quarta-feira, 30 de setembro de 2009
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Ser ou ter?
Ser ou ter?
A sociedade vive em um momento crucial, aonde qualquer decisão tomada tem sérias repercussões para o futuro da humanidade, sejam elas no sentido positivo ou negativo.
É nesta idéia que se baseiam aqueles que defendem um “desenvolvimento sustentável”, compreendendo que as ações humanas devem se centrar no uso racional dos recursos naturais, garantindo que as próximas gerações possam usufruir de tais recursos.
Nesta situação, é preciso perguntar até que ponto a humanidade se encontra comprometida com a idéia de “desenvolvimento sustentável” ou se encontra numa espécie de “faz de conta”?
Aqui não falamos em teoria e sim em ação prática, que cada um de nós necessita fazer no dia adia.
A garantia de um “desenvolvimento sustentável” não pode ocorrer com o atual nível de consumismo que é mantido na sociedade, onde muitas pessoas sempre vivem querendo ter sempre mais.
Observamos esta situação, por exemplo, no processo que algumas pessoas de troca de aparelho celular em uma freqüência cada vez mais rápida, presas ao padrão de consumo definido pelas empresas produtoras de tais equipamentos e pelas operadoras de telefonia. Esta troca cada vez mais rápida de aparelho, busca atender a uma necessidade real ou ao modo consumista da sociedade?
Este consumismo é também observado na rapidez da troca de alguns aparelhos eletrônicos, que cada vez , são descartados com uma maior rapidez, levando a geração de novos produtos, que, naturalmente, necessitam de recursos naturais para sua produção.
Vemos, então, que vivemos na sociedade do “TER”, onde as idéia de se ampliar os “nosso bens’ e cada vez maior parra o ser humano.
Aqui, não estou defendendo que cada pessoa não tenha o desejo e vontade de efetuar a aquisição de determinado bem, mas que realize uma reflexão se, realmente, se tal aquisição é fundamental para sua vida e que impacto pode ser causado para o meio ambiente com aquela aquisição e descarte de outro produto, se for o caso.
Realizando essa reflexão, poderemos, no mínimo, verificar que medidas tomar para diminuir o consumismo na sociedade e contribuir com o uso racional dos recursos naturais.
Compreendo que esta concepção deve ser construída passo a passo, reconhecendo as limitações impostas pela própria sociedade de consumo, tanto por questões sociais, culturais. econômicas, entre outras, porém, diariamente, necessita se irrigada com as ações práticas sustentáveis, que depende de cada um ou uma de nós.
Agindo desta forma, estaremos saindo da idéia da sociedade do “TER” e tentando construir a sociedade do “SER”, onde cada pessoa se veja como parte de uma construção coletiva, na qual as pessoas possam vencer os obstáculos para um melhor relacionamento entre elas e com o meio ambiente.
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A sociedade vive em um momento crucial, aonde qualquer decisão tomada tem sérias repercussões para o futuro da humanidade, sejam elas no sentido positivo ou negativo.
É nesta idéia que se baseiam aqueles que defendem um “desenvolvimento sustentável”, compreendendo que as ações humanas devem se centrar no uso racional dos recursos naturais, garantindo que as próximas gerações possam usufruir de tais recursos.
Nesta situação, é preciso perguntar até que ponto a humanidade se encontra comprometida com a idéia de “desenvolvimento sustentável” ou se encontra numa espécie de “faz de conta”?
Aqui não falamos em teoria e sim em ação prática, que cada um de nós necessita fazer no dia adia.
A garantia de um “desenvolvimento sustentável” não pode ocorrer com o atual nível de consumismo que é mantido na sociedade, onde muitas pessoas sempre vivem querendo ter sempre mais.
Observamos esta situação, por exemplo, no processo que algumas pessoas de troca de aparelho celular em uma freqüência cada vez mais rápida, presas ao padrão de consumo definido pelas empresas produtoras de tais equipamentos e pelas operadoras de telefonia. Esta troca cada vez mais rápida de aparelho, busca atender a uma necessidade real ou ao modo consumista da sociedade?
Este consumismo é também observado na rapidez da troca de alguns aparelhos eletrônicos, que cada vez , são descartados com uma maior rapidez, levando a geração de novos produtos, que, naturalmente, necessitam de recursos naturais para sua produção.
Vemos, então, que vivemos na sociedade do “TER”, onde as idéia de se ampliar os “nosso bens’ e cada vez maior parra o ser humano.
Aqui, não estou defendendo que cada pessoa não tenha o desejo e vontade de efetuar a aquisição de determinado bem, mas que realize uma reflexão se, realmente, se tal aquisição é fundamental para sua vida e que impacto pode ser causado para o meio ambiente com aquela aquisição e descarte de outro produto, se for o caso.
Realizando essa reflexão, poderemos, no mínimo, verificar que medidas tomar para diminuir o consumismo na sociedade e contribuir com o uso racional dos recursos naturais.
Compreendo que esta concepção deve ser construída passo a passo, reconhecendo as limitações impostas pela própria sociedade de consumo, tanto por questões sociais, culturais. econômicas, entre outras, porém, diariamente, necessita se irrigada com as ações práticas sustentáveis, que depende de cada um ou uma de nós.
Agindo desta forma, estaremos saindo da idéia da sociedade do “TER” e tentando construir a sociedade do “SER”, onde cada pessoa se veja como parte de uma construção coletiva, na qual as pessoas possam vencer os obstáculos para um melhor relacionamento entre elas e com o meio ambiente.
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Fortalecimento da democracia
Em conseqüência ao golpe ocorrido em Honduras, o presidente deposto, Manuel Zelaya, ocupou a embaixada brasileira naquele país, levando ao cerco do local pelos golpistas com ameaça de invasão ao local.
Diante dos fatos, devemos realizar algumas reflexões;
- Como se posicionar neste caso e em outros semelhantes?
- Como devemos agir para que nunca mais ocorra um golpe no Brasil, como no passado recente?
Com referência a primeira reflexão, entendo que a posição do Governo Lula foi positiva, ao condenar com veemência a ação dos golpistas e defendendo o retorno ao poder do presidente deposto. Infelizmente, não observamos posicionamento semelhante de outros setores da sociedade como a mídia e da oposição.Entendo que não podemos aceitar ação golpista em qualquer país, devendo a vontade popular ser respeitada.
No tocante a segunda reflexão, lembramos que durante anos, vivemos sobre o regime da ditadura militar no Brasil, assim como ocorria em outros países da América Latina, onde não havia espaços para nenhum processo democrático de discussão, com torturas e assassinados de todos e todas que lutavam contra o regime. Certamente, muitos leitores e leitoras deste blog só conhecem esta situação pelos livros de História, graças a luta que a sociedade travou para recuperar sua liberdade.
O fortalecimento da democracia brasileira é uma tarefa permanente para todos e todas nós, independente do sexo, idade, posição social, formação escolar, raça, credo religioso, e, neste contexto, observamos a necessidade de ficarmos vigilantes contra as práticas que reforcem ou defendam o retorno a situação vivida recentemente no Brasil.
O fortalecimento da democracia é uma atividade diária de qualquer pessoa, construindo espaços democráticos na família, no trabalho, na escola e em qualquer espaço de relação humana, pois só assim, poderemos contribuir com o processo democrático na política do país.
Sendo assim, deveremos ficar atentos contra tudo que possa ser expressão de práticas autoritárias, questionando-as e buscando formas de promover sua superação.
É importante lembra que a consciência política do povo brasileiro ainda é muito reduzida, havendo sempre o risco que essa maioria seja iludida com o discurso fácil daqueles que se colocam contra o processo democrático, diante a falta de organização e pouca participação da sociedade na vida política do país.
E, neste sentido, compreendo que devemos realizar distinção ao fazermos críticas as práticas dos políticos, por falta de ética e a corrupção, ressaltando que existem os maus e os bons políticos e a importância de instituições como o Congresso Nacional, pois do contrário, estaremos contribuindo para fortalecer idéias autoritárias de fechamento de casas legislativas.
Entendemos que a participação na qualidade de eleitor ou eleitora de qualquer pessoa acima dos 16 anos por si só, não irá garantir o processo democrático no Brasil, havendo, portanto, a necessidade do fortalecimento de todos canais de participação popular, garantindo um debate permanente e envolvimento permanente da sociedade nas esferas do poder.
Essa participação deve consistir na ruptura de idéias da elite como que “o povo não tem cultura para discutir determinados assuntos”, ressaltando que com a sabedoria popular, diversas pessoas vêem contribuindo em diversos projetos e ações que tenham interfaces no seu dia a dia.
