No último dia do ano, dois garis apresentaram, na Rede Bandeirantes, uma mensagem com votos de feliz ano novo e, em seguida, graças a um áudio ligado durante o intervalo do Jornal da Band, pode ser ouvido o seguinte comentário do jornalista Boris Casoy: "Que merda: dois lixeiros desejando felicidades do alto da suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho", fato que chamou atenção de diversas pessoas.
Qual o significado desse comentário? Que aprendizado pode ser tirado? Representa um fato isolado na sociedade que vivemos?
Antes de mais nada, o comentário retrata o preconceito do jornalista contra uma categoria profissional que tem presta serviços fundamentais para população, devendo ser repudiado pela sociedade de forma categórica.
O pedido de desculpas, ocorrido na edição do Jornal do dia seguinte, ocorreu de forma fria e formal, não modificando nada do que foi dito anteriormente, pois o áudio ligado deu oportunidade de demonstrar a nitidez da concepção de Boris Casoy sobre a categoria dos garis, merecendo total repúdio e, plagiando o prórprio jornalista, poderíamos dizer: "Isso é uma vergonha!".
Pessoalmente, registro que já mantive convivência direta com garis durante o desempenho de atividades profissionais nas Prefeituras de Olinda e Recife, verificando que eles (elas) executam atividades que deveriam ter maior valorização, devido sua importância para preservação ambiental e da saúde pública, devido os problemas que podem ser gerados pelo lixo.
Repudiamos o pensamento de Boris Casoy, porém não podemos esquecer que o mesmo não é um fato isolado, pois outras pessoas têm preconceito contra essa categoria profissional, não reconhecendo sua importância social e para isto basta observar que já ouvimos, em diversas ocasiões, comentários do tipo: “menino se você não estudar, vai acabar varrendo rua”. Ou isto, também, não é uma forma de preconceito?
O comentário de Boris Casoy nos dá uma oportunidade de observar que o preconceito é uma marca na sociedade, apesar de muitas pessoas desejarem empurrar tal situação para debaixo do tapete, não querendo ver a realidade que nos cerca e acompanha diariamente.
Verificamos, infelizmente, práticas de discriminações sociais, como no caso de Boris Casoy, raciais, religiosas, entre outras, tornando as relações artificiais e sem consistência, faltando respeito e, principalmente, amor nas relações humanas.
Do ponto de vista social, levantamos algumas questões para serem refletidas por cada leitor ou leitora deste Blog:
- Qual a diferença do pensamento de Boris Casoy para a prática da proibição das empregadas domésticas utilizarem o elevador social em muitos condomínios? Elas, nestes casos, são consideradas como o que?
- Qual tratamento é dado as pessoas que trabalham em muitos condomínios? Elas são valorizadas como seres humanos?
- Que tratamento é dado aos empregados que prestam serviços no nosso local de trabalho? Tratamos todos e todas por igual, independente de ser diretor, motorista, vigilante, responsável pela limpeza, etc?
- Que ensinamentos repassamos diariamente para filhos e filhas sobre esta questão? Valorizamos suas relações com pessoas de poder aquisitivo inferior ao da nossa família?
Respondendo as questões acima e outras semelhantes, observaremos que existem diversos exemplos de ações preconceituosas nas relações diárias, e que merecem nosso repúdio, assim como devemos fazer com o jornalista Boris Casoy, pois do contrário, nunca conseguiremos construir uma sociedade fraterna e justa.
Cabe lembrar que a discriminação de Boris Casoy com referência aos garis, decorre da visão que a elite tem da sociedade, se achando superior aos demais segmentos sociais, buscando manter uma relação semelhante aquelas do período da escravidão, com a camada explorada permanecendo em eterna senzala.
Esta situação só deverá tomar novos rumos quando as pessoas exploradas e discriminadas tomarem consciência da necessidade de se organizarem coletivamente e juntas realizarem as mudanças nas relações sociais, derrubando a estrutura de exploração da sociedade capitalista, assumindo seu papel de classe trabalhadora, que é a principal responsável pelas grandes transformações que vivemos no mundo.
Bem até que alcançamos este estágio, continuamos apelando que o áudio, ligados em intervalos comerciais, nos dê oportunidade de ouvir comentários como do tipo de Boris Casoy, proporcionando o debate sobre o assunto, onde cada pessoa poderá vê se tem ou não práticas preconceituosas semelhantes.
