentos legados ao mundo Por Austro Queiroz!!
ResponderExcluirAgradecida por esse texto!! Dálete
A pedra fundamental não foi a terapia, porém as semanas que frequentei algumas atividades da Casa em Recife, valeram pra mim como tal. Não posso desvincular a aquisição de um pouco mais de equilíbrio naquele período. Vez ou outra ainda aplico em mim a técnica do relaxamento cinético e insigths continuam aparecendo para firmeza emocional. E não só eu, mas centenas de pessoas fazem parte desse legado. É tudo de bom!
ResponderExcluirMuita saudade do Grupo. Quando pesquiso no google, parece que so sobrou vc. Abçs.85 997224282
ResponderExcluirRodolfo
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