Ressaltamos, ainda, que qualquer democracia viverá em risco, caso não seja superada a exclusão social de parte de sua população, decorrente da exploração capitalista, devendo se fortalecer o processo que possibilite que o número de excluídos diminua em nosso país.
Finalizando, não nos cansa lembrar que numa sociedade dividida em classes, cabe a cada um ou uma de nós da classe trabalhadora, contribuir na derrubada das mazelas do capitalismo e fortalecer uma verdadeira democracia.
Diante dos fatos, devemos realizar algumas reflexões;
- Como se posicionar neste caso e em outros semelhantes?
- Como devemos agir para que nunca mais ocorra um golpe no Brasil, como no passado recente?
Com referência a primeira reflexão, entendo que a posição do Governo Lula foi positiva, ao condenar com veemência a ação dos golpistas e defendendo o retorno ao poder do presidente deposto. Infelizmente, não observamos posicionamento semelhante de outros setores da sociedade como a mídia e da oposição.Entendo que não podemos aceitar ação golpista em qualquer país, devendo a vontade popular ser respeitada.
No tocante a segunda reflexão, lembramos que durante anos, vivemos sobre o regime da ditadura militar no Brasil, assim como ocorria em outros países da América Latina, onde não havia espaços para nenhum processo democrático de discussão, com torturas e assassinados de todos e todas que lutavam contra o regime. Certamente, muitos leitores e leitoras deste blog só conhecem esta situação pelos livros de História, graças a luta que a sociedade travou para recuperar sua liberdade.
O fortalecimento da democracia brasileira é uma tarefa permanente para todos e todas nós, independente do sexo, idade, posição social, formação escolar, raça, credo religioso, e, neste contexto, observamos a necessidade de ficarmos vigilantes contra as práticas que reforcem ou defendam o retorno a situação vivida recentemente no Brasil.
O fortalecimento da democracia é uma atividade diária de qualquer pessoa, construindo espaços democráticos na família, no trabalho, na escola e em qualquer espaço de relação humana, pois só assim, poderemos contribuir com o processo democrático na política do país.
Sendo assim, deveremos ficar atentos contra tudo que possa ser expressão de práticas autoritárias, questionando-as e buscando formas de promover sua superação.
É importante lembra que a consciência política do povo brasileiro ainda é muito reduzida, havendo sempre o risco que essa maioria seja iludida com o discurso fácil daqueles que se colocam contra o processo democrático, diante a falta de organização e pouca participação da sociedade na vida política do país.
E, neste sentido, compreendo que devemos realizar distinção ao fazermos críticas as práticas dos políticos, por falta de ética e a corrupção, ressaltando que existem os maus e os bons políticos e a importância de instituições como o Congresso Nacional, pois do contrário, estaremos contribuindo para fortalecer idéias autoritárias de fechamento de casas legislativas.
Entendemos que a participação na qualidade de eleitor ou eleitora de qualquer pessoa acima dos 16 anos por si só, não irá garantir o processo democrático no Brasil, havendo, portanto, a necessidade do fortalecimento de todos canais de participação popular, garantindo um debate permanente e envolvimento permanente da sociedade nas esferas do poder.
Essa participação deve consistir na ruptura de idéias da elite como que “o povo não tem cultura para discutir determinados assuntos”, ressaltando que com a sabedoria popular, diversas pessoas vêem contribuindo em diversos projetos e ações que tenham interfaces no seu dia a dia.
Ressaltamos, ainda, que qualquer democracia viverá em risco, caso não seja superada a exclusão social de parte de sua população, decorrente da exploração capitalista, devendo se fortalecer o processo que possibilite que o número de excluídos diminua em nosso país.
Finalizando, não nos cansa lembrar que numa sociedade dividida em classes, cabe a cada um ou uma de nós da classe trabalhadora, contribuir na derrubada das mazelas do capitalismo e fortalecer uma verdadeira democracia.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Qual sua opção: tolerância ou intolerância?
Você tem tolerância religiosa?
Em outras palavras, qual teu comportamento diante uma pessoa tenha uma religião diferente da sua?
Antes de responder, seria interessante que você fizesse uma reflexão, sobre o que poderia ter acontecido com você, caso:
- Fosse um(a) seguidor(a) de Jesus Cristo no início do cristianismo;
- Não professasse a religião católica na época da Inquisição;
- Fosse de origem judaica e estivesse na Alemanha na época do Holocausto
Bem, como você deve conhecer de História, já sabe o que poderia ter acontecido em todos estes casos, onde verificamos exemplos concretos da falta de respeito pela opção religiosa de outras pessoas, ou seja, ao longo do tempo, temos diversos casos de perseguições por motivos religiosos, incluindo, naturalmente, aquelas pessoas que ateístas.
Na atualidade, encontramos, ainda, pessoas que têm uma postura semelhante,, numa prática denominada.de INTOLERÂNCIA RELIGIOSA, onde não há respeito pela opção no tocante a religião de outras pessoas, querendo impor uma crença de qualquer forma.
Certamente, você irá fazer referência à relação entre judeus e palestinos, que representa um exemplo de intolerância religiosa junto com outros interesses, inclusive o econômico, mas, podemos voltar, também, os olhos para nosso país e perguntar: Como é nosso comportamento no tocante a este assunto?
Será que, no Brasil, aceitamos a opção religiosa das outras pessoas?
Na minha avaliação, infelizmente, vejo que não, pois, ainda, se observa descriminação e preconceito, que pode ser comprovado, em atos contra diversas religiões, com destaque, principalmente, por atitudes de algumas religiões cristãs contra os componentes do candomblé e de outras religiões afro-brasileiras.
Verificam-se, então, a tentativa de descaracterização das religiões afro-brasileiras, utilizando diversos mecanismos e com termos pejorativos, não se vendo que do outro lado, aonde se tem uma pessoa semelhante, que é oprimida por professar sua crença religiosa.
É interessante observar que muitas pessoas nem conhecem as práticas das religiões afro-brasileiras, mas afirmam, de forma categórica, que as mesmas vivem só praticando a maldade contras pessoas. Aqui, é importante lembrar que a prática do mal independe da crença religiosa, ou não é?
Outra forma de discriminação as religiões afro-brasileiras é afirmativa que seus cultos provocam a destruição das matas e dos cursos de água, o que, em muitos casos, não condiz com a realidade, lembrando que diversos representantes destas religiões defendem a realização dos cultos de forma sustentável, ressaltando a ligação dos orixás com a natureza, e, com uma reflexão imparcial, se verá que a degradação ambiental tem outros responsáveis, independente de práticas religiosas.
Compreendo que há necessidade de mudanças de posturas, buscando uma convivência pacífica das pessoas, independente de crenças religiosas, combatendo as formas de discriminação e preconceito de fundo religioso e vendo as outras pessoas como semelhantes.
Bem, agora, sugiro que você responda a pergunta inicial.
Em outras palavras, qual teu comportamento diante uma pessoa tenha uma religião diferente da sua?
Antes de responder, seria interessante que você fizesse uma reflexão, sobre o que poderia ter acontecido com você, caso:
- Fosse um(a) seguidor(a) de Jesus Cristo no início do cristianismo;
- Não professasse a religião católica na época da Inquisição;
- Fosse de origem judaica e estivesse na Alemanha na época do Holocausto
Bem, como você deve conhecer de História, já sabe o que poderia ter acontecido em todos estes casos, onde verificamos exemplos concretos da falta de respeito pela opção religiosa de outras pessoas, ou seja, ao longo do tempo, temos diversos casos de perseguições por motivos religiosos, incluindo, naturalmente, aquelas pessoas que ateístas.
Na atualidade, encontramos, ainda, pessoas que têm uma postura semelhante,, numa prática denominada.de INTOLERÂNCIA RELIGIOSA, onde não há respeito pela opção no tocante a religião de outras pessoas, querendo impor uma crença de qualquer forma.
Certamente, você irá fazer referência à relação entre judeus e palestinos, que representa um exemplo de intolerância religiosa junto com outros interesses, inclusive o econômico, mas, podemos voltar, também, os olhos para nosso país e perguntar: Como é nosso comportamento no tocante a este assunto?
Será que, no Brasil, aceitamos a opção religiosa das outras pessoas?
Na minha avaliação, infelizmente, vejo que não, pois, ainda, se observa descriminação e preconceito, que pode ser comprovado, em atos contra diversas religiões, com destaque, principalmente, por atitudes de algumas religiões cristãs contra os componentes do candomblé e de outras religiões afro-brasileiras.
Verificam-se, então, a tentativa de descaracterização das religiões afro-brasileiras, utilizando diversos mecanismos e com termos pejorativos, não se vendo que do outro lado, aonde se tem uma pessoa semelhante, que é oprimida por professar sua crença religiosa.
