No dia 08 de março é celebrado o “Dia Internacional das Mulheres”, momento importante para uma avaliação sobre a ocupação feminina de espaços dentro da sociedade brasileira e consolidação de conquistas, que não foram alcançadas de forma gratuita, porém a partir do processo de organização e luta das próprias mulheres.
Não se deve esquecer, que, historicamente, a sociedade foi construída com a predominância de uma classe social sobre as demais, provocando um sistema de exclusão e a submissão de pessoas, entre as quais se incluem as mulheres, que eram consideradas como pessoas de segunda categoria, situação que vem mudando ao longo do tempo, pois as mulheres buscam, cada vez mais, garantir seus direitos e fazerem ser respeitadas.
O capitalismo alimenta a situação desfavorável para mulheres em ambientes de trabalho, escolar e familiar, mantendo formas de exploração das mesmas, como a sexual, econômica, social, entre outras, com uma parcela dos homens continuando se julgando como seres superiores aos outros homens e as mulheres, indicando que há um caminho a ser percorrido na busca de outras transformações efetivas e quebra das barreiras machistas.
Neste contexto, a ideia de supremacia masculina leva aos atos de violência contra a mulher, que é definida pela ONU (Organização das Nações Unidas) como um caso de violação dos direitos humanos, não podendo tal crime ser encobertado como ocorria antigamente, inclusive com uso de argumentos religiosos, pois, efetivamente, provoca sérios danos a saúde da mulher violentada, cabendo a qualquer pessoa denunciar os casos que tomar conhecimento.
Do ponto de vista político, observa-se uma grande participação feminina nas organizações e movimentos sociais, porém, tem-se ainda uma pequena presença das mulheres na política formal, com a bancada feminina na Câmara Federal representando somente 8,77% do quantitativo de parlamentares da Casa, ou seja, 45 deputadas e, no Senado existem 12 senadoras no total de 81 cadeiras, com a Presidente Dilma sendo a 11ª mulher a assumir a presidência de um país da América Latina e a primeira no Brasil, salientando, ainda, conforme a pesquisa da ONU, denominada “As mulheres do Mundo 2010”, que só haviam 14 países governados por mulheres em todo planeta naquele ano.
As barreiras sociais e as injustiças ainda cometidas contra as mulheres necessitam ser combatidas diariamente tanto pelas próprias mulheres como por homens conscientes que só assim se garantirá um mundo socialmente mais justo e fraterno, no qual as pessoas possam viver igualitariamente e sem preconceito e descriminação, possibilitando a ampliação da ocupação feminina de espaços na sociedade.
Concordo que já houveram muitos avanços para as condições, mas muito se tem ainda par afazer, no tocante a situação de ser uma trabalhadora e maternidade."A mulher peão" não consegue amamentar ,não tem flexibilidade de horario.o que se tem é insuficiente.
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