domingo, 27 de dezembro de 2009
Feliz novo amanhã
Chegamos ao final de 2009.
Momento de confraternizações, onde em cada parte do mundo ocidental, as pessoas estarão se abraçando, com a esperança de grandes conquistas no ano novo, como ocorreu no final do ano passado e vem se repetindo anos após anos.
Lógico que não poderemos fugir deste momento, afinal ele faz parte do contexto da sociedade que vivemos, mas, certamente, seria bom que cada um(a) de nós pudesse realizar uma reflexão do significado da frase “Feliz ano novo”do ponto de vista coletivo, buscando ver o que se quer ao pronunciar esta frase como desejo de mudanças na sociedade que vivemos.
É importante lembrar que aqui não me cabe julgar a sinceridade de nenhuma pessoa ao desejar “Feliz ano novo” individualmente, mas, sim, procurar levantar um debate sobre o que realmente queremos a partir de janeiro de 2010 em diante, construindo coletivamente um novo amanhã.
Cada um(a) de nós necessita refletir que contribuição poderá dar para que possamos viver numa sociedade mais justa e humana, com igualdade entre os sexos, sem nenhuma forma de preconceito,como a descriminação racial, intolerância religiosa, opção sexual, aceitando que cada pessoa viva como julgar melhor para si.
Devemos pensar como iremos nos envolver e contribuir na construção de um mundo sustentável, evitando a ampliação da degradação ambiental e diminuindo o consumismo, que acarreta a exploração dos recursos naturais e a geração de uma grande demanda de resíduos descartados na natureza.
Ressaltamos que este novo amanhã necessita do nosso envolvimento na busca de saídas para problemática das mudanças climáticas e do aquecimento global, lembrando que a recente Conferência de Copenhague demonstrou que não podemos aguardar soluções milagrosas dos governantes mundiais.
Neste momento de reflexão, devemos, ainda, realizar uma reflexão sobre a contribuição que devemos dar para combater as injustiças decorrentes da sociedade capitalista, buscando diminuir a exclusão social e garantindo uma boa qualidade de vida para os seres humanos em toda parte do mundo.
Entendo que só poderemos encontrar saídas para os problemas que nos cerca e atinge no dia a dia, caso, passamos a realizar ações coletivas e organizadas, mudando formas de pensar e agir, que só possibilitam a manutenção da situação como estar, precisando de transformações, que a sociedade não pode e não deve esperar que venha, exclusivamente, dos governantes.
O caminho a ser trilhado passa, necessariamente, pelo fortalecimento da cidadania e participação popular, onde precisamos estar presentes nas diversas esferas governamentais, contribuindo com propostas e exigindo o cumprimento das atribuições dos órgãos públicos em seus diversos níveis.
Cada pessoa precisa dar sua contribuição individual para esta transformação coletiva, possibilitando que tenhamos um novo amanhã e mundo melhor, e deixo aqui um poema de Solano Trindade, pernambucano, poeta negro, para nossa reflexão.
Momento de confraternizações, onde em cada parte do mundo ocidental, as pessoas estarão se abraçando, com a esperança de grandes conquistas no ano novo, como ocorreu no final do ano passado e vem se repetindo anos após anos.
Lógico que não poderemos fugir deste momento, afinal ele faz parte do contexto da sociedade que vivemos, mas, certamente, seria bom que cada um(a) de nós pudesse realizar uma reflexão do significado da frase “Feliz ano novo”do ponto de vista coletivo, buscando ver o que se quer ao pronunciar esta frase como desejo de mudanças na sociedade que vivemos.
É importante lembrar que aqui não me cabe julgar a sinceridade de nenhuma pessoa ao desejar “Feliz ano novo” individualmente, mas, sim, procurar levantar um debate sobre o que realmente queremos a partir de janeiro de 2010 em diante, construindo coletivamente um novo amanhã.
Cada um(a) de nós necessita refletir que contribuição poderá dar para que possamos viver numa sociedade mais justa e humana, com igualdade entre os sexos, sem nenhuma forma de preconceito,como a descriminação racial, intolerância religiosa, opção sexual, aceitando que cada pessoa viva como julgar melhor para si.
Devemos pensar como iremos nos envolver e contribuir na construção de um mundo sustentável, evitando a ampliação da degradação ambiental e diminuindo o consumismo, que acarreta a exploração dos recursos naturais e a geração de uma grande demanda de resíduos descartados na natureza.