É interessante observar que muitas pessoas nem conhecem as práticas das religiões afro-brasileiras, mas afirmam, de forma categórica, que as mesmas vivem só praticando a maldade contras pessoas. Aqui, é importante lembrar que a prática do mal independe da crença religiosa, ou não é?
Outra forma de discriminação as religiões afro-brasileiras é afirmativa que seus cultos provocam a destruição das matas e dos cursos de água, o que, em muitos casos, não condiz com a realidade, lembrando que diversos representantes destas religiões defendem a realização dos cultos de forma sustentável, ressaltando a ligação dos orixás com a natureza, e, com uma reflexão imparcial, se verá que a degradação ambiental tem outros responsáveis, independente de práticas religiosas.
Compreendo que há necessidade de mudanças de posturas, buscando uma convivência pacífica das pessoas, independente de crenças religiosas, combatendo as formas de discriminação e preconceito de fundo religioso e vendo as outras pessoas como semelhantes.
Bem, agora, sugiro que você responda a pergunta inicial.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Blog de Ademir Damião: Cidadania local e planetária nas questões ambientais
O debate sobe a questão ambiental vem ocupando espaço na mídia diante os problemas decorrentes das mudanças climáticas que vem assolando todo planeta, devido ações humanas sobre a natureza, aonde os recursos naturais vem sofrendo permanente agressão.
Dentro do processo de globalização, cresce a necessidade de se ampliar a defesa dos recursos naturais, através de ação local e global, compreendendo que qualquer agressão ambiental em uma parte do mundo poderá provocar efeitos negativos para toda humanidade.
Neste contexto, é fundamental construir um processo de cidadania local e de cidadania planetária para questões ambientais.
A cidadania local vem sendo construída aos poucos, através de movimentos ecológicos e por trabalhos educativos envolvendo as comunidades na busca da preservação dos mangues, rios, matas que existem no entorno do seu lugar de moradia, por exemplo.
A constituição de uma cidadania planetária é algo de uma maior complexidade, pois sua construção depende da ampliação do nível de consciência das pessoas sobre as causas e efeitos dos problemas sócio-ambientais.
É com a ampliação do nível de consciência ambiental que as pessoas irão participar de forma efetiva da defesa do meio ambiente, exigindo o uso sustentável dos recursos naturais, tanto local como globalmente.
Entendemos que o processo de cidadania planetária depende da ampliação do processo de cidadania local a ser alcançada pela maioria da população, verificando-se que ainda um número reduzido de pessoas se envolve na defesa da preservação da natureza e dos recursos naturais, não havendo, portanto, um entendimento de grande parte da sociedade sobre o “efeito cascata” provocado por determinada agressão ambiental.
Com a realização de ações concretas de educação ambiental, o nível da consciência da população sobre as questões ambientais deverá crescer paulatinamente, levando a ampliação da cidadania local e planetária.
E, a partir deste estágio, poderemos ter a garantia da defesa do meio ambiente, independente das forças econômicas, pois a sociedade se encontrará realmente preparada e determinada para exigir sua preservação.
Dentro do processo de globalização, cresce a necessidade de se ampliar a defesa dos recursos naturais, através de ação local e global, compreendendo que qualquer agressão ambiental em uma parte do mundo poderá provocar efeitos negativos para toda humanidade.
Neste contexto, é fundamental construir um processo de cidadania local e de cidadania planetária para questões ambientais.
A cidadania local vem sendo construída aos poucos, através de movimentos ecológicos e por trabalhos educativos envolvendo as comunidades na busca da preservação dos mangues, rios, matas que existem no entorno do seu lugar de moradia, por exemplo.
A constituição de uma cidadania planetária é algo de uma maior complexidade, pois sua construção depende da ampliação do nível de consciência das pessoas sobre as causas e efeitos dos problemas sócio-ambientais.
É com a ampliação do nível de consciência ambiental que as pessoas irão participar de forma efetiva da defesa do meio ambiente, exigindo o uso sustentável dos recursos naturais, tanto local como globalmente.
Entendemos que o processo de cidadania planetária depende da ampliação do processo de cidadania local a ser alcançada pela maioria da população, verificando-se que ainda um número reduzido de pessoas se envolve na defesa da preservação da natureza e dos recursos naturais, não havendo, portanto, um entendimento de grande parte da sociedade sobre o “efeito cascata” provocado por determinada agressão ambiental.
Com a realização de ações concretas de educação ambiental, o nível da consciência da população sobre as questões ambientais deverá crescer paulatinamente, levando a ampliação da cidadania local e planetária.
E, a partir deste estágio, poderemos ter a garantia da defesa do meio ambiente, independente das forças econômicas, pois a sociedade se encontrará realmente preparada e determinada para exigir sua preservação.
domingo, 20 de setembro de 2009
Esforço coletivo
Se olharmos ao nosso redor, como resolver as agressões que observamos sobre o meio ambiente?
Esta pergunta deverá ter respostas diferenciadas de pessoa para pessoa, dependendo de diversos fatores, como econômico, político, social, religioso, entre outros, dependendo , da concepção de mundo que cada um de nós tenha, refletindo a dinâmica da sociedade, constituída do choque de conflitos e interesses.
Como não poderemos esperar que seja obtida uma resposta unânime, precisamos ver como se encontrar uma solução que possibilite a preservação dos recursos naturais.
Como a sociedade é feita de pessoas de concepção diferenciadas, existem as leis para definir as soluções para os casos conflitantes, o que, naturalmente, se observa no caso das questões ambientais.
È importante lembrar que qualquer legislação é baseada na ideologia dominante da sociedade e, no nosso caso, todas leis se baseiam na ideologia burguesa da sociedade capitalista, buscando, na sua essência, manter os interesses da classe dominante e não da classe trabalhadora.
Sendo assim, apesar de algumas restrições, a concepção da legislação ambiental, como qualquer outra legislação, se baseia na ideologia burguesa.
Bem, voltando a nossa pergunta inicial, verificamos que a solução para os problemas ambientais depende da interpretação dada a legislação existente, mas, principalmente, depende da dinâmica de envolvimento da sociedade em busca de soluções para cada caso.
A sociedade não pode esperar que a solução venha sempre de cima para baixo, devendo se mobilizar permanentemente para discutir seus problemas e propor as medidas necessárias para solucionar os danos ambientais por ventura detectados.
A consciência ambiental de toda população depende deste tipo de debate, que não pode ficar centrada em um número reduzido de pessoas, geralmente aqueles que se autodenominam de “lideranças”, mas que, em muitos casos, querem utilizar as demais pessoas como massas de manobra, sem aprofundar a discussão com todos.
Finalizando, observamos que a problemática ambiental necessita do esforço de toda sociedade para que possamos encontrar as soluções que atendam o interesse da maioria da população e se tenha uma boa qualidade ambiental.
Esta pergunta deverá ter respostas diferenciadas de pessoa para pessoa, dependendo de diversos fatores, como econômico, político, social, religioso, entre outros, dependendo , da concepção de mundo que cada um de nós tenha, refletindo a dinâmica da sociedade, constituída do choque de conflitos e interesses.
Como não poderemos esperar que seja obtida uma resposta unânime, precisamos ver como se encontrar uma solução que possibilite a preservação dos recursos naturais.
Como a sociedade é feita de pessoas de concepção diferenciadas, existem as leis para definir as soluções para os casos conflitantes, o que, naturalmente, se observa no caso das questões ambientais.
È importante lembrar que qualquer legislação é baseada na ideologia dominante da sociedade e, no nosso caso, todas leis se baseiam na ideologia burguesa da sociedade capitalista, buscando, na sua essência, manter os interesses da classe dominante e não da classe trabalhadora.
Sendo assim, apesar de algumas restrições, a concepção da legislação ambiental, como qualquer outra legislação, se baseia na ideologia burguesa.
Bem, voltando a nossa pergunta inicial, verificamos que a solução para os problemas ambientais depende da interpretação dada a legislação existente, mas, principalmente, depende da dinâmica de envolvimento da sociedade em busca de soluções para cada caso.
A sociedade não pode esperar que a solução venha sempre de cima para baixo, devendo se mobilizar permanentemente para discutir seus problemas e propor as medidas necessárias para solucionar os danos ambientais por ventura detectados.
A consciência ambiental de toda população depende deste tipo de debate, que não pode ficar centrada em um número reduzido de pessoas, geralmente aqueles que se autodenominam de “lideranças”, mas que, em muitos casos, querem utilizar as demais pessoas como massas de manobra, sem aprofundar a discussão com todos.
