domingo, 27 de dezembro de 2009
Feliz novo amanhã
Chegamos ao final de 2009.
Momento de confraternizações, onde em cada parte do mundo ocidental, as pessoas estarão se abraçando, com a esperança de grandes conquistas no ano novo, como ocorreu no final do ano passado e vem se repetindo anos após anos.
Lógico que não poderemos fugir deste momento, afinal ele faz parte do contexto da sociedade que vivemos, mas, certamente, seria bom que cada um(a) de nós pudesse realizar uma reflexão do significado da frase “Feliz ano novo”do ponto de vista coletivo, buscando ver o que se quer ao pronunciar esta frase como desejo de mudanças na sociedade que vivemos.
É importante lembrar que aqui não me cabe julgar a sinceridade de nenhuma pessoa ao desejar “Feliz ano novo” individualmente, mas, sim, procurar levantar um debate sobre o que realmente queremos a partir de janeiro de 2010 em diante, construindo coletivamente um novo amanhã.
Cada um(a) de nós necessita refletir que contribuição poderá dar para que possamos viver numa sociedade mais justa e humana, com igualdade entre os sexos, sem nenhuma forma de preconceito,como a descriminação racial, intolerância religiosa, opção sexual, aceitando que cada pessoa viva como julgar melhor para si.
Devemos pensar como iremos nos envolver e contribuir na construção de um mundo sustentável, evitando a ampliação da degradação ambiental e diminuindo o consumismo, que acarreta a exploração dos recursos naturais e a geração de uma grande demanda de resíduos descartados na natureza.
Ressaltamos que este novo amanhã necessita do nosso envolvimento na busca de saídas para problemática das mudanças climáticas e do aquecimento global, lembrando que a recente Conferência de Copenhague demonstrou que não podemos aguardar soluções milagrosas dos governantes mundiais.
Neste momento de reflexão, devemos, ainda, realizar uma reflexão sobre a contribuição que devemos dar para combater as injustiças decorrentes da sociedade capitalista, buscando diminuir a exclusão social e garantindo uma boa qualidade de vida para os seres humanos em toda parte do mundo.
Entendo que só poderemos encontrar saídas para os problemas que nos cerca e atinge no dia a dia, caso, passamos a realizar ações coletivas e organizadas, mudando formas de pensar e agir, que só possibilitam a manutenção da situação como estar, precisando de transformações, que a sociedade não pode e não deve esperar que venha, exclusivamente, dos governantes.
O caminho a ser trilhado passa, necessariamente, pelo fortalecimento da cidadania e participação popular, onde precisamos estar presentes nas diversas esferas governamentais, contribuindo com propostas e exigindo o cumprimento das atribuições dos órgãos públicos em seus diversos níveis.
Cada pessoa precisa dar sua contribuição individual para esta transformação coletiva, possibilitando que tenhamos um novo amanhã e mundo melhor, e deixo aqui um poema de Solano Trindade, pernambucano, poeta negro, para nossa reflexão.
Momento de confraternizações, onde em cada parte do mundo ocidental, as pessoas estarão se abraçando, com a esperança de grandes conquistas no ano novo, como ocorreu no final do ano passado e vem se repetindo anos após anos.
Lógico que não poderemos fugir deste momento, afinal ele faz parte do contexto da sociedade que vivemos, mas, certamente, seria bom que cada um(a) de nós pudesse realizar uma reflexão do significado da frase “Feliz ano novo”do ponto de vista coletivo, buscando ver o que se quer ao pronunciar esta frase como desejo de mudanças na sociedade que vivemos.
É importante lembrar que aqui não me cabe julgar a sinceridade de nenhuma pessoa ao desejar “Feliz ano novo” individualmente, mas, sim, procurar levantar um debate sobre o que realmente queremos a partir de janeiro de 2010 em diante, construindo coletivamente um novo amanhã.
Cada um(a) de nós necessita refletir que contribuição poderá dar para que possamos viver numa sociedade mais justa e humana, com igualdade entre os sexos, sem nenhuma forma de preconceito,como a descriminação racial, intolerância religiosa, opção sexual, aceitando que cada pessoa viva como julgar melhor para si.
Devemos pensar como iremos nos envolver e contribuir na construção de um mundo sustentável, evitando a ampliação da degradação ambiental e diminuindo o consumismo, que acarreta a exploração dos recursos naturais e a geração de uma grande demanda de resíduos descartados na natureza.
Ressaltamos que este novo amanhã necessita do nosso envolvimento na busca de saídas para problemática das mudanças climáticas e do aquecimento global, lembrando que a recente Conferência de Copenhague demonstrou que não podemos aguardar soluções milagrosas dos governantes mundiais.
Neste momento de reflexão, devemos, ainda, realizar uma reflexão sobre a contribuição que devemos dar para combater as injustiças decorrentes da sociedade capitalista, buscando diminuir a exclusão social e garantindo uma boa qualidade de vida para os seres humanos em toda parte do mundo.
Entendo que só poderemos encontrar saídas para os problemas que nos cerca e atinge no dia a dia, caso, passamos a realizar ações coletivas e organizadas, mudando formas de pensar e agir, que só possibilitam a manutenção da situação como estar, precisando de transformações, que a sociedade não pode e não deve esperar que venha, exclusivamente, dos governantes.
O caminho a ser trilhado passa, necessariamente, pelo fortalecimento da cidadania e participação popular, onde precisamos estar presentes nas diversas esferas governamentais, contribuindo com propostas e exigindo o cumprimento das atribuições dos órgãos públicos em seus diversos níveis.
Cada pessoa precisa dar sua contribuição individual para esta transformação coletiva, possibilitando que tenhamos um novo amanhã e mundo melhor, e deixo aqui um poema de Solano Trindade, pernambucano, poeta negro, para nossa reflexão.
Meu grande poema
Solano Trindade
Quando os homens tiverem tempo
de ouvir música
de cuidar de seus jardins
me encontrareis cantando
um grande poema
de ouvir música
de cuidar de seus jardins
me encontrareis cantando
um grande poema
Quando forem destruídos os preconceitos
quando as mulheres puderem sorrir
para todos os homens
me encontrareis cantando
um grande poema
Quando houver trabalho livre
quando for franco o amor
me encontrareis cantando
um grande poema.
domingo, 20 de dezembro de 2009
Os presentes de Copenhague
A COP-15, em Copenhague, chegou ao fim e a humanidade continua esperando que se celebre tratado para minimizar os efeitos decorrentes das mudanças climáticas e do aquecimento global, já que, conforme noticiado, o resultado de todo debate ali realizado foi uma “carta de intenções”, sem apoio de todos participantes, empurrando para a Conferência do próximo ano, que ocorrerá no México, qualquer definição sobre o assunto.
Observarmos que não ocorreu definição sobre a taxa de redução dos gases- estufa, conforme recomendação do IPCC- Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática -, buscando evitar uma alta de temperatura superior a 2ºC C em relação aos níveis do período pré-industrial.
