domingo, 13 de novembro de 2016

Blog de Ademir Damião: Novembro, o Mês da Consciência Negra: Valeu ZUMBI!

Blog de Ademir Damião: Novembro, o Mês da Consciência Negra: Valeu ZUMBI!

Blog de Ademir Damião: Novembro, o Mês da Consciência Negra: Valeu ZUMBI!

Blog de Ademir Damião: Novembro, o Mês da Consciência Negra: Valeu ZUMBI!

Novembro, o Mês da Consciência Negra: Valeu ZUMBI!

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Estamos em novembro, onde celebramos "O Mês da Consciência Negra", que busca intensificar, durante todo mês a questão do racismo no Brasil, fato real que a elite branca do Brasil tenta esconder, afirmando que vivemos numa "democracia racial". Pura mentira, pois o preconceito racial em nosso país continua persistindo e até mesmo crescendo. Às vezes ocorre de forma direta e até parece, em determinados momentos, "chocar" a sociedade, mais, também, ocorre de forma sutil. Em diversas ocasiões, o racismo está presente em atitudes ao nosso lado, mais algumas pessoas fazem de conta que não vê ou ainda não perceberam. O povo negro brasileiro continua sendo pisoteado em seus direitos, com a maioria resistindo de forma brava contra a violência policial que, a partir da cultura branca implantada na época da escravidão, trata o(a) negro(a) como sempre um suspeito em qualquer situação. O Estado Brasileiro foi formatado para atender a elite branca e o povo negro é, de modo geral, tratado com um ser de segundo espécie.
Esta realidade brasileira não mudou desde a escravidão e a Abolição da Escravatura, ou seja a famosa Lei Áurea, assinada pela Princesa Izabel em 13 de maio de 1988 não mudou tal situação, apenas acabou com a famigerada escravidão, mais manteve o povo negro excluído de todos bens sociais e sobrevivendo nas favelas, morros e alagados.
Anos após anos até o momento, pouco ou quase nada foi feito para mudar esta realidade, excetuando os últimos 12 anos, quando o governo brasileiro criou, a partir de demanda dos movimentos negros, políticas públicas de inclusão e promoção da igualdade racial, como é o caso das cotas raciais, que é tão combatida por alguns segmentos sociais e, que, atualmente, sofre risco de ser jogada no lixo pelo governo golpista de Temer.
Diante esta situação só podemos concordar e reafirmar que "13 de maio não é dia de negro", como bem afirma os movimentos negros, até porque o povo negro era livre e foi tornado escravo e não pode aceitar que sua "liberdade" foi dada por uma pessoa branca,
Sendo assim, em homenagem a ZUMBI DOS PALMARES, assassinado em 20 de novembro de 1695, celebra-se o Mês da Consciência Negra" em novembro, pois ZUMBI DOS PALMARES nunca aceitou ser um escravo e junto com outros(as) tantos constituiu o Quilombo dos Palmares, que resistiu anos após anos contra as diversas tentativas da elite branca da época de ser derrubado.
Viva ZUMBI e todos(as) negros e negras que lutaram contra a escravidão e continuam lutando até hoje por dignidade e uma sociedade realmente plural e sem exclusão.
Não podemos esquecer de afirmar que um pais onde há racismo, intolerância religiosa e outros preconceitos machistas, homofóbicos nunca poderá ser considerado democrático.








domingo, 18 de setembro de 2016

Blog de Ademir Damião: A demagogia do discurso sobre sustentabilidade

Blog de Ademir Damião: A demagogia do discurso sobre sustentabilidade

A demagogia do discurso sobre sustentabilidade



A ideia que o desenvolvimento da sociedade deve se dar de  forma sustentável, defendida por ambientalistas, vem fazendo parte das plataformas de partidos e políticos de diferentes ideologias, notadamente em períodos eleitorais, como, atualmente, devido as proximidades  das eleições municipais.
Lembrando que o tema “desenvolvimento sustentável” foi utilizado pela primeira vez  no Relatório Brundtland elaborado, há, aproximadamente, 30 anos, pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas e, desde então, vem fazendo parte de publicações, de documentos e de tratados internacionais.
Apesar da inclusão do termo em diversos documentos  partidários e governamentais, ainda são incipientes as transformações que tangem as interfaces ambiental, econômica e social e política da sustentabilidade, indicando, até agora, que há mais discurso do que prática.
Verifica-se que o levantamento da bandeira em defesa do desenvolvimento sustentável tem, em princípio, fácil aceitação pela carga emocional transmitida na defesa da importância da manutenção da qualidade de vida, não esgotamento dos recursos naturais   e preservação futura da raça humana.
Contudo, uma análise sobre os princípios  apregoados por cada defensor do desenvolvimento sustentável possibilita identificar as transformações indicadas  através das proposições apresentadas, verificando-se, em muitos casos, trata-se de um discurso falacioso, inconsistente e irreal.
O discurso em prol da sustentabilidade de grande parte dos políticos se torna demagogo, já que os mesmos não respeitam a diversidade e pluralidade da sociedade brasileira, demonstrando práticas de preconceito e discriminação que impedem  uma efetiva qualidade de vida para qualquer pessoa independente de raça, opção religiosa, política ou sexual.  .
A questão da sustentabilidade incluída nas plataformas eleitorais, é imediatamente jogada no “lixo” por diversos partidos e políticos, autodenominados “ecologistas”, ao defenderem obras dos que provocam sérios impactos ambientais, como barragens, hidrelétricas, complexos industriais, entre outras, implementadas por governos que fazem parte.
O desenvolvimento sustentável é relegado ao segundo plano quando são propostas ações voltadas para o crescimento econômico norteadas pela ideia do aumento de consumo, pois não há uma preocupação com o uso desenfreado dos recursos naturais e possíveis problemas ambientais.
Acrescente-se, ainda, que, independente de ideologias, vários políticos afirmam que as normas ambientais representam um entrave para o desenvolvimento econômico, propondo a flexibilização ou até mesmo alterações de leis para viabilizar obras e empreendimentos com riscos ao meio ambiente.
A espoliação de um arcaico sistema capitalista  proporciona que uma parcela da sociedade permaneça alienada dos benefícios econômicos e sociais, demonstrando a inviabilidade de implementação de qualquer proposta sobre sustentabilidade que não acarrete sérias transformações no âmbito da sociedade brasileira.
Cabe, portanto, analisar cada proposta política apresentada, buscando verificar os alicerces concretos de garantia para  o desenvolvimento sustentável, que realmente ofereça condições transformações para população de modo geral e que não busque apenas um engodo eleitoral.
Encerrando, este texto não poderia deixar de registrar: FORA TEMER!