Ressaltamos que este novo amanhã necessita do nosso envolvimento na busca de saídas para problemática das mudanças climáticas e do aquecimento global, lembrando que a recente Conferência de Copenhague demonstrou que não podemos aguardar soluções milagrosas dos governantes mundiais.
Neste momento de reflexão, devemos, ainda, realizar uma reflexão sobre a contribuição que devemos dar para combater as injustiças decorrentes da sociedade capitalista, buscando diminuir a exclusão social e garantindo uma boa qualidade de vida para os seres humanos em toda parte do mundo.
Entendo que só poderemos encontrar saídas para os problemas que nos cerca e atinge no dia a dia, caso, passamos a realizar ações coletivas e organizadas, mudando formas de pensar e agir, que só possibilitam a manutenção da situação como estar, precisando de transformações, que a sociedade não pode e não deve esperar que venha, exclusivamente, dos governantes.
O caminho a ser trilhado passa, necessariamente, pelo fortalecimento da cidadania e participação popular, onde precisamos estar presentes nas diversas esferas governamentais, contribuindo com propostas e exigindo o cumprimento das atribuições dos órgãos públicos em seus diversos níveis.
Cada pessoa precisa dar sua contribuição individual para esta transformação coletiva, possibilitando que tenhamos um novo amanhã e mundo melhor, e deixo aqui um poema de Solano Trindade, pernambucano, poeta negro, para nossa reflexão.
Meu grande poema
Solano Trindade
Quando os homens tiverem tempo
de ouvir música
de cuidar de seus jardins
me encontrareis cantando
um grande poema
de ouvir música
de cuidar de seus jardins
me encontrareis cantando
um grande poema
Quando forem destruídos os preconceitos
quando as mulheres puderem sorrir
para todos os homens
me encontrareis cantando
um grande poema
Quando houver trabalho livre
quando for franco o amor
me encontrareis cantando
um grande poema.
domingo, 20 de dezembro de 2009
Os presentes de Copenhague
A COP-15, em Copenhague, chegou ao fim e a humanidade continua esperando que se celebre tratado para minimizar os efeitos decorrentes das mudanças climáticas e do aquecimento global, já que, conforme noticiado, o resultado de todo debate ali realizado foi uma “carta de intenções”, sem apoio de todos participantes, empurrando para a Conferência do próximo ano, que ocorrerá no México, qualquer definição sobre o assunto.
Observarmos que não ocorreu definição sobre a taxa de redução dos gases- estufa, conforme recomendação do IPCC- Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática -, buscando evitar uma alta de temperatura superior a 2ºC C em relação aos níveis do período pré-industrial.
Em tese, os países concordam que a temperatura não deve subir acima de 2º C, porém, como cada um irá informar, posteriormente, como irá contribuir para evitar tal elevação através de estabelecimentos de metas específicas, sem haver, um monitoramento e controle dos órgãos mundiais e, somente consultas e análises.
Na “carta de intenções”, os países ricos se comprometem em repassar US$ 30 bilhões nos próximos três anos para ajudar nações pobres a lidar com as alterações climáticas, sem a definição da origem de parte dos recursos, bem como deverão ser aplicados, havendo, ainda, a perspectiva dessa ajuda subir para US$ 100 bilhões por ano, entre 2013 e 2020.
Em uma análise da COP-15, verificamos que ocorreu uma vitória daqueles que tem o interesse em manter a situação no estado que se encontra, mantendo o lucro da empresas sem reversão do quadro de degradação ambiental e emissão de gases poluentes na atmosfera.
Compreendemos que a Conferência de Copenhague não apresentou resultados concretos, pois, na realidade, qualquer questão relacionada ao controle da emissão dos gases depende, necessariamente, de mudanças no sistema de produção da sociedade capitalista, pois os interesses econômicos não devem se sobressair a questão ambiental e ao próprio futuro do planeta.
Em conseqüência da falta de decisão em Copenhague e enquanto se aguarda que os governantes cheguem a um consenso, continuaremos observando o êxodo dos refugiados ambientais, pessoas excluídas socialmente e expulsas de suas terras devido as catástrofes no meio ambiente, decorrentes de ações humanas, como secas, enchentes, queimadas, entre outras.
Contudo, podemos afirmar que a COP-15 deixa grandes presentes para humanidade na semana que antecede o Natal e que presentes seriam estes?
O primeiro deles é que a sociedade civil não pode e não deve esperar que os governantes encontrem, isoladamente, soluções para a questão das mudanças climáticas, havendo a necessidade de ampla mobilização dos segmentos sociais em busca dos problemas que vêem causando aflições em todo planeta.