Em tese, os países concordam que a temperatura não deve subir acima de 2º C, porém, como cada um irá informar, posteriormente, como irá contribuir para evitar tal elevação através de estabelecimentos de metas específicas, sem haver, um monitoramento e controle dos órgãos mundiais e, somente consultas e análises.
Na “carta de intenções”, os países ricos se comprometem em repassar US$ 30 bilhões nos próximos três anos para ajudar nações pobres a lidar com as alterações climáticas, sem a definição da origem de parte dos recursos, bem como deverão ser aplicados, havendo, ainda, a perspectiva dessa ajuda subir para US$ 100 bilhões por ano, entre 2013 e 2020.
Em uma análise da COP-15, verificamos que ocorreu uma vitória daqueles que tem o interesse em manter a situação no estado que se encontra, mantendo o lucro da empresas sem reversão do quadro de degradação ambiental e emissão de gases poluentes na atmosfera.
Compreendemos que a Conferência de Copenhague não apresentou resultados concretos, pois, na realidade, qualquer questão relacionada ao controle da emissão dos gases depende, necessariamente, de mudanças no sistema de produção da sociedade capitalista, pois os interesses econômicos não devem se sobressair a questão ambiental e ao próprio futuro do planeta.
Em conseqüência da falta de decisão em Copenhague e enquanto se aguarda que os governantes cheguem a um consenso, continuaremos observando o êxodo dos refugiados ambientais, pessoas excluídas socialmente e expulsas de suas terras devido as catástrofes no meio ambiente, decorrentes de ações humanas, como secas, enchentes, queimadas, entre outras.
Contudo, podemos afirmar que a COP-15 deixa grandes presentes para humanidade na semana que antecede o Natal e que presentes seriam estes?
O primeiro deles é que a sociedade civil não pode e não deve esperar que os governantes encontrem, isoladamente, soluções para a questão das mudanças climáticas, havendo a necessidade de ampla mobilização dos segmentos sociais em busca dos problemas que vêem causando aflições em todo planeta.
A repressão sobre os manifestantes em Copenhague é uma demonstração do temor dos governamentais com a mobilização mundial em busca de soluções para os efeitos negativos do aquecimento global, portanto, cada vez mais a sociedade civil mundial tem que se encontrar mobilizada na defesa das questões ambientais e da vida no planeta.
Um segundo presente de Copenhague, é que a solução da problemática das mudanças climáticas depende da implantação de práticas sustentáveis em toda parte do mundo, passando a se ter uma relação harmoniosa com o meio ambiente, incluindo a diminuição dos atuais padrões de consumo e, como conseqüência, o excessivo descarte de resíduos na natureza.
A implantação de práticas sustentáveis depende, logicamente, na mudança de estilo de vida das pessoas, dando maior importância ao “SER do que o ter”, bem como iniciar um processo concreto de superação do sistema capitalista, pois, a raça humana continuará correndo risco de sobreviver enquanto tal sistema imperar, conforme Copenhague acaba de registrar.
Observarmos que não ocorreu definição sobre a taxa de redução dos gases- estufa, conforme recomendação do IPCC- Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática -, buscando evitar uma alta de temperatura superior a 2ºC C em relação aos níveis do período pré-industrial.
Em tese, os países concordam que a temperatura não deve subir acima de 2º C, porém, como cada um irá informar, posteriormente, como irá contribuir para evitar tal elevação através de estabelecimentos de metas específicas, sem haver, um monitoramento e controle dos órgãos mundiais e, somente consultas e análises.
Na “carta de intenções”, os países ricos se comprometem em repassar US$ 30 bilhões nos próximos três anos para ajudar nações pobres a lidar com as alterações climáticas, sem a definição da origem de parte dos recursos, bem como deverão ser aplicados, havendo, ainda, a perspectiva dessa ajuda subir para US$ 100 bilhões por ano, entre 2013 e 2020.
Em uma análise da COP-15, verificamos que ocorreu uma vitória daqueles que tem o interesse em manter a situação no estado que se encontra, mantendo o lucro da empresas sem reversão do quadro de degradação ambiental e emissão de gases poluentes na atmosfera.
Compreendemos que a Conferência de Copenhague não apresentou resultados concretos, pois, na realidade, qualquer questão relacionada ao controle da emissão dos gases depende, necessariamente, de mudanças no sistema de produção da sociedade capitalista, pois os interesses econômicos não devem se sobressair a questão ambiental e ao próprio futuro do planeta.
Em conseqüência da falta de decisão em Copenhague e enquanto se aguarda que os governantes cheguem a um consenso, continuaremos observando o êxodo dos refugiados ambientais, pessoas excluídas socialmente e expulsas de suas terras devido as catástrofes no meio ambiente, decorrentes de ações humanas, como secas, enchentes, queimadas, entre outras.
Contudo, podemos afirmar que a COP-15 deixa grandes presentes para humanidade na semana que antecede o Natal e que presentes seriam estes?
O primeiro deles é que a sociedade civil não pode e não deve esperar que os governantes encontrem, isoladamente, soluções para a questão das mudanças climáticas, havendo a necessidade de ampla mobilização dos segmentos sociais em busca dos problemas que vêem causando aflições em todo planeta.
A repressão sobre os manifestantes em Copenhague é uma demonstração do temor dos governamentais com a mobilização mundial em busca de soluções para os efeitos negativos do aquecimento global, portanto, cada vez mais a sociedade civil mundial tem que se encontrar mobilizada na defesa das questões ambientais e da vida no planeta.
Um segundo presente de Copenhague, é que a solução da problemática das mudanças climáticas depende da implantação de práticas sustentáveis em toda parte do mundo, passando a se ter uma relação harmoniosa com o meio ambiente, incluindo a diminuição dos atuais padrões de consumo e, como conseqüência, o excessivo descarte de resíduos na natureza.
A implantação de práticas sustentáveis depende, logicamente, na mudança de estilo de vida das pessoas, dando maior importância ao “SER do que o ter”, bem como iniciar um processo concreto de superação do sistema capitalista, pois, a raça humana continuará correndo risco de sobreviver enquanto tal sistema imperar, conforme Copenhague acaba de registrar.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Copenhague e as contradições do capitalismo
A atenção mundial continua voltada para a 15ª Conferência do Clima (COP-15) das Nações Unidas, em Copenhague, na Dinamarca, onde representantes de mais de 190 países vêem buscando encontrar soluções para a problemática ambiental, diante os efeitos provocados pelas mudanças climáticas.
Durante toda semana, verificamos que a mídia vem divulgando reportagens sobre os riscos que a humanidade poderá correr se não se chegar a um acordo durante a Conferência, mostrando, também, a divisão entre os países considerados ricos e aqueles considerados emergentes, como Brasil, China e Índia.
Observamos que cada parte busca defender seus interesses econômicos, não se encontrando, até o momento, um ponto consensual, ficando a expectativa de como terminará a Conferência, havendo a possibilidade de não se fechar acordo ou mesmo as decisões ali tomadas não serem aceitas por parcela dos participantes.
Neste sentido, lembramos que há 61 anos, a ONU aprovou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que era o tema daquela ocasião como meio ambiente é na atualidade, porém, tal Declaração não se encontra implantada em quase sua totalidade pela maior parte dos países.
