A ideia que o desenvolvimento da
sociedade deve se dar de forma
sustentável, defendida por ambientalistas, vem fazendo parte das plataformas de
partidos e políticos de diferentes ideologias, notadamente em períodos
eleitorais, como, atualmente, devido as proximidades das eleições municipais.
Lembrando que o tema “desenvolvimento
sustentável” foi utilizado pela primeira vez
no Relatório Brundtland elaborado, há, aproximadamente, 30 anos, pela
Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da Organização das
Nações Unidas e, desde então, vem fazendo parte de publicações, de documentos e
de tratados internacionais.
Apesar da inclusão do termo em diversos
documentos partidários e governamentais,
ainda são incipientes as transformações que tangem as interfaces ambiental,
econômica e social e política da sustentabilidade, indicando, até agora, que há
mais discurso do que prática.
Verifica-se que o levantamento da
bandeira em defesa do desenvolvimento sustentável tem, em princípio, fácil
aceitação pela carga emocional transmitida na defesa da importância da
manutenção da qualidade de vida, não esgotamento dos recursos naturais e preservação futura da raça humana.
Contudo, uma análise sobre os
princípios apregoados por cada defensor
do desenvolvimento sustentável possibilita identificar as transformações indicadas
através das proposições apresentadas, verificando-se,
em muitos casos, trata-se de um discurso falacioso, inconsistente e irreal.
O discurso em prol da sustentabilidade de grande parte dos políticos se torna demagogo, já que os mesmos
não respeitam a diversidade e pluralidade da sociedade brasileira, demonstrando
práticas de preconceito e discriminação que impedem uma efetiva qualidade de vida para qualquer
pessoa independente de raça, opção religiosa, política ou sexual. .
A questão da sustentabilidade incluída nas plataformas eleitorais, é imediatamente jogada no
“lixo” por diversos partidos e políticos, autodenominados “ecologistas”, ao
defenderem obras dos que provocam sérios impactos ambientais, como barragens,
hidrelétricas, complexos industriais, entre outras, implementadas por governos
que fazem parte.
O desenvolvimento sustentável é
relegado ao segundo plano quando são propostas ações voltadas para o
crescimento econômico norteadas pela ideia do aumento de consumo, pois não há
uma preocupação com o uso desenfreado dos recursos naturais e possíveis
problemas ambientais.
Acrescente-se, ainda, que,
independente de ideologias, vários políticos afirmam que as normas ambientais
representam um entrave para o desenvolvimento econômico, propondo a flexibilização ou até
mesmo alterações de leis para viabilizar obras e empreendimentos com riscos ao
meio ambiente.
A espoliação de um arcaico sistema
capitalista proporciona que uma parcela
da sociedade permaneça alienada dos benefícios econômicos e sociais, demonstrando
a inviabilidade de implementação de qualquer proposta sobre sustentabilidade que não acarrete sérias transformações no âmbito da sociedade
brasileira.
Cabe, portanto, analisar cada proposta
política apresentada, buscando verificar os alicerces concretos de garantia para o desenvolvimento sustentável, que realmente
ofereça condições transformações para população de modo geral e que não busque
apenas um engodo eleitoral.
Encerrando, este texto não poderia deixar de registrar: FORA TEMER!
Encerrando, este texto não poderia deixar de registrar: FORA TEMER!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPresado Ademir bom dia mais uma vez a sua voz nos representa Parabens.
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