Qual o significado desse comentário? Que aprendizado pode ser tirado? Representa um fato isolado na sociedade que vivemos?
Antes de mais nada, o comentário retrata o preconceito do jornalista contra uma categoria profissional que tem presta serviços fundamentais para população, devendo ser repudiado pela sociedade de forma categórica.
O pedido de desculpas, ocorrido na edição do Jornal do dia seguinte, ocorreu de forma fria e formal, não modificando nada do que foi dito anteriormente, pois o áudio ligado deu oportunidade de demonstrar a nitidez da concepção de Boris Casoy sobre a categoria dos garis, merecendo total repúdio e, plagiando o prórprio jornalista, poderíamos dizer: "Isso é uma vergonha!".
Pessoalmente, registro que já mantive convivência direta com garis durante o desempenho de atividades profissionais nas Prefeituras de Olinda e Recife, verificando que eles (elas) executam atividades que deveriam ter maior valorização, devido sua importância para preservação ambiental e da saúde pública, devido os problemas que podem ser gerados pelo lixo.
Repudiamos o pensamento de Boris Casoy, porém não podemos esquecer que o mesmo não é um fato isolado, pois outras pessoas têm preconceito contra essa categoria profissional, não reconhecendo sua importância social e para isto basta observar que já ouvimos, em diversas ocasiões, comentários do tipo: “menino se você não estudar, vai acabar varrendo rua”. Ou isto, também, não é uma forma de preconceito?
O comentário de Boris Casoy nos dá uma oportunidade de observar que o preconceito é uma marca na sociedade, apesar de muitas pessoas desejarem empurrar tal situação para debaixo do tapete, não querendo ver a realidade que nos cerca e acompanha diariamente.
Verificamos, infelizmente, práticas de discriminações sociais, como no caso de Boris Casoy, raciais, religiosas, entre outras, tornando as relações artificiais e sem consistência, faltando respeito e, principalmente, amor nas relações humanas.
Do ponto de vista social, levantamos algumas questões para serem refletidas por cada leitor ou leitora deste Blog:
- Qual a diferença do pensamento de Boris Casoy para a prática da proibição das empregadas domésticas utilizarem o elevador social em muitos condomínios? Elas, nestes casos, são consideradas como o que?
- Qual tratamento é dado as pessoas que trabalham em muitos condomínios? Elas são valorizadas como seres humanos?
- Que tratamento é dado aos empregados que prestam serviços no nosso local de trabalho? Tratamos todos e todas por igual, independente de ser diretor, motorista, vigilante, responsável pela limpeza, etc?
- Que ensinamentos repassamos diariamente para filhos e filhas sobre esta questão? Valorizamos suas relações com pessoas de poder aquisitivo inferior ao da nossa família?
Respondendo as questões acima e outras semelhantes, observaremos que existem diversos exemplos de ações preconceituosas nas relações diárias, e que merecem nosso repúdio, assim como devemos fazer com o jornalista Boris Casoy, pois do contrário, nunca conseguiremos construir uma sociedade fraterna e justa.
Cabe lembrar que a discriminação de Boris Casoy com referência aos garis, decorre da visão que a elite tem da sociedade, se achando superior aos demais segmentos sociais, buscando manter uma relação semelhante aquelas do período da escravidão, com a camada explorada permanecendo em eterna senzala.
Esta situação só deverá tomar novos rumos quando as pessoas exploradas e discriminadas tomarem consciência da necessidade de se organizarem coletivamente e juntas realizarem as mudanças nas relações sociais, derrubando a estrutura de exploração da sociedade capitalista, assumindo seu papel de classe trabalhadora, que é a principal responsável pelas grandes transformações que vivemos no mundo.
Bem até que alcançamos este estágio, continuamos apelando que o áudio, ligados em intervalos comerciais, nos dê oportunidade de ouvir comentários como do tipo de Boris Casoy, proporcionando o debate sobre o assunto, onde cada pessoa poderá vê se tem ou não práticas preconceituosas semelhantes.
moacir
ResponderExcluiro fato é identico ao da parabolica do ricupero, quando ministro da fazenda nos idos de 1994 nascimento do real só deve aparecer o que interessa a elite: mulçumano terrorista, negros bandidos e etc. no mais não pode algemar de paletó e colarinho branco, boris casoi não é uma vergonha não ele é uma farsa com seus comentários moralistas