Após
alguns meses de paralisação, estamos retornando com a postagem no blog,
trazendo para o debate o termo “desenvolvimento sustentável”, surgido em 1987.
Continuo contando com a análise e contribuições dos(as) leitores(as) dos textos aqui postados.
Em 2014 completa 27 anos do lançamento
do conceito “desenvolvimento sustentável” no Relatório Bundtland elaborado pela
Comissão sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da Assembleia das Nações Unidas,
cabendo, portanto, uma reflexão se o referido conceito vem sendo inserido nas ações
humanas a partir de seu surgimento.
Entre as diversas definições para o
termo “desenvolvimento sustentável”, pode-se afirmar, conforme o site da
WWF-Brasil, que é “o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração
atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras
gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro”, ou
seja, os seres humanos deveriam, a partir de então, pensar em mudanças de suas
atitudes para garantir a continuidade da própria espécie no planeta.
Embora presente em diversos planos, estudos
e livros didáticos, observa-se que o termo “desenvolvimento sustentável” ainda
é uma utopia a ser alcançada nas ações humanas em larga escala, ocorrendo a
manutenção de práticas consideradas nefastas que começam proporcionar danos
irreversíveis ao meio ambiente, afetando o futuro da humanidade e dos demais
seres ainda existentes na natureza.
O cenário construído pela maioria dos
seres humanos é preocupante, visto que suas ações são voltadas ao crescimento
econômico desenfreado e a busca de um excessivo consumismo, levando a geração
de uma quantidade excessiva de resíduos e o uso inadequado dos recursos
naturais, que vão se extinguindo ou tornando-se escasso.
O termo “desenvolvimento sustentável”
continuará sendo utópico enquanto faltar inclusão de sustentabilidades
ambiental, econômica e sócio-política nas ações humanas, que possibilitem
transformações concretas no relacionamento com o meio ambiente e nas relações
humanas.
Durante os últimos 27 anos,
verificou-se a realização de encontros e conferências ambientais, com a
celebração de acordos e tratados, com a definição de metas a serem cumpridas
sobre o “desenvolvimento sustentável”, porém, paradoxalmente, os problemas ambientais
continuaram avolumando nesse intervalo de tempo, como, por exemplo, aqueles
relacionados às mudanças climáticas, que afetam o planeta como todo.
Observa-se, ainda, a manutenção do
status quo da parcela da população a mais favorecida social e economicamente, que
permanecem com níveis de vida diferenciados da maioria dos seres humanos, pois
as metas de transformações não foram implantadas para rever o quadro de
exclusão social ainda vigente.
Compreende-se, então, que há
necessidade de ser dado um passo diferenciado no sentido de alcançar o
“desenvolvimento sustentável”, que, certamente, depende da construção de novas
relações na sociedade para que todos seres humanos possam viver satisfatoriamente, bem
como que haja a preservação das espécies naturais através da utilização
racional dos recursos da terra e minimização dos problemas ambientais.
Oi, Ademir.
ResponderExcluirSeu texto é muito esclarecedor e traz à tona o que é básico para que esse conceito de desenvolvimento sustentável deixe a esfera teórica e passe às relações cotidianas. Um dos grande problemas, talvez, seja esse mesmo, das nossas relações cotidianas com o consumo. Abç. Soninha (lembra-se de mim?)
Valeu companheiro,hoje tava reclamando que Chico tem me enviado pouco texto pra ler,ai tenho voce de volta(Josa)
ResponderExcluirÉ sempre Bom ver conceitos, aprender a rever nossas práticas e a relação com o consumo sem limite e sem noção da vida que cria vida!
ResponderExcluirTexto reflete essa reflexão, e que devemos nos ver a cada instante!
Dálete
Parabéns Ademir, o texto está muito bom! Traz à tona a discussão sobre o tal "desenvolvimento sustentável".
ResponderExcluirSergivan Silva