segunda-feira, 11 de julho de 2016

Blog de Ademir Damião: Democracia brasileira frente o atual movimento reacionário

Blog de Ademir Damião: Democracia brasileira frente o atual movimento reacionário

Democracia brasileira frente o atual movimento reacionário

Após um período de paralisação, devido ao falecimento de minha mãe, estamos retornando a postagem do Blog, aguardando os comentários julgados  necessários.
Acompanhando o acirramento das desavenças partidárias no Brasil, que culminou com o  afastamento temporário da Presidenta da República, verifica-se  a ampliação de ações reacionárias de pessoas e grupos  no âmbito da sociedade, além de  uma atuação mais incisiva da bancada conservadora no Congresso Nacional, que apoia totalmente o atual governo provisório, no sentido de elaboração de propostas de modificações da legislação para supressão ou impedimento de direitos sociais e da classe trabalhadora.
 É lógico que tal situação não se torna visível caso as observações sejam baseadas em informações dos rádios, televisões e jornais, pois a maioria de tais  meios de comunicações procuram manter o “status quo” de uma sociedade dita “democrática” e qualquer ato  discriminatório passa ser divulgado como excepcional e que não retrata a realidade vivida no Brasil, aliás como sempre ocorreu.
Contudo o mundo cor de rosa brasileiro é algo irreal, no qual se observa que aquelas pessoas consideradas diferentes por uma chamada  “elite social” ocorrem riscos e ameaças permanentes, porque fogem ao padrão estabelecido no seio da sociedade, centrado em conceitos ocidentais e valorização de uma cultura elitista e excludente.
O momento brasileiro é de imensa preocupação, pois o país caminha para um retrocesso visto o perfil das forças políticas que tomaram o poder recentemente, naquilo que se pode  denominar de golpe parlamentar, possibilitando ampliar as condições para pessoas e grupos que almejam  voltar e manter o processo de exclusão de um grande segmento da população, que para os mesmos  “nunca deveriam ter saído das senzalas”, se alastrando ações diretas de discriminações,  antes  expressadas de uma forma mais sutil, que poderão causar sérios riscos para democracia brasileira, caso não sejam combatidas vigorosamente.
Logicamente que esta postagem não terá aceitabilidade unânime, mais caso qualquer pessoa faça uma leitura isenta, verificará que, nos últimos meses, vem, por exemplo, crescendo a matança de jovens negros em todo país, que decorre da ideia preconceituosa que tais jovens possuem o estigma de serem marginais devido a cor da pele e logo deveriam ser eliminados.
Dentro da sociedade e do Congresso Nacional tem-se aqueles  que defendem o fim das cotas raciais, alegando que o problema do Brasil é social e não racial, como se tal separação fosse possível ser realizada, esquecendo  que o povo negro é majoritariamente a camada mais excluída socialmente.
A análise da agenda do Congresso Nacional, construída pela bancada  conservadora, mostra a tendência do aprofundamento maior da cisão na sociedade, pois há diversos projetos de leis que se opõe qualquer forma de avanço nas relações sociais, como a definição aprovada na Comissão Especial do Estatuto da Família do conceito sobre  “família”, que seria o casamento ou união estável de um homem e uma mulher, buscando criar obstáculos para legalização dos relacionamentos homoafetivos, violando tratados internacionais, além do preocupante risco crescente de violência contra o segmento homoafetivo, tanto por ações físicas como psicológicas, como as pregações do tipo  “cura gay” por parte de religiões e pessoas que se autodenominam  “cristãs”.
Verifica-se ainda na pauta do Congresso Nacional, a proposta de retirada da laicidade como doutrina do estado brasileiro, que  caso seja aprovada irá afetar diretamente as religiões afro-brasileiras, cujos rituais e  membros já são seriamente discriminados diariamente, pois só serão consideradas como religião aquelas que professarem a fé judaico-cristã, salientando como exemplo de tal discriminação que o centro ecumênico da vila olímpica da Rio/2016 já não abriu espaços para tais religiões.                   
A formação de um ministério constituído  exclusivamente por homens por parte do governo provisório, demonstra a visão  da participação passiva das mulheres na sociedade, abrindo espaços para os ideais machistas e, consequentemente, da soberania masculina, que tanto mal já causou e continua causando diante os atos de preconceito e violência que as mesmas sofrem no dia a dia.
Esta postagem poderia citar ainda fatos como a  xenofobia contra o povo nordestino nas regiões do sul,  demonstrando a necessidade da criação de mecanismos de reação por parte da sociedade em busca de mudanças da atual situação, ressaltando que os atos de discriminações  e preconceitos atingem diretamente a democracia brasileira já fragilizada pelos recentes acontecimentos políticos, devendo tais mecanismos serem construídos de coletivamente em todas esferas das relações sociais.