É fundamental que acompanhemos, com maior cuidado, as discussões e os resultados decorrentes da Conferência, buscando ver qual será o rebatimento no futuro do planeta das decisões ali tomadas, porém, de imediato, devemos ter em mente, que qualquer decisão ali tomada não irá provocar mudanças estruturais nas relações econômicas mundiais, ou seja, a lógica capitalista será mantida.
Por mais cansativo que possa aparecer, não podemos esquecer que a problemática ambiental que passa a humanidade se encontra diretamente relacionada com a separação entre as classes provocada pelo capitalismo, onde uma parcela da humanidade se encontra excluída socialmente, sem se beneficiar daquilo que é gerado nas relações econômicas, sociais e políticas, sendo as principais vítimas dos problemas decorrentes das mudanças climáticas em todo planeta, como as enchentes, desertificação, queimadas, entre outros
Compreendemos que a problemática ambiental decorre das relações dentro do capitalismo, onde, cada vez mais se amplia o abismo social, afastando aqueles incluídos socialmente daqueles que vivem em condições de miserabilidade, que vivem em estado de vulnerabilidade na área rural e nas cidades.
Verificamos que, a partir da lógica capitalista, qualquer processo para controlar os efeitos do aquecimento global, não pode passar pela diminuição dos lucros das empresas, devendo sempre o Estado em assumir a responsabilidade pelas ações que devem ser realizadas para a minimização dos problemas.
Neste período da realização da Conferência de Copenhague, podemos apontar essa contradição dentro do sistema capitalista, pois, ao mesmo tempo, que é exaltada a necessidade de ações para garantir a manutenção futura do planeta, observamos que há um incentivo ao consumismo no período natalino, não mostrando que este consumo leva a utilização irracional dos recursos naturais e geração de resíduos descartados, fatores contribuintes com os efeitos das mudanças climáticas.
Conforme já registrado, anteriormente, compreendemos que a participação da sociedade civil é fundamental para se encontrar saídas para a questão do aquecimento global, havendo, portanto, a necessidade do assunto ser incluído na pauta dos movimentos sociais, buscando ampliar a consciência sócio-ambiental da população, envolvendo-a na mobilização, para que as autoridades mundiais encontrem saídas efetivas para o aquecimento global.
Durante toda semana, verificamos que a mídia vem divulgando reportagens sobre os riscos que a humanidade poderá correr se não se chegar a um acordo durante a Conferência, mostrando, também, a divisão entre os países considerados ricos e aqueles considerados emergentes, como Brasil, China e Índia.
Observamos que cada parte busca defender seus interesses econômicos, não se encontrando, até o momento, um ponto consensual, ficando a expectativa de como terminará a Conferência, havendo a possibilidade de não se fechar acordo ou mesmo as decisões ali tomadas não serem aceitas por parcela dos participantes.
Neste sentido, lembramos que há 61 anos, a ONU aprovou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que era o tema daquela ocasião como meio ambiente é na atualidade, porém, tal Declaração não se encontra implantada em quase sua totalidade pela maior parte dos países.
É fundamental que acompanhemos, com maior cuidado, as discussões e os resultados decorrentes da Conferência, buscando ver qual será o rebatimento no futuro do planeta das decisões ali tomadas, porém, de imediato, devemos ter em mente, que qualquer decisão ali tomada não irá provocar mudanças estruturais nas relações econômicas mundiais, ou seja, a lógica capitalista será mantida.
Por mais cansativo que possa aparecer, não podemos esquecer que a problemática ambiental que passa a humanidade se encontra diretamente relacionada com a separação entre as classes provocada pelo capitalismo, onde uma parcela da humanidade se encontra excluída socialmente, sem se beneficiar daquilo que é gerado nas relações econômicas, sociais e políticas, sendo as principais vítimas dos problemas decorrentes das mudanças climáticas em todo planeta, como as enchentes, desertificação, queimadas, entre outros
Compreendemos que a problemática ambiental decorre das relações dentro do capitalismo, onde, cada vez mais se amplia o abismo social, afastando aqueles incluídos socialmente daqueles que vivem em condições de miserabilidade, que vivem em estado de vulnerabilidade na área rural e nas cidades.
Verificamos que, a partir da lógica capitalista, qualquer processo para controlar os efeitos do aquecimento global, não pode passar pela diminuição dos lucros das empresas, devendo sempre o Estado em assumir a responsabilidade pelas ações que devem ser realizadas para a minimização dos problemas.
Neste período da realização da Conferência de Copenhague, podemos apontar essa contradição dentro do sistema capitalista, pois, ao mesmo tempo, que é exaltada a necessidade de ações para garantir a manutenção futura do planeta, observamos que há um incentivo ao consumismo no período natalino, não mostrando que este consumo leva a utilização irracional dos recursos naturais e geração de resíduos descartados, fatores contribuintes com os efeitos das mudanças climáticas.
Conforme já registrado, anteriormente, compreendemos que a participação da sociedade civil é fundamental para se encontrar saídas para a questão do aquecimento global, havendo, portanto, a necessidade do assunto ser incluído na pauta dos movimentos sociais, buscando ampliar a consciência sócio-ambiental da população, envolvendo-a na mobilização, para que as autoridades mundiais encontrem saídas efetivas para o aquecimento global.
domingo, 6 de dezembro de 2009
O que esperar a partir de Copenhague?
Nesta 2ª feira, é iniciada a 15ª Conferência das Partes da Convenção de Mudanças Climáticas das Nações Unidas – COP 15 -, em Copenhague, na Dinamarca, que deverá reunir chefes de mais de 190 países, objetivando discutir a problemática do aquecimento global e as possíveis saídas para as mudanças climáticas.
Acompanhando pela imprensa, observamos que cada país vem se posicionando com referência a taxa de redução da concentração de gases de efeito estufa n atmosfera, buscando estabelecer metas a serem cumpridas até 2020 em relação ao nível de 1990, onde no caso brasileiro, o Governo vem propondo uma taxa de 36,1 a 38,9%, se comprometendo reduzir em 80%o desmatamento na Amazônia e 40% no Cerrado.
A busca de um acordo global é o grande objetivo da COP 15, devendo ser lembrado que nos encontros anteriores para discussão das mudanças climáticas nunca houve consenso entre os países participantes, lembrando, que o governo norte americano, país que é o segundo emissor de CO2, não assinou o Protocolo de Kyoto e o congresso americano não aprovou a lei que busca estabelecer a redução das emissões dos gases.
Conforme divulgado na imprensa, a expectativa é que a nações participantes assumam metas de redução de 25% a 40% de seus níveis de emissão de carbono em relação a 1990 até 2020. A Conferência estabelecerá novas metas que substituam o Protocolo de Kyoto, que determinou em 1997 a redução de emissões de gases em 8% com base no ano de 1990.
Um acordo mundial em Copenhague deverá proporcionar mudanças no modelo de desenvolvimento mundial, com a utilização de energia mais limpa para produção industrial, diminuindo o uso de combustíveis, como petróleo e carvão.