Finalizando, observamos que a problemática ambiental necessita do esforço de toda sociedade para que possamos encontrar as soluções que atendam o interesse da maioria da população e se tenha uma boa qualidade ambiental.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Consciência ambiental: Como ampliar?
Será que podemos afirmar que alguém não tem “CONSCIÊNCIA AMBIENTAL”? Quais critérios se utilizam para uma afirmativa deste tipo?
A questão da consciência ambiental é um tema que merece uma reflexão entre nós, que temos a preocupação com a preservação do meio ambiente e o uso racional dos recursos naturais.
Certamente, ficamos cheio de indignação ao vermos uma pessoa jogando lixo no meio da rua, e, aí, sempre julgamos que essa pessoa possui uma consciência ambiental limitada.
Mas, o que precisamos refletir é o que leva uma pessoa tomar atitude deste tipo, assim como merece nossa reflexão porque, ainda, um número reduzido de pessoas se evolve na luta pela preservação ambiental?
O que está errado? As metodologias utilizadas nas ações educativas? O formato de abordagens sobre a temática ambiental? A falta de nitidez sobre as questões abordadas?
Compreendo que até o momento, os resultados obtidos nas ações educativas são muitos reduzidos, observando-se, que apesar de campanhas pelos meios de comunicação (rádio, televisão), muitas pessoas continuam, por exemplo, jogando lixo nos córregos, canais e rios, causando transtorno nos períodos chuvosos.
Este fato por si só, indica que muitas pessoas não se consideram sujeitos em campanhas educativas deste tipo, continuando com uma prática errônea, apesar de toda campanha para mudança de hábitos.
Considero que o aumento da consciência das pessoas se encontra relacionada com os resultados obtidos a partir das ações de trabalhos educativos, logo não podemos julgar nenhuma atitude, sem o conhecimento do nível de informações da pessoa sobre a temática ambiental.
Não podemos deixar de lembrar que dentro da sociedade capitalista há o incentivo para o individualismo, logo ao jogar o lixo na rua, muitas pessoas pensam que estão se livrando de um problema, não se preocupando com que será afetado por sua atitude.
Logo, as ações relacionadas a educação ambiental devem se centrar, também, na construção de um processo coletivo na sociedade, mostrando que vivemos em rede e o que atinge uma pessoa e o meio ambiente afeta toda humanidade.
É importante ressaltar que qualquer ação educativa só obterá resultados positivos se tiver como ponto de partida, a realidade das pessoas, utilizando uma metodologia participativa.
Neste sentido, julgamos necessário se verificar como as pessoas envolvidas em ações educativas compreendem a questão ambiental e se sentem inseridas no meio ambiente.
Com esta construção participativa, as ações educativas deverão, certamente, obter melhores resultados, garantindo, passo a passo, a ampliação da consciência ambiental das pessoas, em um estágio de mudanças de hábitos, que, certamente, ocasionará o aumento do número de defensores do meio ambiente, bem como a redução de atitudes prejudiciais para a preservação dos recursos naturais.
A questão da consciência ambiental é um tema que merece uma reflexão entre nós, que temos a preocupação com a preservação do meio ambiente e o uso racional dos recursos naturais.
Certamente, ficamos cheio de indignação ao vermos uma pessoa jogando lixo no meio da rua, e, aí, sempre julgamos que essa pessoa possui uma consciência ambiental limitada.
Mas, o que precisamos refletir é o que leva uma pessoa tomar atitude deste tipo, assim como merece nossa reflexão porque, ainda, um número reduzido de pessoas se evolve na luta pela preservação ambiental?
O que está errado? As metodologias utilizadas nas ações educativas? O formato de abordagens sobre a temática ambiental? A falta de nitidez sobre as questões abordadas?
Compreendo que até o momento, os resultados obtidos nas ações educativas são muitos reduzidos, observando-se, que apesar de campanhas pelos meios de comunicação (rádio, televisão), muitas pessoas continuam, por exemplo, jogando lixo nos córregos, canais e rios, causando transtorno nos períodos chuvosos.
Este fato por si só, indica que muitas pessoas não se consideram sujeitos em campanhas educativas deste tipo, continuando com uma prática errônea, apesar de toda campanha para mudança de hábitos.
Considero que o aumento da consciência das pessoas se encontra relacionada com os resultados obtidos a partir das ações de trabalhos educativos, logo não podemos julgar nenhuma atitude, sem o conhecimento do nível de informações da pessoa sobre a temática ambiental.
Não podemos deixar de lembrar que dentro da sociedade capitalista há o incentivo para o individualismo, logo ao jogar o lixo na rua, muitas pessoas pensam que estão se livrando de um problema, não se preocupando com que será afetado por sua atitude.
Logo, as ações relacionadas a educação ambiental devem se centrar, também, na construção de um processo coletivo na sociedade, mostrando que vivemos em rede e o que atinge uma pessoa e o meio ambiente afeta toda humanidade.
É importante ressaltar que qualquer ação educativa só obterá resultados positivos se tiver como ponto de partida, a realidade das pessoas, utilizando uma metodologia participativa.
Neste sentido, julgamos necessário se verificar como as pessoas envolvidas em ações educativas compreendem a questão ambiental e se sentem inseridas no meio ambiente.
Com esta construção participativa, as ações educativas deverão, certamente, obter melhores resultados, garantindo, passo a passo, a ampliação da consciência ambiental das pessoas, em um estágio de mudanças de hábitos, que, certamente, ocasionará o aumento do número de defensores do meio ambiente, bem como a redução de atitudes prejudiciais para a preservação dos recursos naturais.
domingo, 13 de setembro de 2009
Relacionamento com o meio ambiente
Uma das questões que deve ser indagada entre nós, diz respeito a forma de como nos relacionamos com o meio ambiente cuja reposta se parece fácil, certamente, não é, pois depende de como as pessoas utilizam os recursos naturais, como se verem inseridas no próprio meio ambiente e como ocorre a interação entre os seres humanos.
Inicialmente, devemos lembrar que a concepção judaico-cristã que “o homem foi feito a imagem e semelhança de Deus” vem servindo como mola propulsora ao longo do tempo para diversas ações e atitudes humanas ao longo do tempo, no tocante ao relacionamento com o meio ambiente como na relação entre os seres humanos.
Ao falarmos de homem, devemos deixar nítido, que estamos falando do homem ocidental, ser masculino, da raça branca, que durante séculos realizou a exploração de outros seres humanos, como os negros africanos, utilizados como escravos e que eram considerados como pagãos por não professarem o cristianismo.
Este mesmo homem ocidental, durante séculos, subjugou a mulher a seu domínio, tratando-a como ser inferior e que não possuía direitos e só deveres, onde o principal, era servir ao marido.
Com esta concepção, observou-se, durante séculos, a exploração da natureza, onde o homem não se via como incluído no meio ambiente e, só buscava aumentar seus ganhos e propriedade, destruindo os recursos naturais, muitas vezes de forma insana.
Chegando aos dias atuais, resta perguntar o que mudou nestas práticas humanas.
Verificamos que as concepções de superioridade de uma raça em relação a outra e as idéias machistas ainda existem entre nós, apesar de todos esforços e luta organizada em sentido contrário.
O homem vem mantendo uma relação distorcida com o meio ambiente, que pode ser comprovado com os problemas decorrentes das mudanças climáticas, ocasionados pela destruição de florestas, matas, poluição dos cursos de água, entre outras ações humanas prejudiciais aos recursos naturais.
Dentro da sociedade que vivemos, onde o ter é mais importante do que o ser, o homem, de modo geral, busca sempre estar ganhando e tirar proveito em tudo, sem respeitar a harmonia entre as pessoas e com o próprio meio ambiente.
A mudança deste estado, passa pela transformação da sociedade em que vivemos, onde devemos nos livrar das amarras do capitalismo e construir outro tipo de sociedade mais justa e fraterna, que conhecemos como socialismo.
Compreendemos que com esta nova de sociedade, os seres humanos poderão mudar sua forma de relacionamento entre si, assim como, mudarão sua relação com o meio ambiente, utilizando os recursos naturais de forma sustentável.
Bem como a construção do socialismo não é algo de imediato, observamos que precisamos agir na atual situação, revendo práticas individuais e realizando ações coletivas na busca da preservação do meio ambiente contra a exploração capitalista.
Inicialmente, devemos lembrar que a concepção judaico-cristã que “o homem foi feito a imagem e semelhança de Deus” vem servindo como mola propulsora ao longo do tempo para diversas ações e atitudes humanas ao longo do tempo, no tocante ao relacionamento com o meio ambiente como na relação entre os seres humanos.