A repressão sobre os manifestantes em Copenhague é uma demonstração do temor dos governamentais com a mobilização mundial em busca de soluções para os efeitos negativos do aquecimento global, portanto, cada vez mais a sociedade civil mundial tem que se encontrar mobilizada na defesa das questões ambientais e da vida no planeta.
Um segundo presente de Copenhague, é que a solução da problemática das mudanças climáticas depende da implantação de práticas sustentáveis em toda parte do mundo, passando a se ter uma relação harmoniosa com o meio ambiente, incluindo a diminuição dos atuais padrões de consumo e, como conseqüência, o excessivo descarte de resíduos na natureza.
A implantação de práticas sustentáveis depende, logicamente, na mudança de estilo de vida das pessoas, dando maior importância ao “SER do que o ter”, bem como iniciar um processo concreto de superação do sistema capitalista, pois, a raça humana continuará correndo risco de sobreviver enquanto tal sistema imperar, conforme Copenhague acaba de registrar.
Observarmos que não ocorreu definição sobre a taxa de redução dos gases- estufa, conforme recomendação do IPCC- Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática -, buscando evitar uma alta de temperatura superior a 2ºC C em relação aos níveis do período pré-industrial.
Em tese, os países concordam que a temperatura não deve subir acima de 2º C, porém, como cada um irá informar, posteriormente, como irá contribuir para evitar tal elevação através de estabelecimentos de metas específicas, sem haver, um monitoramento e controle dos órgãos mundiais e, somente consultas e análises.
Na “carta de intenções”, os países ricos se comprometem em repassar US$ 30 bilhões nos próximos três anos para ajudar nações pobres a lidar com as alterações climáticas, sem a definição da origem de parte dos recursos, bem como deverão ser aplicados, havendo, ainda, a perspectiva dessa ajuda subir para US$ 100 bilhões por ano, entre 2013 e 2020.
Em uma análise da COP-15, verificamos que ocorreu uma vitória daqueles que tem o interesse em manter a situação no estado que se encontra, mantendo o lucro da empresas sem reversão do quadro de degradação ambiental e emissão de gases poluentes na atmosfera.
Compreendemos que a Conferência de Copenhague não apresentou resultados concretos, pois, na realidade, qualquer questão relacionada ao controle da emissão dos gases depende, necessariamente, de mudanças no sistema de produção da sociedade capitalista, pois os interesses econômicos não devem se sobressair a questão ambiental e ao próprio futuro do planeta.
Em conseqüência da falta de decisão em Copenhague e enquanto se aguarda que os governantes cheguem a um consenso, continuaremos observando o êxodo dos refugiados ambientais, pessoas excluídas socialmente e expulsas de suas terras devido as catástrofes no meio ambiente, decorrentes de ações humanas, como secas, enchentes, queimadas, entre outras.
Contudo, podemos afirmar que a COP-15 deixa grandes presentes para humanidade na semana que antecede o Natal e que presentes seriam estes?
O primeiro deles é que a sociedade civil não pode e não deve esperar que os governantes encontrem, isoladamente, soluções para a questão das mudanças climáticas, havendo a necessidade de ampla mobilização dos segmentos sociais em busca dos problemas que vêem causando aflições em todo planeta.
A repressão sobre os manifestantes em Copenhague é uma demonstração do temor dos governamentais com a mobilização mundial em busca de soluções para os efeitos negativos do aquecimento global, portanto, cada vez mais a sociedade civil mundial tem que se encontrar mobilizada na defesa das questões ambientais e da vida no planeta.
Um segundo presente de Copenhague, é que a solução da problemática das mudanças climáticas depende da implantação de práticas sustentáveis em toda parte do mundo, passando a se ter uma relação harmoniosa com o meio ambiente, incluindo a diminuição dos atuais padrões de consumo e, como conseqüência, o excessivo descarte de resíduos na natureza.
A implantação de práticas sustentáveis depende, logicamente, na mudança de estilo de vida das pessoas, dando maior importância ao “SER do que o ter”, bem como iniciar um processo concreto de superação do sistema capitalista, pois, a raça humana continuará correndo risco de sobreviver enquanto tal sistema imperar, conforme Copenhague acaba de registrar.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Copenhague e as contradições do capitalismo
A atenção mundial continua voltada para a 15ª Conferência do Clima (COP-15) das Nações Unidas, em Copenhague, na Dinamarca, onde representantes de mais de 190 países vêem buscando encontrar soluções para a problemática ambiental, diante os efeitos provocados pelas mudanças climáticas.
