Na
postagem anterior deste blog, foi realizada uma análise sobre a valorização
individual das pessoas, deixando em segundo plano a valorização coletiva, o que
fortalece a idéia que se deve subir de qualquer forma, passando por cima de
qualquer obstáculo, inclusive de outro ser humano, já que o importante é ter
status social e acúmulo de bens.
A
questão da individualidade além de ser tratada como algo natural por
determinados segmentos sociais, tornou-se uma prática rotineira nas relações
humanas, se escutando, constantemente, que “primeiro eu e depois os outros”,
além de muitas pessoas viverem buscando tirar vantagens em tudo, só querendo
garantir o que é de seu interesse.
Nessa
ótica, as pessoas querem estar sempre na frente das demais, como se a vida
fosse uma eterna competição, observando-se que, em diversos momentos, a
aquisição de determinado produto não por necessidade do mesmo, mas para se
possuir um melhor do que aquele de outra pessoa, buscando mostrar um ”grau de
superioridade”, que é irrelevante e totalmente fútil.
O
individualismo reinante nas relações sociais provoca um processo de
relacionamento irracional com o meio ambiente por parte dos seres humanos, que
tendem a efetuar o uso inadequado dos recursos naturais, que são vistos como instrumentos
de satisfações pessoais, através do consumo desenfreado de produtos
diversificados.
É
interessante observar o discurso ético de preservação ambiental, mantido pela
maioria dos seres humanos, só se refere às ações de terceiros, não incluindo suas
práticas individuais, que as julgam não serem prejudiciais e agressivas ao meio
ambiente.
A
manutenção de tal forma de relacionamento com o meio ambiente se torna
impraticável, visto o nível de problemas que necessitam, urgentemente, ser
contidos e revertidos, visando à garantia da continuidade de vida no planeta, com
as futuras gerações humanas se encontrando seriamente ameaçadas.
Compreendendo
a importância dos trabalhos de educação ambiental, observa-se, infelizmente,
que grande parte dos mesmos ainda não faz uma abordagem profunda sobre os
problemas ambientais provocados pelo individualismo das pessoas, salientando
que a referida abordagem deveria se basear no questionamento da ideologia do
sistema vigente na sociedade.
Deve
ser ressaltado que as ações educativas só irão surtir efeitos a partir do
momento que cada pessoa reveja suas práticas, avaliando que há necessidade de
contribuir com o crescimento coletivo da sociedade e não só pensar em si
próprio, como se fosse o centro do universo.
Dentro
da pluralidade da sociedade, a construção de espaços e ações coletivas se torna
um desafio permanente, devendo se quebrar barreiras e conceitos enraizados, como
o machismo, preconceito racial, intolerância religiosa, entre outros, que se
baseiam na individualidade e na superioridade de um ser humano sobre outro e,
logicamente, sobre o meio ambiente.
Como
um dos passos fundamentais para mudança dessa realidade, verifica-se que as
pessoas não precisam concorrer e sim atuar em parcerias, acrescentando que é
fundamental o reconhecimento das virtudes e não os defeitos de seus semelhantes,
avaliando que qualquer ser humano tem sempre algo para contribuir com melhoria
das relações humanas e do próprio planeta.
Certamente,
a partir dessa atitude, as pessoas passarão a ser valorizadas pelo seu “ser’ e
não pelo seu “ter”, proporcionando um avanço no relacionamento das pessoas, o que este blogueiro espera que
não seja uma utopia e chegue a se tornar realidade, pois só assim, os seres humanos
estão provando que são realmente racionais, efetuando mudanças que garantam a sustentabilidade socioambiental e a própria
sobrevivência da espécie.
Oi, Amor
ResponderExcluirBelo texto no teu aniversário!!
Parabéns pelos dois!
Dálete
devemos iniciar por desteceirizar as pessoas, isto é no limite do egoismo e da dita não transgressão estão terceirizando o eu, quando se mostram como acima do bem e do mau, e tratam muito de uma etica inexistente no inicio, vejamos é isso ai!
ResponderExcluirmoacir
A vida das pessoas tem se furtado simplesmente a colher status e se apoderar de tudo e todos a qualquer custo.Sabemos que isso tem essência no capitalismo que impera a vários e longos anos.é cada vez mais necessário de desprender das questões materiais e buscar fortalecer as ações de caráter coletivo,até porque,ninguém faz nada sozinho.Ai é que está as nossas devoções e busca pela educação integrada as demais políticas públicas com ações éticas, de solidariedade, fraternidade e amor próprio e ao próximo também. Parábens pelo texto caro Amigo Ademir.
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