Acompanhando pela imprensa, observamos que cada país vem se posicionando com referência a taxa de redução da concentração de gases de efeito estufa n atmosfera, buscando estabelecer metas a serem cumpridas até 2020 em relação ao nível de 1990, onde no caso brasileiro, o Governo vem propondo uma taxa de 36,1 a 38,9%, se comprometendo reduzir em 80%o desmatamento na Amazônia e 40% no Cerrado.
A busca de um acordo global é o grande objetivo da COP 15, devendo ser lembrado que nos encontros anteriores para discussão das mudanças climáticas nunca houve consenso entre os países participantes, lembrando, que o governo norte americano, país que é o segundo emissor de CO2, não assinou o Protocolo de Kyoto e o congresso americano não aprovou a lei que busca estabelecer a redução das emissões dos gases.
Conforme divulgado na imprensa, a expectativa é que a nações participantes assumam metas de redução de 25% a 40% de seus níveis de emissão de carbono em relação a 1990 até 2020. A Conferência estabelecerá novas metas que substituam o Protocolo de Kyoto, que determinou em 1997 a redução de emissões de gases em 8% com base no ano de 1990.
Um acordo mundial em Copenhague deverá proporcionar mudanças no modelo de desenvolvimento mundial, com a utilização de energia mais limpa para produção industrial, diminuindo o uso de combustíveis, como petróleo e carvão.
Neste contexto, verifica-se que um acordo em Copenhague só irá ocorrer caso os interesses sócio-ambientais superem os interesses econômicos de cada país, mudando a lógica de relação da sociedade capitalista da busca excessiva do lucro, criando condições para um desenvolvimento sustentável, diminuindo os efeitos negativos da economia globalizada, mudando, inclusive, o estilo de consumo da sociedade.
O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, órgão das Nações Unidas, indica que a temperatura da Terra não pode aumentar mais do que 2º C - em relação ao período pré-Revolução Industrial - até o final do século, caso contrário, a sobrevivência humana estará sob ameaça.
Os especialistas no assunto alertam que os efeitos do aquecimento global atingem em maior escala a parcela excluída da humanidade em diversas partes do mundo, tanto no meio urbano como no meio rural.
No meio rural, observa-se que os efeitos do desmatamento, assoreamento dos rios, queimada e desertificação diminuem a fertilidade do solo, com a falta de água atingindo a população que sobrevive do extrativismo e da lavoura de subsistência, que, então, necessita de encontrar formas de sobrevivência, ampliando a possibilidade de ampliar o êxodo para o meio urbano, ocasionando a ampliação dos problemas sócio-ambientais no meio urbano.
Nas cidades, a população mais pobre que ocupa, geralmente, espaços sem arborização, com carência de serviços de saneamento em áreas de favelas e morros, sofrendo os efeitos do aquecimento global por residirem em áreas vulneráveis de enchentes, correndo os riscos de contaminação e ser atingida por proliferação de insetos e afetada por doenças como dengue, cólera, leptospirose, entre outras.
Observa-se, então, que é fundamental se encontrar saídas urgentes para questão do aquecimento global, pois, do contrário, cada vez mais se acelerará as desigualdades sociais e o abismo que separa as camadas sociais.
Finalizando, compreendo que cabe aos segmentos sociais se envolverem no debate da questão das mudanças climáticas, propondo soluções nas diversas esferas governamentais, na busca de soluções locais e globais a serem adotadas com máxima urgência, já que não se pode esperar que, nos próximos dias, os governos dos países participantes da COP 15 encontrem soluções definitivas para a questão do aquecimento global.
O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, órgão das Nações Unidas, indica que a temperatura da Terra não pode aumentar mais do que 2º C - em relação ao período pré-Revolução Industrial - até o final do século, caso contrário, a sobrevivência humana estará sob ameaça.
Os especialistas no assunto alertam que os efeitos do aquecimento global atingem em maior escala a parcela excluída da humanidade em diversas partes do mundo, tanto no meio urbano como no meio rural.
No meio rural, observa-se que os efeitos do desmatamento, assoreamento dos rios, queimada e desertificação diminuem a fertilidade do solo, com a falta de água atingindo a população que sobrevive do extrativismo e da lavoura de subsistência, que, então, necessita de encontrar formas de sobrevivência, ampliando a possibilidade de ampliar o êxodo para o meio urbano, ocasionando a ampliação dos problemas sócio-ambientais no meio urbano.
Nas cidades, a população mais pobre que ocupa, geralmente, espaços sem arborização, com carência de serviços de saneamento em áreas de favelas e morros, sofrendo os efeitos do aquecimento global por residirem em áreas vulneráveis de enchentes, correndo os riscos de contaminação e ser atingida por proliferação de insetos e afetada por doenças como dengue, cólera, leptospirose, entre outras.
Observa-se, então, que é fundamental se encontrar saídas urgentes para questão do aquecimento global, pois, do contrário, cada vez mais se acelerará as desigualdades sociais e o abismo que separa as camadas sociais.
Finalizando, compreendo que cabe aos segmentos sociais se envolverem no debate da questão das mudanças climáticas, propondo soluções nas diversas esferas governamentais, na busca de soluções locais e globais a serem adotadas com máxima urgência, já que não se pode esperar que, nos próximos dias, os governos dos países participantes da COP 15 encontrem soluções definitivas para a questão do aquecimento global.
domingo, 29 de novembro de 2009
Democracia racial: Da utopia para realidade
Chegamos ao fim do mês de novembro, quando, novamente, se comemorou “O Mês da Consciência Negra’, em homenagem a memória de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
Durante todo mês, ocorreram diversas manifestações no território brasileiro, buscando denunciar as práticas de racismo ainda reinante na sociedade e buscando garantir os direitos da população negra.
Neste momento, cabe salientar que o debate sobre a questão racial deve fazer parte permanente da agenda da sociedade, logo não podemos nos prender, exclusivamente, ao mês de novembro para debater e ver este problema, já que o preconceito continua forte em muitos setores dessa sociedade.
Com a leitura e conhecimento da história de Zumbi e do Quilombo dos Palmares, observamos a necessidade urgente da revisão dos livros escolares, os quais repassam e transmitem a idéia da classe dominante, ou seja, da civilização branca, que escravizou o povo negro e dizimou o povo índio.
Enquanto essa revisão não ocorrer, continuará se propagando que a libertação dos negros com o fim da escravidão no Brasil escravos se deu graças à bondade da Princesa Izabel e da elite da época, supervalorizando o ato assinado em 13 de maio de 1888, sem reconhecer o processo que o antecedeu.
Não podemos deixar de lembrar que para Princesa Izabel assinar ao ato de abolição da escravatura, ocorreu muitas lutas populares no Brasil, como a permanente fuga dos negros e negras dos engenhos e fazendas, a formação dos quilombos, a Revolta dos Malês na Bahia, a Cabanagem no Pará, a Revolta dos Balaios no Maranhão, entre outras.