Durante toda semana, verificamos que a mídia vem divulgando reportagens sobre os riscos que a humanidade poderá correr se não se chegar a um acordo durante a Conferência, mostrando, também, a divisão entre os países considerados ricos e aqueles considerados emergentes, como Brasil, China e Índia.
Observamos que cada parte busca defender seus interesses econômicos, não se encontrando, até o momento, um ponto consensual, ficando a expectativa de como terminará a Conferência, havendo a possibilidade de não se fechar acordo ou mesmo as decisões ali tomadas não serem aceitas por parcela dos participantes.
Neste sentido, lembramos que há 61 anos, a ONU aprovou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que era o tema daquela ocasião como meio ambiente é na atualidade, porém, tal Declaração não se encontra implantada em quase sua totalidade pela maior parte dos países.
É fundamental que acompanhemos, com maior cuidado, as discussões e os resultados decorrentes da Conferência, buscando ver qual será o rebatimento no futuro do planeta das decisões ali tomadas, porém, de imediato, devemos ter em mente, que qualquer decisão ali tomada não irá provocar mudanças estruturais nas relações econômicas mundiais, ou seja, a lógica capitalista será mantida.
Por mais cansativo que possa aparecer, não podemos esquecer que a problemática ambiental que passa a humanidade se encontra diretamente relacionada com a separação entre as classes provocada pelo capitalismo, onde uma parcela da humanidade se encontra excluída socialmente, sem se beneficiar daquilo que é gerado nas relações econômicas, sociais e políticas, sendo as principais vítimas dos problemas decorrentes das mudanças climáticas em todo planeta, como as enchentes, desertificação, queimadas, entre outros
Compreendemos que a problemática ambiental decorre das relações dentro do capitalismo, onde, cada vez mais se amplia o abismo social, afastando aqueles incluídos socialmente daqueles que vivem em condições de miserabilidade, que vivem em estado de vulnerabilidade na área rural e nas cidades.
Verificamos que, a partir da lógica capitalista, qualquer processo para controlar os efeitos do aquecimento global, não pode passar pela diminuição dos lucros das empresas, devendo sempre o Estado em assumir a responsabilidade pelas ações que devem ser realizadas para a minimização dos problemas.
Neste período da realização da Conferência de Copenhague, podemos apontar essa contradição dentro do sistema capitalista, pois, ao mesmo tempo, que é exaltada a necessidade de ações para garantir a manutenção futura do planeta, observamos que há um incentivo ao consumismo no período natalino, não mostrando que este consumo leva a utilização irracional dos recursos naturais e geração de resíduos descartados, fatores contribuintes com os efeitos das mudanças climáticas.
Conforme já registrado, anteriormente, compreendemos que a participação da sociedade civil é fundamental para se encontrar saídas para a questão do aquecimento global, havendo, portanto, a necessidade do assunto ser incluído na pauta dos movimentos sociais, buscando ampliar a consciência sócio-ambiental da população, envolvendo-a na mobilização, para que as autoridades mundiais encontrem saídas efetivas para o aquecimento global.
Durante toda semana, verificamos que a mídia vem divulgando reportagens sobre os riscos que a humanidade poderá correr se não se chegar a um acordo durante a Conferência, mostrando, também, a divisão entre os países considerados ricos e aqueles considerados emergentes, como Brasil, China e Índia.
Observamos que cada parte busca defender seus interesses econômicos, não se encontrando, até o momento, um ponto consensual, ficando a expectativa de como terminará a Conferência, havendo a possibilidade de não se fechar acordo ou mesmo as decisões ali tomadas não serem aceitas por parcela dos participantes.
Neste sentido, lembramos que há 61 anos, a ONU aprovou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que era o tema daquela ocasião como meio ambiente é na atualidade, porém, tal Declaração não se encontra implantada em quase sua totalidade pela maior parte dos países.
É fundamental que acompanhemos, com maior cuidado, as discussões e os resultados decorrentes da Conferência, buscando ver qual será o rebatimento no futuro do planeta das decisões ali tomadas, porém, de imediato, devemos ter em mente, que qualquer decisão ali tomada não irá provocar mudanças estruturais nas relações econômicas mundiais, ou seja, a lógica capitalista será mantida.
