sábado, 11 de janeiro de 2014

Desenvolvimento sustentável: 27 anos de utopia.....

Após alguns meses de paralisação, estamos retornando com a postagem no blog, trazendo para o debate o termo “desenvolvimento sustentável”, surgido em 1987. Continuo contando com a análise e contribuições dos(as)  leitores(as) dos textos aqui postados.
Em 2014 completa 27 anos do lançamento do conceito “desenvolvimento sustentável” no Relatório Bundtland elaborado pela Comissão sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da Assembleia das Nações Unidas, cabendo, portanto, uma reflexão se o referido conceito vem sendo inserido nas ações humanas a partir de seu surgimento.
Entre as diversas definições para o termo “desenvolvimento sustentável”, pode-se afirmar, conforme o site da WWF-Brasil, que é “o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro”, ou seja, os seres humanos deveriam, a partir de então, pensar em mudanças de suas atitudes para garantir a continuidade da própria espécie no planeta.
Embora presente em diversos planos, estudos e livros didáticos, observa-se que o termo “desenvolvimento sustentável” ainda é uma utopia a ser alcançada nas ações humanas em larga escala, ocorrendo a manutenção de práticas consideradas nefastas que começam proporcionar danos irreversíveis ao meio ambiente, afetando o futuro da humanidade e dos demais seres ainda existentes na natureza.
O cenário construído pela maioria dos seres humanos é preocupante, visto que suas ações são voltadas ao crescimento econômico desenfreado e a busca de um excessivo consumismo, levando a geração de uma quantidade excessiva de resíduos e o uso inadequado dos recursos naturais, que vão se extinguindo ou tornando-se escasso.
O termo “desenvolvimento sustentável” continuará sendo utópico enquanto faltar inclusão de sustentabilidades ambiental, econômica e sócio-política nas ações humanas, que possibilitem transformações concretas no relacionamento com o meio ambiente e nas relações humanas.
Durante os últimos 27 anos, verificou-se a realização de encontros e conferências ambientais, com a celebração de acordos e tratados, com a definição de metas a serem cumpridas sobre o “desenvolvimento sustentável”, porém, paradoxalmente, os problemas ambientais continuaram avolumando nesse intervalo de tempo, como, por exemplo, aqueles relacionados às mudanças climáticas, que afetam o planeta como todo.
Observa-se, ainda, a manutenção do status quo da parcela da população a  mais favorecida social e economicamente, que permanecem com níveis de vida diferenciados da maioria dos seres humanos, pois as metas de transformações não foram implantadas para rever o quadro de exclusão social ainda vigente.
Compreende-se, então, que há necessidade de ser dado um passo diferenciado no sentido de alcançar o “desenvolvimento sustentável”, que, certamente, depende da construção de novas relações na sociedade para que todos seres  humanos possam viver satisfatoriamente, bem como que haja a preservação das espécies naturais através da utilização racional dos recursos da terra e minimização dos problemas ambientais.

4 comentários:

  1. Oi, Ademir.
    Seu texto é muito esclarecedor e traz à tona o que é básico para que esse conceito de desenvolvimento sustentável deixe a esfera teórica e passe às relações cotidianas. Um dos grande problemas, talvez, seja esse mesmo, das nossas relações cotidianas com o consumo. Abç. Soninha (lembra-se de mim?)

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  2. Valeu companheiro,hoje tava reclamando que Chico tem me enviado pouco texto pra ler,ai tenho voce de volta(Josa)

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  3. É sempre Bom ver conceitos, aprender a rever nossas práticas e a relação com o consumo sem limite e sem noção da vida que cria vida!
    Texto reflete essa reflexão, e que devemos nos ver a cada instante!
    Dálete

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  4. Parabéns Ademir, o texto está muito bom! Traz à tona a discussão sobre o tal "desenvolvimento sustentável".
    Sergivan Silva

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