Vemos, então, que a assinatura da dita Lei Áurea em 13 de maio de 1888, nada mais foi que a capitulação da elite dominante de que não poderia continuar com a escravidão no Brasil, diante a eclosão de revoltas populares em diversos locais do país, faltando, inclusive, com a assinatura de tal Lei, a criminalização daqueles que constituíram a escravidão no país.
Além da revisão dos livros escolares, vê-se a importância de criar mecanismos concretos de combate a intolerância religiosa por diversos segmentos sociais, que não respeitam as práticas religiosas da população negra, devendo ser salientando que numa sociedade que se diz laica, as pessoas praticantes de religiões de matriz africana devem ser respeitadas assim como são as que praticam religiões de origem judaico-cristãs, bem as demais religiões existentes entre nós, além daquelas pessoas que afirmam ser ateístas.
A idéia de uma democracia racial brasileira continuará sendo uma utopia, enquanto não se garantir os direitos da população negra, que continua relegada em segundo plano, com grande parte excluída socialmente, havendo, portanto, a necessidade da criação de mecanismos que busquem proporcionar que os negros e as negras possam se tornar atores dentro da sociedade.
Observamos, então, que o debate realizado, anualmente, durante o mês de novembro é um momento de reflexão de uma realidade nacional que, diariamente, necessita ser avaliada e transformada, sem o que continuaremos presenciando práticas raciais entre nós.
Cada um ou uma de nós, que temos a consciência do mal causado pelo racismo, deve contribuir pelo fim do preconceito racial do ponto de vista pessoal e coletivo, transformando a utopia de democracia racial em uma realidade para a sociedade brasileira.
Durante todo mês, ocorreram diversas manifestações no território brasileiro, buscando denunciar as práticas de racismo ainda reinante na sociedade e buscando garantir os direitos da população negra.
Neste momento, cabe salientar que o debate sobre a questão racial deve fazer parte permanente da agenda da sociedade, logo não podemos nos prender, exclusivamente, ao mês de novembro para debater e ver este problema, já que o preconceito continua forte em muitos setores dessa sociedade.
Com a leitura e conhecimento da história de Zumbi e do Quilombo dos Palmares, observamos a necessidade urgente da revisão dos livros escolares, os quais repassam e transmitem a idéia da classe dominante, ou seja, da civilização branca, que escravizou o povo negro e dizimou o povo índio.
Enquanto essa revisão não ocorrer, continuará se propagando que a libertação dos negros com o fim da escravidão no Brasil escravos se deu graças à bondade da Princesa Izabel e da elite da época, supervalorizando o ato assinado em 13 de maio de 1888, sem reconhecer o processo que o antecedeu.
Não podemos deixar de lembrar que para Princesa Izabel assinar ao ato de abolição da escravatura, ocorreu muitas lutas populares no Brasil, como a permanente fuga dos negros e negras dos engenhos e fazendas, a formação dos quilombos, a Revolta dos Malês na Bahia, a Cabanagem no Pará, a Revolta dos Balaios no Maranhão, entre outras.
Vemos, então, que a assinatura da dita Lei Áurea em 13 de maio de 1888, nada mais foi que a capitulação da elite dominante de que não poderia continuar com a escravidão no Brasil, diante a eclosão de revoltas populares em diversos locais do país, faltando, inclusive, com a assinatura de tal Lei, a criminalização daqueles que constituíram a escravidão no país.
Além da revisão dos livros escolares, vê-se a importância de criar mecanismos concretos de combate a intolerância religiosa por diversos segmentos sociais, que não respeitam as práticas religiosas da população negra, devendo ser salientando que numa sociedade que se diz laica, as pessoas praticantes de religiões de matriz africana devem ser respeitadas assim como são as que praticam religiões de origem judaico-cristãs, bem as demais religiões existentes entre nós, além daquelas pessoas que afirmam ser ateístas.
A idéia de uma democracia racial brasileira continuará sendo uma utopia, enquanto não se garantir os direitos da população negra, que continua relegada em segundo plano, com grande parte excluída socialmente, havendo, portanto, a necessidade da criação de mecanismos que busquem proporcionar que os negros e as negras possam se tornar atores dentro da sociedade.
Observamos, então, que o debate realizado, anualmente, durante o mês de novembro é um momento de reflexão de uma realidade nacional que, diariamente, necessita ser avaliada e transformada, sem o que continuaremos presenciando práticas raciais entre nós.
Cada um ou uma de nós, que temos a consciência do mal causado pelo racismo, deve contribuir pelo fim do preconceito racial do ponto de vista pessoal e coletivo, transformando a utopia de democracia racial em uma realidade para a sociedade brasileira.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Dia da Consciência Negra
Chegamos a 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra!
Neste dia, em 1695, morria Zumbi, que nunca aceitou ser escravo e buscou construir uma sociedade livre no Quilombo dos Palmares, sendo o maior líder daquele local e que foi combatido pelos poderosos da época até seu assassinato.
O Dia da Consciência Negra, criado pelo movimento negro, além de representar uma homenagem a Zumbi, objetiva ampliar o combate sobre o preconceito racial existente na sociedade brasileira e a necessidade de se criar condições para que a população negra seja respeitada e possa viver com dignidade.
Hoje é uma ótima oportunidade de reflexão sobre quais são os espaços ocupados pela população afro-descendente nas diversas esferas sociais, se tem seus direitos garantidos e se são tratados de forma igualitária as pessoas de pele branca.
Esta reflexão não é para manter feridas abertas, mas sim para buscar formas de cura para as mesmas, pois só aprofundando o debate sobre o tema é que a sociedade brasileira conseguirá acabar com a mazela do racismo ainda existente entre nós.
A história de Zumbi foi uma eterna busca de viver em liberdade e, atualmente, nós, negros e negras continuam lutando por liberdade, para que possamos viver a cultura e religiosidade da raça afro-brasileira, sem que seja considerada simplesmente como parte do folclore brasileiro.
Uma das questões fundamentais para se alcançar esta liberdade se relaciona a necessidade do Brasil ser um Estado realmente laico, respeitando as diversas expressões religiosas, incluindo aquelas de matriz africana, e até o direito das pessoas serem ateístas sem nenhuma forma de discriminação.
Neste sentido, as ações preconceituosas contra os seguidores do candomblé e demais religiões relacionadas ao povo negro deve ser combatida por todos, independentes da raça, que pretendem construir uma sociedade igualitária no país.
Uma questão que também merece nossa reflexão, neste dia, é a continuidade da visão elitista da história do povo brasileiro, que continua sendo contada a partir da versão dos colonizadores, sem levar em consideração a importância de outras raças, que são sempre colocadas em plano inferior.
O resgate e inclusão a presença histórica da raça negra passa pelo estudo da importância dos quilombos, como o de Palmares, que foram os primeiros focos de resistência coletiva contra a opressão da elite, podendo ser considerado como embriões da luta por uma nova sociedade, que continua nos dias atuais.
Em busca deste resgate histórico, o movimento negro vem afirmando ao longo dos anos que “13 de maio não é dia de negro”, buscando desmistificar a idéia que a abolição da escravidão no Brasil se deu a partir da bondade da Princesa Izabel, como se procura mostrar em alguns livros, mas com a luta dos negros e das negras por liberdade, como foi o caso do Quilombo dos Palmares e do próprio Zumbi.