Ao falarmos de homem, devemos deixar nítido, que estamos falando do homem ocidental, ser masculino, da raça branca, que durante séculos realizou a exploração de outros seres humanos, como os negros africanos, utilizados como escravos e que eram considerados como pagãos por não professarem o cristianismo.
Este mesmo homem ocidental, durante séculos, subjugou a mulher a seu domínio, tratando-a como ser inferior e que não possuía direitos e só deveres, onde o principal, era servir ao marido.
Com esta concepção, observou-se, durante séculos, a exploração da natureza, onde o homem não se via como incluído no meio ambiente e, só buscava aumentar seus ganhos e propriedade, destruindo os recursos naturais, muitas vezes de forma insana.
Chegando aos dias atuais, resta perguntar o que mudou nestas práticas humanas.
Verificamos que as concepções de superioridade de uma raça em relação a outra e as idéias machistas ainda existem entre nós, apesar de todos esforços e luta organizada em sentido contrário.
O homem vem mantendo uma relação distorcida com o meio ambiente, que pode ser comprovado com os problemas decorrentes das mudanças climáticas, ocasionados pela destruição de florestas, matas, poluição dos cursos de água, entre outras ações humanas prejudiciais aos recursos naturais.
Dentro da sociedade que vivemos, onde o ter é mais importante do que o ser, o homem, de modo geral, busca sempre estar ganhando e tirar proveito em tudo, sem respeitar a harmonia entre as pessoas e com o próprio meio ambiente.
A mudança deste estado, passa pela transformação da sociedade em que vivemos, onde devemos nos livrar das amarras do capitalismo e construir outro tipo de sociedade mais justa e fraterna, que conhecemos como socialismo.
Compreendemos que com esta nova de sociedade, os seres humanos poderão mudar sua forma de relacionamento entre si, assim como, mudarão sua relação com o meio ambiente, utilizando os recursos naturais de forma sustentável.
Bem como a construção do socialismo não é algo de imediato, observamos que precisamos agir na atual situação, revendo práticas individuais e realizando ações coletivas na busca da preservação do meio ambiente contra a exploração capitalista.
sábado, 12 de setembro de 2009
A importância da educação ambiental
Uma das questões fundamentais para o meio ambiente se trata da realização de ações de educação ambiental, que proporcione a mudança de hábitos e costumes da população.
As ações de educação ambiental necessitam estar norteadas pela realidade da população envolvida com as mesmas, pois do contrário não se obterá resultados satisfatórios, não ocasionando as mudanças de práticas prejudiciais ao meio ambiente.
A educação ambiental deve e necessita da permanente participação da população envolvida, os quais devem ser atores de todo processo, assumindo tudo aquilo que for planejado e executado.
Sendo assim, compreendo que ao se falar em educação ambiental em qualquer comunidade, o primeiro passo a ser tomado é tomar conhecimento sobre as pessoas envolvidas com o trabalho, devendo este conhecimento se realizar de forma participativa com tais pessoas.
A partir deste conhecimento, deve-se iniciar a construção de todo processo, discutindo os objetivos a serem alcançados com o trabalho de educação ambiental, sensibilizando as pessoas para se fazer presentes nas atividades.
Superada a faz de definição coletiva dos objetivos, se deve discutir os instrumentos a serem utilizados e a linguagem dos materiais a serem produzidos, etapa fundamental para obtenção dos resultados da ação.
Observa-se, então, que o corpo técnico envolvido com este processo, necessita ter a humildade de escutar a população, não querendo impor ”sua sabedoria”, pois um processo como este, é uma aprendizagem coletiva, onde todos e todos(as) envolvidos(as) aprendem e ensinam.
Compreendo, ainda, que qualquer ação não norteada em etapas como as descritas acima, é um trabalho educativo, mas contradiz com a idéia de uma ação de educação ambiental.
Sem querer ser um crítico feroz, não podemos aceitar como ação de educação ambiental, trabalhos como a distribuição de panfletos, a exibição de vídeos de realidades diferentes daquela vividas pelas pessoas participantes de determinado evento e até mesmo a elaboração e distribuição de cartilhas enxertadas de termos técnicos, que a população não consegue compreender.
A educação ambiental deve, antes de tudo, ser um instrumento para que a população envolvida compreenda o seu papel nas transformações sociais que o mundo necessita, para que seja revertido o quadro de injustiças e exclusão, onde só uma minoria se beneficia dos recursos extraídos da natureza.
Finalizando, ressaltamos que com efetivas ações de educação ambiental, poderemos realmente contribuir uma melhor qualidade do meio ambiente, onde os recursos naturais sejam utilizados de forma sustentável por toda população e preservados para futuras gerações.
As ações de educação ambiental necessitam estar norteadas pela realidade da população envolvida com as mesmas, pois do contrário não se obterá resultados satisfatórios, não ocasionando as mudanças de práticas prejudiciais ao meio ambiente.
A educação ambiental deve e necessita da permanente participação da população envolvida, os quais devem ser atores de todo processo, assumindo tudo aquilo que for planejado e executado.
Sendo assim, compreendo que ao se falar em educação ambiental em qualquer comunidade, o primeiro passo a ser tomado é tomar conhecimento sobre as pessoas envolvidas com o trabalho, devendo este conhecimento se realizar de forma participativa com tais pessoas.
A partir deste conhecimento, deve-se iniciar a construção de todo processo, discutindo os objetivos a serem alcançados com o trabalho de educação ambiental, sensibilizando as pessoas para se fazer presentes nas atividades.
Superada a faz de definição coletiva dos objetivos, se deve discutir os instrumentos a serem utilizados e a linguagem dos materiais a serem produzidos, etapa fundamental para obtenção dos resultados da ação.
Observa-se, então, que o corpo técnico envolvido com este processo, necessita ter a humildade de escutar a população, não querendo impor ”sua sabedoria”, pois um processo como este, é uma aprendizagem coletiva, onde todos e todos(as) envolvidos(as) aprendem e ensinam.
Compreendo, ainda, que qualquer ação não norteada em etapas como as descritas acima, é um trabalho educativo, mas contradiz com a idéia de uma ação de educação ambiental.
Sem querer ser um crítico feroz, não podemos aceitar como ação de educação ambiental, trabalhos como a distribuição de panfletos, a exibição de vídeos de realidades diferentes daquela vividas pelas pessoas participantes de determinado evento e até mesmo a elaboração e distribuição de cartilhas enxertadas de termos técnicos, que a população não consegue compreender.
A educação ambiental deve, antes de tudo, ser um instrumento para que a população envolvida compreenda o seu papel nas transformações sociais que o mundo necessita, para que seja revertido o quadro de injustiças e exclusão, onde só uma minoria se beneficia dos recursos extraídos da natureza.
Finalizando, ressaltamos que com efetivas ações de educação ambiental, poderemos realmente contribuir uma melhor qualidade do meio ambiente, onde os recursos naturais sejam utilizados de forma sustentável por toda população e preservados para futuras gerações.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Igualdade Racial
Na sociedade brasileira, sempre se teve, ao longo do tempo, o discurso das elites e de muitos governantes que vivíamos em uma democracia racial, onde não havia descriminação devido a raça das pessoas.
Este discurso procurava e ainda procura mostrar que tanto as pessoas de cor branca como as de demais raças teriam as mesmas oportunidades e qualquer diferenciação só ocorreria devido à desigualdade social, como se tal desigualdade fosse algo natural.
Bem, nós, afro-brasileiros(as), sabemos o quando este discurso é falso, pois no dia a dia, sentimos o preconceito pela cor de nossa pele, que podem se ocorrer, de forma direta e velada, como no caso de algumas abordagens da Polícia, no tratamento em órgãos públicos e na seleção de empregos de muitas empresas e na falta de respeito as expressões religiosas e culturais de origem africana, como o candomblé, maracatu e afoxé.
Em outros momentos, observamos o preconceito de forma sutil, seja pela forma de olhar, numa piadinha “sem malícia”, na forma do se fazer referência a uma pessoa negra, bem como em determinadas expressões de nossa língua, onde branco é tudo de bom e negro representa o que é mal, como exemplo, “denegrir a imagem”.
Observamos que há a necessidade urgente da superação da descriminação racial contra a população negra brasileira, buscando a garantia de reais direitos igualitários de oportunidades para todos(as) brasileiros(as) , reparando todo processo constituído durante o período da escravidão que permanece até os dias atuais.
O Estatuto da Igualdade Racial, aprovado recentemente na Câmara dos Deputados e que agora passará pela análise do Senado Federal, apresenta poucos avanços no caminho de mudanças estruturais em uma sociedade de raíz escravagista, onde temos uma elite racista e preconceituosa.