Por mais cansativo que possa aparecer, não podemos esquecer que a problemática ambiental que passa a humanidade se encontra diretamente relacionada com a separação entre as classes provocada pelo capitalismo, onde uma parcela da humanidade se encontra excluída socialmente, sem se beneficiar daquilo que é gerado nas relações econômicas, sociais e políticas, sendo as principais vítimas dos problemas decorrentes das mudanças climáticas em todo planeta, como as enchentes, desertificação, queimadas, entre outros
Compreendemos que a problemática ambiental decorre das relações dentro do capitalismo, onde, cada vez mais se amplia o abismo social, afastando aqueles incluídos socialmente daqueles que vivem em condições de miserabilidade, que vivem em estado de vulnerabilidade na área rural e nas cidades.
Verificamos que, a partir da lógica capitalista, qualquer processo para controlar os efeitos do aquecimento global, não pode passar pela diminuição dos lucros das empresas, devendo sempre o Estado em assumir a responsabilidade pelas ações que devem ser realizadas para a minimização dos problemas.
Neste período da realização da Conferência de Copenhague, podemos apontar essa contradição dentro do sistema capitalista, pois, ao mesmo tempo, que é exaltada a necessidade de ações para garantir a manutenção futura do planeta, observamos que há um incentivo ao consumismo no período natalino, não mostrando que este consumo leva a utilização irracional dos recursos naturais e geração de resíduos descartados, fatores contribuintes com os efeitos das mudanças climáticas.
Conforme já registrado, anteriormente, compreendemos que a participação da sociedade civil é fundamental para se encontrar saídas para a questão do aquecimento global, havendo, portanto, a necessidade do assunto ser incluído na pauta dos movimentos sociais, buscando ampliar a consciência sócio-ambiental da população, envolvendo-a na mobilização, para que as autoridades mundiais encontrem saídas efetivas para o aquecimento global.
domingo, 6 de dezembro de 2009
O que esperar a partir de Copenhague?
Nesta 2ª feira, é iniciada a 15ª Conferência das Partes da Convenção de Mudanças Climáticas das Nações Unidas – COP 15 -, em Copenhague, na Dinamarca, que deverá reunir chefes de mais de 190 países, objetivando discutir a problemática do aquecimento global e as possíveis saídas para as mudanças climáticas.
Acompanhando pela imprensa, observamos que cada país vem se posicionando com referência a taxa de redução da concentração de gases de efeito estufa n atmosfera, buscando estabelecer metas a serem cumpridas até 2020 em relação ao nível de 1990, onde no caso brasileiro, o Governo vem propondo uma taxa de 36,1 a 38,9%, se comprometendo reduzir em 80%o desmatamento na Amazônia e 40% no Cerrado.
A busca de um acordo global é o grande objetivo da COP 15, devendo ser lembrado que nos encontros anteriores para discussão das mudanças climáticas nunca houve consenso entre os países participantes, lembrando, que o governo norte americano, país que é o segundo emissor de CO2, não assinou o Protocolo de Kyoto e o congresso americano não aprovou a lei que busca estabelecer a redução das emissões dos gases.
Conforme divulgado na imprensa, a expectativa é que a nações participantes assumam metas de redução de 25% a 40% de seus níveis de emissão de carbono em relação a 1990 até 2020. A Conferência estabelecerá novas metas que substituam o Protocolo de Kyoto, que determinou em 1997 a redução de emissões de gases em 8% com base no ano de 1990.
Um acordo mundial em Copenhague deverá proporcionar mudanças no modelo de desenvolvimento mundial, com a utilização de energia mais limpa para produção industrial, diminuindo o uso de combustíveis, como petróleo e carvão.
Acompanhando pela imprensa, observamos que cada país vem se posicionando com referência a taxa de redução da concentração de gases de efeito estufa n atmosfera, buscando estabelecer metas a serem cumpridas até 2020 em relação ao nível de 1990, onde no caso brasileiro, o Governo vem propondo uma taxa de 36,1 a 38,9%, se comprometendo reduzir em 80%o desmatamento na Amazônia e 40% no Cerrado.
A busca de um acordo global é o grande objetivo da COP 15, devendo ser lembrado que nos encontros anteriores para discussão das mudanças climáticas nunca houve consenso entre os países participantes, lembrando, que o governo norte americano, país que é o segundo emissor de CO2, não assinou o Protocolo de Kyoto e o congresso americano não aprovou a lei que busca estabelecer a redução das emissões dos gases.