De um modo geral, observa-se que o dia de hoje tem uma importância fundamental para que se alcance uma verdadeira democracia racial entre nós, pois do contrário, continuaremos com as tentativas de esconder a verdade, empurrando o problema para debaixo do tapete, sem encontrar as saídas necessárias para vencer o racismo.
Finalizando, registro que teremos em todo Brasil, neste dia 20 de novembro, eventos comemorativos ao Dia da Consciência Negra, como no caso de Recife, onde haverá um ato no Pátio de São Pedro no final da tarde, precedido de caminhadas no centro da Cidade, cabendo a todos e todas que querem construir uma sociedade igualitária se fazer presentes e participar.
Neste dia, em 1695, morria Zumbi, que nunca aceitou ser escravo e buscou construir uma sociedade livre no Quilombo dos Palmares, sendo o maior líder daquele local e que foi combatido pelos poderosos da época até seu assassinato.
O Dia da Consciência Negra, criado pelo movimento negro, além de representar uma homenagem a Zumbi, objetiva ampliar o combate sobre o preconceito racial existente na sociedade brasileira e a necessidade de se criar condições para que a população negra seja respeitada e possa viver com dignidade.
Hoje é uma ótima oportunidade de reflexão sobre quais são os espaços ocupados pela população afro-descendente nas diversas esferas sociais, se tem seus direitos garantidos e se são tratados de forma igualitária as pessoas de pele branca.
Esta reflexão não é para manter feridas abertas, mas sim para buscar formas de cura para as mesmas, pois só aprofundando o debate sobre o tema é que a sociedade brasileira conseguirá acabar com a mazela do racismo ainda existente entre nós.
A história de Zumbi foi uma eterna busca de viver em liberdade e, atualmente, nós, negros e negras continuam lutando por liberdade, para que possamos viver a cultura e religiosidade da raça afro-brasileira, sem que seja considerada simplesmente como parte do folclore brasileiro.
Uma das questões fundamentais para se alcançar esta liberdade se relaciona a necessidade do Brasil ser um Estado realmente laico, respeitando as diversas expressões religiosas, incluindo aquelas de matriz africana, e até o direito das pessoas serem ateístas sem nenhuma forma de discriminação.
Neste sentido, as ações preconceituosas contra os seguidores do candomblé e demais religiões relacionadas ao povo negro deve ser combatida por todos, independentes da raça, que pretendem construir uma sociedade igualitária no país.
Uma questão que também merece nossa reflexão, neste dia, é a continuidade da visão elitista da história do povo brasileiro, que continua sendo contada a partir da versão dos colonizadores, sem levar em consideração a importância de outras raças, que são sempre colocadas em plano inferior.
O resgate e inclusão a presença histórica da raça negra passa pelo estudo da importância dos quilombos, como o de Palmares, que foram os primeiros focos de resistência coletiva contra a opressão da elite, podendo ser considerado como embriões da luta por uma nova sociedade, que continua nos dias atuais.
Em busca deste resgate histórico, o movimento negro vem afirmando ao longo dos anos que “13 de maio não é dia de negro”, buscando desmistificar a idéia que a abolição da escravidão no Brasil se deu a partir da bondade da Princesa Izabel, como se procura mostrar em alguns livros, mas com a luta dos negros e das negras por liberdade, como foi o caso do Quilombo dos Palmares e do próprio Zumbi.
De um modo geral, observa-se que o dia de hoje tem uma importância fundamental para que se alcance uma verdadeira democracia racial entre nós, pois do contrário, continuaremos com as tentativas de esconder a verdade, empurrando o problema para debaixo do tapete, sem encontrar as saídas necessárias para vencer o racismo.
Finalizando, registro que teremos em todo Brasil, neste dia 20 de novembro, eventos comemorativos ao Dia da Consciência Negra, como no caso de Recife, onde haverá um ato no Pátio de São Pedro no final da tarde, precedido de caminhadas no centro da Cidade, cabendo a todos e todas que querem construir uma sociedade igualitária se fazer presentes e participar.
domingo, 8 de novembro de 2009
Um debate necessário: O racismo na sociedade brasileira
Considero que a questão do preconceito racial representa um dos maiores tabus do Brasil, não havendo aprofundamento do debate sobre o assunto, buscando se encontrar formas de combater as práticas racistas existentes entre nós, decorrentes de uma sociedade de origem colonial.
Entendo que o preconceito racial se trata de uma ferida aberta, que não encontrará cura enquanto não for discutido seriamente por parte da sociedade brasileira, objetivando se encontrar as saídas que o caso requer.
O aprofundamento do debate deverá proporcionar um diagnóstico das raízes do preconceito entre nós, possibilitando se encontrar soluções para ações preconceituosas seja no trabalho, escola ou em qualquer relação social.
A fuga deste debate favorece os racistas, que se julgam superiores as outras pessoas devido à cor de sua pele, mantendo um relacionamento preconceituoso no cotidiano, menosprezando as pessoas de outra cor e raça, principalmente a população negra, que é a que mais sofre descriminação no Brasil.
O debate do racismo é de importância fundamental para que tenhamos condições, em um futuro próximo, de afirmar que estamos concretamente vivendo em uma democracia racial, aonde nenhuma pessoa venha ser discriminada pela sua origem racial, revertendo a conjuntura atual de atitudes preconceituosas.
O debate de práticas racistas se torna fundamental para a busca das saídas, logo compreendo que o tema não deve ser tratado de forma secundária, devendo compor a agenda dos diversos segmentos sociais, sempre avaliando tudo aquilo que possa significar um processo de descriminação racial.
Ao ser iniciada a discussão deste tema, encontramos a oposição daqueles que defendem a idéia de que vivemos numa democracia racial, onde a problemática brasileira se encontra na questão social e não na questão da cor da pele das pessoas, afirmando que, na realidade, deveríamos combater a exclusão dos brasileiros e das brasileiras, que vivem em situação de risco ou em plena miséria.
Lógico que concordamos coma importância do debate sobre a exclusão social, mas se for realizada uma análise, veremos que a maior parte da população excluída é representada por pessoas negras, indicando que as duas questões são faces do mesmo problema, ou seja, falar do preconceito racial no Brasil é também falar da exclusão social.
Cabe o registro que a população negra compõe o quadro daquelas pessoas que se encontra desempregadas ou em subempregos e a parcela que consegue empregos devem se sujeitar, em muitos casos, a receberem salários inferiores de empregados brancos,além das dificuldades para s possíveis promoções.
Apesar das dificuldades, observamos que uma parcela cada vez mais crescente da população negra vem terminando os estudos e assumindo posições importantes na sociedade, mas mesmo aqui se observa o racismo com relação a estas pessoas, através de frases como: “ que neguinho inteligente” ou “apesar de ser negra, ela é muito competente”, o que não se escuta ao falar de pessoas brancas, ou,você já ouviu a frase: “que branquinho inteligente”?