Este discurso procurava e ainda procura mostrar que tanto as pessoas de cor branca como as de demais raças teriam as mesmas oportunidades e qualquer diferenciação só ocorreria devido à desigualdade social, como se tal desigualdade fosse algo natural.
Bem, nós, afro-brasileiros(as), sabemos o quando este discurso é falso, pois no dia a dia, sentimos o preconceito pela cor de nossa pele, que podem se ocorrer, de forma direta e velada, como no caso de algumas abordagens da Polícia, no tratamento em órgãos públicos e na seleção de empregos de muitas empresas e na falta de respeito as expressões religiosas e culturais de origem africana, como o candomblé, maracatu e afoxé.
Em outros momentos, observamos o preconceito de forma sutil, seja pela forma de olhar, numa piadinha “sem malícia”, na forma do se fazer referência a uma pessoa negra, bem como em determinadas expressões de nossa língua, onde branco é tudo de bom e negro representa o que é mal, como exemplo, “denegrir a imagem”.
Observamos que há a necessidade urgente da superação da descriminação racial contra a população negra brasileira, buscando a garantia de reais direitos igualitários de oportunidades para todos(as) brasileiros(as) , reparando todo processo constituído durante o período da escravidão que permanece até os dias atuais.
O Estatuto da Igualdade Racial, aprovado recentemente na Câmara dos Deputados e que agora passará pela análise do Senado Federal, apresenta poucos avanços no caminho de mudanças estruturais em uma sociedade de raíz escravagista, onde temos uma elite racista e preconceituosa.
O Estatuto aprovado não garante, por exemplo, a política de cotas nas universidades e meios de comunicações, bem como não reconhece os direitos de territórios quilombolas, assim como não obriga o Estado e o setor privado cumprir suas determinações.
Verifica-se, então, que o Estatuto não irá proporcionar mudanças concretas na vida da população negra, devido as suas limitações, decorrente de um Congresso formado em grande maioria de pessoas de origem não negra e defensores de previlégios para a elite.
Compreendo que a população afro-brasileira necessita continuar sua luta pelo reconhecimento de seus direitos, exigindo o respeito no dia a dia.
A luta por igualdade racial no Brasil continua necessária e urgente, onde as práticas racistas não devem ser aceitas em nenhuma esfera da sociedade, devendo haver valorização da história, cultura e religiões da população negra, continuidade do combate as descriminações raciais por parte de qualquer pessoa ou instituição.
A luta por igualdade racial no Brasil continua necessária e urgente, onde as práticas racistas não devem ser aceitas em nenhuma esfera da sociedade, devendo haver valorização da história, cultura e religiões da população negra, continuidade do combate as descriminações raciais por parte de qualquer pessoa ou instituição.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Importância do Grito
Aprendemos na Escola que o dia 07 de setembro é o “Dia da Pátria”, onde devemos comemorar a Independência política do Brasil de Portugal, através do grito de Dom Pedro I à margem do Riacho Ypiranga.
Cabe, então, aqui uma pergunta: "O que é Pátria?"
Em uma rápida consulta na internet, observamos a seguinte definição sobre o significado da palavra “Pátria” : “é o país ou estado em que a pessoa nasceu (terra natal) e que faz parte como cidadão.”
Como se vê, então não podemos falar em Pátria sem falar das condições de vida das pessoas que ali vivem,observando seus deveres e se seus direitos se encontram sendo garantidos e respeitados. Observamos que. no caso brasileiro, precisamos avançar muito para que se possa afirmar que vivemos em uma “Pátria”, já que parte dos(as) brasileiros(as) encontram-se excluídos(as) socialmente, passando por preconceitos e descriminações de diversas espécies, em péssimas condições de vida.
Este quadro vem levando diversas entidades sociais, como igrejas, associações, sindicatos, MST, movimento estudantil, entre outras, a realizar, anualmente, o Grito dos(as) Excluídos(as), que ocorre em diversas localidades do Brasil, exatamente no dia 07 de setembro para lembrar a sociedade e aos governantes que não podemos comemorar o “Dia da Pátria”, sem promover a inclusão social de milhares de brasileiros(as).
Este ano, em sua 15ª edição, o Grito dos(as) Excluídos(as) continua mostrando a necessidade de mudanças na estrutura da sociedade brasileira e mundial, vencendo as mazelas implantadas pelo capitalismo, para que todas as pessoas possam viver com dignidade.
O Grito representa o momento para nós, da classe trabalhadora brasileira, demonstrar no dia 07 de setembro que continuamos vivos e ativos na luta pelos nossos direitos e na construção de um mundo justo, onde cada pessoa possa ser de fato um cidadão.
Neste contexto, o refrão da música cantada nas caminhadas do MST, assim como foi cantada durante todo ato e passeata do Grito no Centro do Recife no último dia 07 de setembro merece ser registrada para nossa reflexão: "Este é nosso País. Esta é nossa bandeira. É por amor a esta Pátria- Brasil. Que a gente segue em fileira...".
Cabe, então, aqui uma pergunta: "O que é Pátria?"
Em uma rápida consulta na internet, observamos a seguinte definição sobre o significado da palavra “Pátria” : “é o país ou estado em que a pessoa nasceu (terra natal) e que faz parte como cidadão.”
Como se vê, então não podemos falar em Pátria sem falar das condições de vida das pessoas que ali vivem,observando seus deveres e se seus direitos se encontram sendo garantidos e respeitados. Observamos que. no caso brasileiro, precisamos avançar muito para que se possa afirmar que vivemos em uma “Pátria”, já que parte dos(as) brasileiros(as) encontram-se excluídos(as) socialmente, passando por preconceitos e descriminações de diversas espécies, em péssimas condições de vida.
Este quadro vem levando diversas entidades sociais, como igrejas, associações, sindicatos, MST, movimento estudantil, entre outras, a realizar, anualmente, o Grito dos(as) Excluídos(as), que ocorre em diversas localidades do Brasil, exatamente no dia 07 de setembro para lembrar a sociedade e aos governantes que não podemos comemorar o “Dia da Pátria”, sem promover a inclusão social de milhares de brasileiros(as).
Este ano, em sua 15ª edição, o Grito dos(as) Excluídos(as) continua mostrando a necessidade de mudanças na estrutura da sociedade brasileira e mundial, vencendo as mazelas implantadas pelo capitalismo, para que todas as pessoas possam viver com dignidade.
O Grito representa o momento para nós, da classe trabalhadora brasileira, demonstrar no dia 07 de setembro que continuamos vivos e ativos na luta pelos nossos direitos e na construção de um mundo justo, onde cada pessoa possa ser de fato um cidadão.
Neste contexto, o refrão da música cantada nas caminhadas do MST, assim como foi cantada durante todo ato e passeata do Grito no Centro do Recife no último dia 07 de setembro merece ser registrada para nossa reflexão: "Este é nosso País. Esta é nossa bandeira. É por amor a esta Pátria- Brasil. Que a gente segue em fileira...".
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Dalit: Novela ou realidade?
Acompanhando a novela “Caminhos das Índias”, muitas pessoas se impressionam como um ser humano pode ser considerado como impuro e intocável, vivendo afastado da sociedade, sendo denominado de “dalit”.
Bem, sem entrar nas fantasias da novela, o tema é bastante promissor, para pensamos um pouco na sociedade brasileira e verificamos o que ocorre de fato por aqui, em nossa realidade diária.
Será que por aqui, não há pessoa que possa ser considerada uma “dalit”? Será que todos brasileiros e todas brasileiras se encontram incluídos socialmente?
Nas ruas de nossas cidades encontramos diversas pessoas excluídas socialmente, mendigando, catando lixo, passando dias em dias sem se alimentar corretamente, não sendo percebidas por boa parte da sociedade, preocupada com seus problemas diários e indiferentes a tal situação.
Estes são os nossos ‘dalits”, que também encontramos em lixões, sobrevivendo da catação dos restos que jogamos fora, vivendo em completa degradação social, não tendo os direitos básicos de educação, saúde, emprego e habitação.
Aqui, entre nós, temos a realidade que nos incomoda nas cenas da novela e muito precisamos fazer para que seja mudada, revendo práticas de acomodação e tentativas de deixar a consciência livre com o ato de dar esmola.
Neste sentido, cabe uma reflexão sobre como o sistema capitalista favorece a permanência desta situação de exclusão social, salientando que a solução definitiva do problema passa pelo fim deste sistema de exploração humana.
Bem, mas até este estágio da sociedade seja alcançado, precisamos contribuir para mudança do quadro, não devendo nos acomodar com a realidade, tendo o senso crítico daquilo que observamos, buscando diminuir as diferenças sociais entre os seres humanos.