Conforme divulgado na imprensa, a expectativa é que a nações participantes assumam metas de redução de 25% a 40% de seus níveis de emissão de carbono em relação a 1990 até 2020. A Conferência estabelecerá novas metas que substituam o Protocolo de Kyoto, que determinou em 1997 a redução de emissões de gases em 8% com base no ano de 1990.
Um acordo mundial em Copenhague deverá proporcionar mudanças no modelo de desenvolvimento mundial, com a utilização de energia mais limpa para produção industrial, diminuindo o uso de combustíveis, como petróleo e carvão.
Neste contexto, verifica-se que um acordo em Copenhague só irá ocorrer caso os interesses sócio-ambientais superem os interesses econômicos de cada país, mudando a lógica de relação da sociedade capitalista da busca excessiva do lucro, criando condições para um desenvolvimento sustentável, diminuindo os efeitos negativos da economia globalizada, mudando, inclusive, o estilo de consumo da sociedade.
O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, órgão das Nações Unidas, indica que a temperatura da Terra não pode aumentar mais do que 2º C - em relação ao período pré-Revolução Industrial - até o final do século, caso contrário, a sobrevivência humana estará sob ameaça.
Os especialistas no assunto alertam que os efeitos do aquecimento global atingem em maior escala a parcela excluída da humanidade em diversas partes do mundo, tanto no meio urbano como no meio rural.
No meio rural, observa-se que os efeitos do desmatamento, assoreamento dos rios, queimada e desertificação diminuem a fertilidade do solo, com a falta de água atingindo a população que sobrevive do extrativismo e da lavoura de subsistência, que, então, necessita de encontrar formas de sobrevivência, ampliando a possibilidade de ampliar o êxodo para o meio urbano, ocasionando a ampliação dos problemas sócio-ambientais no meio urbano.
Nas cidades, a população mais pobre que ocupa, geralmente, espaços sem arborização, com carência de serviços de saneamento em áreas de favelas e morros, sofrendo os efeitos do aquecimento global por residirem em áreas vulneráveis de enchentes, correndo os riscos de contaminação e ser atingida por proliferação de insetos e afetada por doenças como dengue, cólera, leptospirose, entre outras.
Observa-se, então, que é fundamental se encontrar saídas urgentes para questão do aquecimento global, pois, do contrário, cada vez mais se acelerará as desigualdades sociais e o abismo que separa as camadas sociais.
Finalizando, compreendo que cabe aos segmentos sociais se envolverem no debate da questão das mudanças climáticas, propondo soluções nas diversas esferas governamentais, na busca de soluções locais e globais a serem adotadas com máxima urgência, já que não se pode esperar que, nos próximos dias, os governos dos países participantes da COP 15 encontrem soluções definitivas para a questão do aquecimento global.
O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, órgão das Nações Unidas, indica que a temperatura da Terra não pode aumentar mais do que 2º C - em relação ao período pré-Revolução Industrial - até o final do século, caso contrário, a sobrevivência humana estará sob ameaça.
Os especialistas no assunto alertam que os efeitos do aquecimento global atingem em maior escala a parcela excluída da humanidade em diversas partes do mundo, tanto no meio urbano como no meio rural.
No meio rural, observa-se que os efeitos do desmatamento, assoreamento dos rios, queimada e desertificação diminuem a fertilidade do solo, com a falta de água atingindo a população que sobrevive do extrativismo e da lavoura de subsistência, que, então, necessita de encontrar formas de sobrevivência, ampliando a possibilidade de ampliar o êxodo para o meio urbano, ocasionando a ampliação dos problemas sócio-ambientais no meio urbano.
Nas cidades, a população mais pobre que ocupa, geralmente, espaços sem arborização, com carência de serviços de saneamento em áreas de favelas e morros, sofrendo os efeitos do aquecimento global por residirem em áreas vulneráveis de enchentes, correndo os riscos de contaminação e ser atingida por proliferação de insetos e afetada por doenças como dengue, cólera, leptospirose, entre outras.
Observa-se, então, que é fundamental se encontrar saídas urgentes para questão do aquecimento global, pois, do contrário, cada vez mais se acelerará as desigualdades sociais e o abismo que separa as camadas sociais.
Finalizando, compreendo que cabe aos segmentos sociais se envolverem no debate da questão das mudanças climáticas, propondo soluções nas diversas esferas governamentais, na busca de soluções locais e globais a serem adotadas com máxima urgência, já que não se pode esperar que, nos próximos dias, os governos dos países participantes da COP 15 encontrem soluções definitivas para a questão do aquecimento global.
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