Compreendo que um debate sincero sobre o tema do preconceito na sociedade brasileira, poderá possibilitar que muitos negros e muitas negras que não assumem a cor de sua pele, possam superar o medo da descriminação e se vejam a importância da cor de sua pele e de sua raça, bem como não aceitem o discurso da elite que não há preconceitos entre nós e que já se encontra incorporado no pensamento de parte da sociedade.
A discussão do tema racial é fundamental para se vença as formas de intolerância contras as religiões de matriz africana, bem como as demais formas de expressão da população negra, construindo uma sociedade realmente plural, onde cada pessoa veja no outro uma pessoa igual , sem se preocupar com a cor de sua pele, vencendo o racismo ainda existente entre nós.
Como estamos no Mês da Consciência Negra, temos uma ótima oportunidade para iniciar o debate, que tal irmos a ele?
Entendo que o preconceito racial se trata de uma ferida aberta, que não encontrará cura enquanto não for discutido seriamente por parte da sociedade brasileira, objetivando se encontrar as saídas que o caso requer.
O aprofundamento do debate deverá proporcionar um diagnóstico das raízes do preconceito entre nós, possibilitando se encontrar soluções para ações preconceituosas seja no trabalho, escola ou em qualquer relação social.
A fuga deste debate favorece os racistas, que se julgam superiores as outras pessoas devido à cor de sua pele, mantendo um relacionamento preconceituoso no cotidiano, menosprezando as pessoas de outra cor e raça, principalmente a população negra, que é a que mais sofre descriminação no Brasil.
O debate do racismo é de importância fundamental para que tenhamos condições, em um futuro próximo, de afirmar que estamos concretamente vivendo em uma democracia racial, aonde nenhuma pessoa venha ser discriminada pela sua origem racial, revertendo a conjuntura atual de atitudes preconceituosas.
O debate de práticas racistas se torna fundamental para a busca das saídas, logo compreendo que o tema não deve ser tratado de forma secundária, devendo compor a agenda dos diversos segmentos sociais, sempre avaliando tudo aquilo que possa significar um processo de descriminação racial.
Ao ser iniciada a discussão deste tema, encontramos a oposição daqueles que defendem a idéia de que vivemos numa democracia racial, onde a problemática brasileira se encontra na questão social e não na questão da cor da pele das pessoas, afirmando que, na realidade, deveríamos combater a exclusão dos brasileiros e das brasileiras, que vivem em situação de risco ou em plena miséria.
Lógico que concordamos coma importância do debate sobre a exclusão social, mas se for realizada uma análise, veremos que a maior parte da população excluída é representada por pessoas negras, indicando que as duas questões são faces do mesmo problema, ou seja, falar do preconceito racial no Brasil é também falar da exclusão social.
Cabe o registro que a população negra compõe o quadro daquelas pessoas que se encontra desempregadas ou em subempregos e a parcela que consegue empregos devem se sujeitar, em muitos casos, a receberem salários inferiores de empregados brancos,além das dificuldades para s possíveis promoções.
Apesar das dificuldades, observamos que uma parcela cada vez mais crescente da população negra vem terminando os estudos e assumindo posições importantes na sociedade, mas mesmo aqui se observa o racismo com relação a estas pessoas, através de frases como: “ que neguinho inteligente” ou “apesar de ser negra, ela é muito competente”, o que não se escuta ao falar de pessoas brancas, ou,você já ouviu a frase: “que branquinho inteligente”?
Compreendo que um debate sincero sobre o tema do preconceito na sociedade brasileira, poderá possibilitar que muitos negros e muitas negras que não assumem a cor de sua pele, possam superar o medo da descriminação e se vejam a importância da cor de sua pele e de sua raça, bem como não aceitem o discurso da elite que não há preconceitos entre nós e que já se encontra incorporado no pensamento de parte da sociedade.
A discussão do tema racial é fundamental para se vença as formas de intolerância contras as religiões de matriz africana, bem como as demais formas de expressão da população negra, construindo uma sociedade realmente plural, onde cada pessoa veja no outro uma pessoa igual , sem se preocupar com a cor de sua pele, vencendo o racismo ainda existente entre nós.
Como estamos no Mês da Consciência Negra, temos uma ótima oportunidade para iniciar o debate, que tal irmos a ele?
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Mês da Consciência Negra
O mês de novembro é considerado o “Mês da Consciência Negra”, o que ainda não é do conhecimento da maioria da população brasileira. E por que motivo da escolha de novembro para ser o “Mês da Consciência Negra”?
Para responder esta pergunta, torna-se necessário realizar um resgate da História do Brasil, lembrando da escravidão dos negros, que eram trazidos da África para o Brasil, havendo a resistência de muitos dos africanos que fugiam das fazendas e dos engenhos e formavam os quilombos, comunidades onde buscavam viver de forma auto-sustentável, sendo, logicamente, combatidos pelo Governo e pelos “donos das terras”.
Entre os quilombos brasileiros, aquele que teve maior crescimento e organização foi o Quilombo dos Palmares, constituído em terras alagoanas, que chegou, na época, a ter 15% da população brasileira ali residindo.
No quilombo havia a preservação da cultura, tradição identidade e cultos religiosos africanos, o que levavam outros escravos tentarem fugir para lá, aumentando, naturalmente, a ira dos poderosos de então.
O maior líder do Quilombo dos Palmares foi Zumbi, que nasceu livre na comunidade, chegou a ser capturado aos 06 anos de idade e foi entregue a missionários, mas resistiu às tentativas de aculturamento, fugindo e retornando as terras de seu nascimento.
Zumbi nunca aceitou acordo de submissão do Quilombo dos Palmares ao Governo de Portugal, se tornando um líder militar e político, que passou a ser combatido, culminando com sua morte em 20 de novembro de 1695, o que levou ao fim do Quilombo, após mais de 100anos de resistência.
Em homenagem a História de Zumbi, um negro que não se subjugou ao poder dos brancos, os movimentos negros decidiram que a data de sua morte seria considerado o “Dia da Consciência Negra” e, atualmente, em todo mês de novembro é comemorado o “Mês da Consciência Negra”.
Durante todo mês deverão ser realizadas atividades que buscam combater as formas de descriminação racial contra o povo afro-brasileiro, na busca de diminuir o preconceito tão alarmante entre nós, apesar da falsa idéia que se tenta passar que vivemos numa democracia racial.
Como podemos estar vivendo em uma democracia racial, se as oportunidades para as pessoas negras não são iguais que são oferecidas para as pessoas consideradas brancas. Ou você acha o contrário? Bem, para comprovar, basta dar uma olhada em seu local de trabalho e/ou de estudo, onde a grande maioria são pessoas brancas, não se dando oportunidades para os(as) afro-brasileiros(as).
A população negra é a principal vítima da exclusão dentro da sociedade brasileira, residindo, em sua maioria, em péssimas condições e como já afirmei em outro texto deste blog, nós, afro-brasileiros(as), sabemos o quando este discurso de democracia racial é falso, onde, diariamente, sentimos o preconceito pela cor de nossa pele, que, pode ocorrer de forma velada e direta, como no caso de algumas abordagens da Polícia, no tratamento em alguns órgãos públicos e na seleção de empregos de muitas empresas e na falta de respeito as religiões de matriz africana e as expressões culturais, como o maracatu e o afoxé.