Sabemos que os governos têm responsabilidade imediata na reversão da situação, mas cada pessoa, de forma individual ou coletiva, pode e deve contribuir para que a exclusão social diminua entre nós, através de ações, como as que busquem a organização dos excluídos para lutarem por seus direitos.
Finalizando, deixo uma frase de Dom Helder Câmara, que pode nos ajudar a pensar sobre esta questão: “ A fome os outros condena a civilização dos que não têm fome”.
Bem, sem entrar nas fantasias da novela, o tema é bastante promissor, para pensamos um pouco na sociedade brasileira e verificamos o que ocorre de fato por aqui, em nossa realidade diária.
Será que por aqui, não há pessoa que possa ser considerada uma “dalit”? Será que todos brasileiros e todas brasileiras se encontram incluídos socialmente?
Nas ruas de nossas cidades encontramos diversas pessoas excluídas socialmente, mendigando, catando lixo, passando dias em dias sem se alimentar corretamente, não sendo percebidas por boa parte da sociedade, preocupada com seus problemas diários e indiferentes a tal situação.
Estes são os nossos ‘dalits”, que também encontramos em lixões, sobrevivendo da catação dos restos que jogamos fora, vivendo em completa degradação social, não tendo os direitos básicos de educação, saúde, emprego e habitação.
Aqui, entre nós, temos a realidade que nos incomoda nas cenas da novela e muito precisamos fazer para que seja mudada, revendo práticas de acomodação e tentativas de deixar a consciência livre com o ato de dar esmola.
Neste sentido, cabe uma reflexão sobre como o sistema capitalista favorece a permanência desta situação de exclusão social, salientando que a solução definitiva do problema passa pelo fim deste sistema de exploração humana.
Bem, mas até este estágio da sociedade seja alcançado, precisamos contribuir para mudança do quadro, não devendo nos acomodar com a realidade, tendo o senso crítico daquilo que observamos, buscando diminuir as diferenças sociais entre os seres humanos.
Sabemos que os governos têm responsabilidade imediata na reversão da situação, mas cada pessoa, de forma individual ou coletiva, pode e deve contribuir para que a exclusão social diminua entre nós, através de ações, como as que busquem a organização dos excluídos para lutarem por seus direitos.
Finalizando, deixo uma frase de Dom Helder Câmara, que pode nos ajudar a pensar sobre esta questão: “ A fome os outros condena a civilização dos que não têm fome”.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Militância política
Entre os temas que pretendo desenvolver neste blog, certamente, a questão da militância política deverá ter destaque, notadamente pelo fato que é algo que venho fazendo desde minha juventude, há quase trinta anos.
Como militante, passei rapidamente pelo movimento estudantil e no movimento sindical, porém concentrei minha atuação durante muito tempo no movimento popular, tanto na comunidade da Ilha do Chié (localizada no Bairro de Campo Grande) como no Movimento de Defesa dos Favelados (MDF) e, atualmente, me considero militante partidário do PT.
Este artigo não pretende se concentrar na minha história política, e, sim trazer algumas reflexões sobre o significado de se fazer militância política, algo que considero importante no contexto da sociedade que vivemos, onde a classe traballhadora precisa estar organizada e atuante.
Um primeiro questionamento que faço é por que uma pessoa se torna militante político, o que faz ele ou ela se torna defensor de uma causa? E por que outras pessoas (uma grande maioria) não se sensibilizam por uma causa ou não querem ser militantes?
Como resposta para este questionamento escuto a afirmativa que “a militância dá no sangue de cada um ou uma”, e, dia por que muitas pessoas militantes de esquerda (outro tema, que merece aprofundamento em outra ocasião) se emocionam ao ouvir a música cantada por Fafá de Belém, que diz “meu coração é vermelho...”.
Independente de como uma pessoa se tornar militante político, compreendo que a principal reflexão que precisamos fazer é o que se que com a militância política, quais objetivos se pretendem alcançar.
Esta resposta só pode ser dada por cada militante, pensando em sua prática e no que vem construindo com ela de forma individual ou em conjunto com outras pessoas que defendam suas idéias ou não, já que, antes de tudo, é importante que tenhamos em mente que na sociedade, temos pessoas que pensam e agem diferentes de nós.
Como todo militante almeja alcançar o poder, encerro esta rápida reflexão, com um questionamento que sempre escuto no Movimento Phenix e, que repasso para que possamos pensar coletivamente: “Qual o poder que queremos? Para que se quer este poder? Como queremos este poder?”
Como militante, passei rapidamente pelo movimento estudantil e no movimento sindical, porém concentrei minha atuação durante muito tempo no movimento popular, tanto na comunidade da Ilha do Chié (localizada no Bairro de Campo Grande) como no Movimento de Defesa dos Favelados (MDF) e, atualmente, me considero militante partidário do PT.
Este artigo não pretende se concentrar na minha história política, e, sim trazer algumas reflexões sobre o significado de se fazer militância política, algo que considero importante no contexto da sociedade que vivemos, onde a classe traballhadora precisa estar organizada e atuante.
Um primeiro questionamento que faço é por que uma pessoa se torna militante político, o que faz ele ou ela se torna defensor de uma causa? E por que outras pessoas (uma grande maioria) não se sensibilizam por uma causa ou não querem ser militantes?
Como resposta para este questionamento escuto a afirmativa que “a militância dá no sangue de cada um ou uma”, e, dia por que muitas pessoas militantes de esquerda (outro tema, que merece aprofundamento em outra ocasião) se emocionam ao ouvir a música cantada por Fafá de Belém, que diz “meu coração é vermelho...”.
Independente de como uma pessoa se tornar militante político, compreendo que a principal reflexão que precisamos fazer é o que se que com a militância política, quais objetivos se pretendem alcançar.
Esta resposta só pode ser dada por cada militante, pensando em sua prática e no que vem construindo com ela de forma individual ou em conjunto com outras pessoas que defendam suas idéias ou não, já que, antes de tudo, é importante que tenhamos em mente que na sociedade, temos pessoas que pensam e agem diferentes de nós.
Como todo militante almeja alcançar o poder, encerro esta rápida reflexão, com um questionamento que sempre escuto no Movimento Phenix e, que repasso para que possamos pensar coletivamente: “Qual o poder que queremos? Para que se quer este poder? Como queremos este poder?”
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Quem são os vândalos?
Assistindo o Jornal da Globo, escutei a repórter afirmar que: "Os vândalos queimaram ônibus em uma favela de São Paulo", e, neste momento, parei para reflitir e me veio a seguinte pergunta: Afinal, quem é que praticou vandalismo mesmo neste caso?
Bem vamos aos fatos.
O processo foi iniciado com a morte de uma jovem que residia na favela, sendo tal morte provocada por componentes das forças de segurança, que entraram atirando na comunidade na caça de bandidos, sem considerar que ali a grande maioria da população é constituída de trabalhadores e trabalhadoras.
Semelhante a casos anteriores, as autoridades afirmam, através dos meios de comunicação, que: "ocorreu uma reação das forças de segurança", "quem morreu possuia ligação com a bandidagem','tudo vai ser apurado com rigor', entre outras. tentativas de justificativas.
No caso específico de são Paulo,ccomo a grande parte da população dessas comunidades começam a ficarem cansadas com tal situação, começa surgir reações como que assistimos pela televisão e, aí, estas pessoas são denominadas como "vândalos" pela mídia.
Não sou um especialista em questões de segurança, mas como um ex-morador de uma favela, que já viu algumas ações violentas por parte das forças de segurança contra cidadões honestos e pacatos, compreendo que esta situação necesssita mudar urgentemente, devendo se rever como as forças de segurança entram nas favelas e áreas carentes, pois do contrário, corremos o risco de ver a continuidade da reação dos moradores destas localidades, naquilo que a mídia chama de vandalismo, sem aprofundar as causas e consequências do fato.
Passos para a coleta seletiva
Em diversos setores da sociedade vem se discutindo a necessidade da implantação de projetos de coleta seletiva, diante interesses sócio-ambientais ou econômicos.
Um projeto de coleta seletiva pode ser implantado tanto pelo poder público (Prefeitura) como pela iniciativa de segmentos sociais, onde, observamos, em muitos casos, que a queima de etapas faz com os objetivos pretendidos não sejam alcançados.
Neste contexto, apresentamos, abaixo, alguns passos que julgamos necessários para elaboração e implantação de um projeto de coleta seletiva sustentável, que deve ser adaptado a cada realidade:
1. Formação de um grupo interessado no assunto, tendo como ponto de partida a discussão, a partir da realidade local, sobre questões relacionadas aos resíduos sólidos (lixo) desde sua geração até a destinação final.
