segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Um país rico em ... preconceitos


Há cada momento se observa atos preconceituosos de caráter individual e de diversos agrupamentos em todo Brasil, o que demonstra o enraizamento da intolerância entre nós, apesar da tentativa de continuar varrendo tais situações “para debaixo do tapete”, como se fosse possível esconder estes males que atingem nossas relações sociais mantidas no dia a dia.
O processo de discriminação passa por questões social, econômica, racial, sexual, religiosa, educacional, regional, entre outras, desfazendo o discurso que se buscou implantar no seio da sociedade que vivemos em um país em clima de paz e harmonia.
O Brasil não pode viver em paz e harmonia se, diariamente, são observadas ações aonde determinadas pessoas não respeitam, pó exemplo, o direito da opção sexual de outras pessoas, se observando casos de violência decorrentes da homofobia, como ocorreu neste final de semana em são Paulo e vem sendo divulgado pela imprensa.
Não há paz e harmonia no país se os nordestinos e as nordestinas são considerados como párias da sociedade por parte de paulistas, cariocas e sulistas, como aconteceu durante o período eleitoral e continua ocorrendo após a recente eleição, se pregando que o povo do nordeste deve ser considerado de categoria inferior devido à opção realizada durante a eleição, mas que, na realidade, reflete o pensamento reinante em parte das elite do Sul e Sudeste.
Não se terá relações pacíficas na sociedade brasileira enquanto persistirem idéias como as expressadas por Boris Casoy, que humilhou dois garis em intervalo de um programa jornalístico na televisão e que foi divulgado diante um áudio se encontra aberto.
A exclusão social é uma forma descriminante  aonde a elite se julga superior aos demais segmentos sociais, buscando manter a classe explorada em eterna senzala como no período da escravidão, havendo a necessidade de mudar tal quadro de exploração, estando a raiz do problema na estrutura capitalista da sociedade brasileira.
O processo de discriminação necessita ser combatido permanentemente, lembrando que durante o mês de novembro se comemora o “mês da consciência negra” e, não se pode deixar de ressaltar o preconceito contra as pessoas de origem afro-brasileira, através de fatos que não ocorrem isoladamente, mas que se observam continuamente, apesar da existência de legislação punitiva para tais casos.
Este preconceito contra o povo negro se estende, automaticamente, para suas expressões culturais e religiosas, sendo, neste último caso, evidente os sinais de intolerância religiosa, com as religiões de origem afro-brasileiras sendo consideras do diabo, principalmente por pessoas que se dizem cristãs e se esquecem do ensinamento do próprio Cristo, o qual sempre proclamou a necessidade de se ”amar o próximo como a si mesmo”.
As pessoas que pautam sua vida pelos atos de discriminação se encontram carregadas de ódio, necessitando mudar as práticas e valores de vida, para que possam ser felizes e, realmente, contribuir para que o Brasil se torne um país com melhores condições para se viver, aonde as barreiras separatistas sejam superadas, caso contrário, continuaremos vivendo em uma país rico em...  preconceitos.

Um comentário:

  1. O problema pode aumentar, se começar a aprecer: "O dia da consciencia Indigena", O dia da Consciencia Amarela" ou "O dia da Consciencia Branca", aí sim teremos que te muitos tapetes para esconder.Tinhamos(?) no Brasil, preconceito social, MAS com as "cotas raciais" PARA UNIVERSIDADES ETC, passaremos a ter A PERIGOSA E INACEITAVEL DISCRIMINAÇÃO RACIAL , QUE VIGOROU(VIGORA?) NOS ESTADOS UNIDOS.

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