2. Elaboração do projeto de coleta seletiva, contando com as seguintes informações:
· Quantidade diária e caracterização do lixo produzido na localidade;
· Tipos de materiais recicláveis a serem separados seletivamente;
· Destino a ser dado aos materiais coletados seletivamente, que, geralmente, envolve grupo de catadores;
· Identificação de parceiros para a realização do projeto da coleta seletiva (ONGs, poder público, escolas, comércio, indústria, condomínios, etc.);
· Plano de sensibilização e educativo da população.
· Maneira de armazenar o lixo em cada residência, separando os recicláveis dos não-recicláveis;
· Tipo de veículos/equipamentos a serem utilizados na coleta seletiva;
· Roteiro e freqüência da coleta seletiva na comunidade;
· Local de armazenagem dos resíduos coletados seletivamente, que deve ser licenciado pelo órgão ambiental.
3. Realização das ações de sensibilização e educativas da população, cuja duração vai depender dos resultados alcançados, utilizando uma linguagem acessível à população e instrumentos como:
· Reuniões com dinâmicas participativas;
· Panfletos/cartazes;
· Rádio comunitária, caso existente na localidade;
· Carro de som/anuncicleta (se houver recursos financeiros disponíveis)
· Envolvimento dos grupos organizados da área (entidades religiosas, escolas, clubes, associações);
· Atividades sociais e culturais (gincanas, torneios, festas).
4. Início do processo de coleta seletiva, que só deve ocorrer após uma avaliação dos resultados obtidos com as ações de sensibilização e educativas.
Com referência aos catadores (as) de materiais recicláveis, o projeto deve levar em consideração:
· Quantidade de catadores na área do projeto (por sexo, idade, etc.);
· Necessidades emergenciais dos catadores e catadoras (documentação, assistência médica, assistência social, ações de alfabetização e de organização, entre outras);
· Localização dos deposeiros e comerciantes de recicláveis;
· Forma de participação dos (as) catadores (as) na coleta seletiva ou os procedimentos de doação dos materiais recicláveis aos mesmos (as);
· Procedimentos para organização dos (as) catadores (as) e forma e freqüência de ressarcimento dessas pessoas diante a comercialização dos materiais recicláveis.
Um projeto de coleta seletiva pode ser implantado tanto pelo poder público (Prefeitura) como pela iniciativa de segmentos sociais, onde, observamos, em muitos casos, que a queima de etapas faz com os objetivos pretendidos não sejam alcançados.
Neste contexto, apresentamos, abaixo, alguns passos que julgamos necessários para elaboração e implantação de um projeto de coleta seletiva sustentável, que deve ser adaptado a cada realidade:
1. Formação de um grupo interessado no assunto, tendo como ponto de partida a discussão, a partir da realidade local, sobre questões relacionadas aos resíduos sólidos (lixo) desde sua geração até a destinação final.
2. Elaboração do projeto de coleta seletiva, contando com as seguintes informações:
· Quantidade diária e caracterização do lixo produzido na localidade;
· Tipos de materiais recicláveis a serem separados seletivamente;
· Destino a ser dado aos materiais coletados seletivamente, que, geralmente, envolve grupo de catadores;
· Identificação de parceiros para a realização do projeto da coleta seletiva (ONGs, poder público, escolas, comércio, indústria, condomínios, etc.);
· Plano de sensibilização e educativo da população.
· Maneira de armazenar o lixo em cada residência, separando os recicláveis dos não-recicláveis;
· Tipo de veículos/equipamentos a serem utilizados na coleta seletiva;
· Roteiro e freqüência da coleta seletiva na comunidade;
· Local de armazenagem dos resíduos coletados seletivamente, que deve ser licenciado pelo órgão ambiental.
3. Realização das ações de sensibilização e educativas da população, cuja duração vai depender dos resultados alcançados, utilizando uma linguagem acessível à população e instrumentos como:
· Reuniões com dinâmicas participativas;
· Panfletos/cartazes;
· Rádio comunitária, caso existente na localidade;
· Carro de som/anuncicleta (se houver recursos financeiros disponíveis)
· Envolvimento dos grupos organizados da área (entidades religiosas, escolas, clubes, associações);
· Atividades sociais e culturais (gincanas, torneios, festas).
4. Início do processo de coleta seletiva, que só deve ocorrer após uma avaliação dos resultados obtidos com as ações de sensibilização e educativas.
Com referência aos catadores (as) de materiais recicláveis, o projeto deve levar em consideração:
· Quantidade de catadores na área do projeto (por sexo, idade, etc.);
· Necessidades emergenciais dos catadores e catadoras (documentação, assistência médica, assistência social, ações de alfabetização e de organização, entre outras);
· Localização dos deposeiros e comerciantes de recicláveis;
· Forma de participação dos (as) catadores (as) na coleta seletiva ou os procedimentos de doação dos materiais recicláveis aos mesmos (as);
· Procedimentos para organização dos (as) catadores (as) e forma e freqüência de ressarcimento dessas pessoas diante a comercialização dos materiais recicláveis.
Sem folhas, não há Orixás
Costumeiramente, escutamos algumas pessoas afirmarem que os cultos das religiões de matriz africana representam riscos para preservação das matas, devido ao acúmulo dos materiais decorrentes das oferendas aos Orixás e risco de incêndio e risco de incêndio pelo uso de velas, assim como, também, representaria problemas aos rios e ao mar, diante o lançamento de tais oferendas nos cursos de água.
A defesa da preservação ambiental utilizada por determinadas pessoas para manter o posicionamento acima, na verdade representa um preconceito contra religiões de matriz africana, como o candomblé, por exemplo, já que estas mesmas pessoas, em sua maioria, não se posicionam contrárias aos responsáveis por danos realmente mais sérios contra o meio ambiente.
Contrapondo a idéia acima, grande parte dos (as) representantes das religiões de matriz africana vem defendendo a necessidade que os cultos sejam realizados de forma sustentável, tendo como princípio que cada Orixá se relaciona com um elemento da natureza, sendo esta questão ressaltada em uma frase: “sem folhas, não há Orixás”.
Lembramos que além das ações de cada terreiro, este assunto já foi objeto de duas oficinas realizadas pelos representantes das religiões de matriz africana juntamente com a Prefeitura do Recife em 2008 e 2009, durante a Semana de Meio Ambiente, onde se viu a importância de cada folha e planta para o culto aos Orixás.
Em julho passado, durante o III Encontro Pernambucano das Mulheres de Terreiro, o tema ambiental fez parte da agenda do evento, sendo tema de uma das 09 oficinas ali realizadas, onde, posteriormente o plenário aprovou as propostas de tal oficina, que norteiam sobre a realização de ações de educação ambiental, produção de materiais educativos, reciclagem dos resíduos gerados nas atividades de cada terreiro, entre outras.
Observa-se, então, que a preservação da natureza é essencial para o culto aos Orixás por parte das religiões afro-brasileiras, cabendo para cada um de nós que defendenos a liberdade religiosa efetuar o combate ao preconceito e a descriminação que há contra tais religiões.
A defesa da preservação ambiental utilizada por determinadas pessoas para manter o posicionamento acima, na verdade representa um preconceito contra religiões de matriz africana, como o candomblé, por exemplo, já que estas mesmas pessoas, em sua maioria, não se posicionam contrárias aos responsáveis por danos realmente mais sérios contra o meio ambiente.
Contrapondo a idéia acima, grande parte dos (as) representantes das religiões de matriz africana vem defendendo a necessidade que os cultos sejam realizados de forma sustentável, tendo como princípio que cada Orixá se relaciona com um elemento da natureza, sendo esta questão ressaltada em uma frase: “sem folhas, não há Orixás”.
Lembramos que além das ações de cada terreiro, este assunto já foi objeto de duas oficinas realizadas pelos representantes das religiões de matriz africana juntamente com a Prefeitura do Recife em 2008 e 2009, durante a Semana de Meio Ambiente, onde se viu a importância de cada folha e planta para o culto aos Orixás.
Em julho passado, durante o III Encontro Pernambucano das Mulheres de Terreiro, o tema ambiental fez parte da agenda do evento, sendo tema de uma das 09 oficinas ali realizadas, onde, posteriormente o plenário aprovou as propostas de tal oficina, que norteiam sobre a realização de ações de educação ambiental, produção de materiais educativos, reciclagem dos resíduos gerados nas atividades de cada terreiro, entre outras.
Observa-se, então, que a preservação da natureza é essencial para o culto aos Orixás por parte das religiões afro-brasileiras, cabendo para cada um de nós que defendenos a liberdade religiosa efetuar o combate ao preconceito e a descriminação que há contra tais religiões.
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