O preconceito pode, também, ser observado deforma sutil, seja pela forma de olhar, através de uma piadinha “sem malícia”, bem como em determinadas expressões de nossa língua, onde branco é tudo de bom e negro representa o que é mal, como exemplo, “denegrir a imagem”.Diante deste quadro, as atividades que serão desenvolvidas durante o mês de novembro, buscam ampliar o envolvimento da sociedade no combate ao preconceito racial e a garantia da igualdade entre todos independentes da cor da pele.
Sendo assim, ressaltamos a importância da participação de todos nós nas atividades que estão sendo programadas para o mês de novembro em todo Brasil, lembrando que aqui, em Recife, t destacamos:
- Dia 03 de novembro: III Caminhada dos Terreiros de Matriz Africana e Afro-descendentes, com saída a partir das 15:00 horas do Marco Zero e término no Memorial Zumbi dos Palmares, localizado no Pátio da Igreja da Basílica de Nossa Senhora do Carmo, Centro do Recife.
- Dia 20 de novembro: Atividade político- cultural das 14;00 às 22:00 horas , no Memorial Zumbi dos Palmares, localizado no Pátio da Igreja da Basílica de Nossa Senhora do Carmo, Centro do Recife.
Para responder esta pergunta, torna-se necessário realizar um resgate da História do Brasil, lembrando da escravidão dos negros, que eram trazidos da África para o Brasil, havendo a resistência de muitos dos africanos que fugiam das fazendas e dos engenhos e formavam os quilombos, comunidades onde buscavam viver de forma auto-sustentável, sendo, logicamente, combatidos pelo Governo e pelos “donos das terras”.
Entre os quilombos brasileiros, aquele que teve maior crescimento e organização foi o Quilombo dos Palmares, constituído em terras alagoanas, que chegou, na época, a ter 15% da população brasileira ali residindo.
No quilombo havia a preservação da cultura, tradição identidade e cultos religiosos africanos, o que levavam outros escravos tentarem fugir para lá, aumentando, naturalmente, a ira dos poderosos de então.
O maior líder do Quilombo dos Palmares foi Zumbi, que nasceu livre na comunidade, chegou a ser capturado aos 06 anos de idade e foi entregue a missionários, mas resistiu às tentativas de aculturamento, fugindo e retornando as terras de seu nascimento.
Zumbi nunca aceitou acordo de submissão do Quilombo dos Palmares ao Governo de Portugal, se tornando um líder militar e político, que passou a ser combatido, culminando com sua morte em 20 de novembro de 1695, o que levou ao fim do Quilombo, após mais de 100anos de resistência.
Em homenagem a História de Zumbi, um negro que não se subjugou ao poder dos brancos, os movimentos negros decidiram que a data de sua morte seria considerado o “Dia da Consciência Negra” e, atualmente, em todo mês de novembro é comemorado o “Mês da Consciência Negra”.
Durante todo mês deverão ser realizadas atividades que buscam combater as formas de descriminação racial contra o povo afro-brasileiro, na busca de diminuir o preconceito tão alarmante entre nós, apesar da falsa idéia que se tenta passar que vivemos numa democracia racial.
Como podemos estar vivendo em uma democracia racial, se as oportunidades para as pessoas negras não são iguais que são oferecidas para as pessoas consideradas brancas. Ou você acha o contrário? Bem, para comprovar, basta dar uma olhada em seu local de trabalho e/ou de estudo, onde a grande maioria são pessoas brancas, não se dando oportunidades para os(as) afro-brasileiros(as).
A população negra é a principal vítima da exclusão dentro da sociedade brasileira, residindo, em sua maioria, em péssimas condições e como já afirmei em outro texto deste blog, nós, afro-brasileiros(as), sabemos o quando este discurso de democracia racial é falso, onde, diariamente, sentimos o preconceito pela cor de nossa pele, que, pode ocorrer de forma velada e direta, como no caso de algumas abordagens da Polícia, no tratamento em alguns órgãos públicos e na seleção de empregos de muitas empresas e na falta de respeito as religiões de matriz africana e as expressões culturais, como o maracatu e o afoxé.
O preconceito pode, também, ser observado deforma sutil, seja pela forma de olhar, através de uma piadinha “sem malícia”, bem como em determinadas expressões de nossa língua, onde branco é tudo de bom e negro representa o que é mal, como exemplo, “denegrir a imagem”.Diante deste quadro, as atividades que serão desenvolvidas durante o mês de novembro, buscam ampliar o envolvimento da sociedade no combate ao preconceito racial e a garantia da igualdade entre todos independentes da cor da pele.
Sendo assim, ressaltamos a importância da participação de todos nós nas atividades que estão sendo programadas para o mês de novembro em todo Brasil, lembrando que aqui, em Recife, t destacamos:
- Dia 03 de novembro: III Caminhada dos Terreiros de Matriz Africana e Afro-descendentes, com saída a partir das 15:00 horas do Marco Zero e término no Memorial Zumbi dos Palmares, localizado no Pátio da Igreja da Basílica de Nossa Senhora do Carmo, Centro do Recife.
- Dia 20 de novembro: Atividade político- cultural das 14;00 às 22:00 horas , no Memorial Zumbi dos Palmares, localizado no Pátio da Igreja da Basílica de Nossa Senhora do Carmo, Centro do Recife.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Para que competir?
Em um texto anterior, falei aqui sobre a questão da individualidade e coletividade na questão ambiental e, aqui, gostaria de lançar outras idéias para reflexão de vocês.
Como dito no final do texto anterior, a raiz da individualidade se encontra no sistema capitalista, onde as pessoas são sempre levadas a possuir e possuir, muitas vezes sem preocupação com o próximo e com o meio ambiente.
Esta concepção de sociedade valoriza a competição entre as pessoas, começando na escola, onde uma criança é sempre levada a ser melhor que as demais, tanto nas notas como em atividades esportivas.
Em muitas escolas, observamos a concepção de competição já na abertura de jogos internos, com a disputa entre as equipes para ver quem a melhor, sem a valorização do processo de participação
E a partir da escola, vivemos no mundo da competição, onde de modo geral, o que importa é sempre ser o melhor e, algumas vezes, não importando os meios para alcançar determinado fim, pois o mais importante é ser o vencedor.
Não estou querendo afirmar que sou contra determinadas competições, incluindo as atividades esportivas, mas, torna-se necessário rever a idéia de “se vencer de todo jeito”, onde o maior objetivo deveria ser o crescimento coletivo, através a convivência e o respeito entre as pessoas.
Esta competição acelerada entre as pessoas provoca efeito imediato sobre os recursos naturais e o meio ambiente, que são utilizados de forma irracional, na busca do lucro e crescimento da propriedade privada, que são fundamentais no capitalismo.
Com a competição entre as pessoas, chegamos ao que se chama de uma pessoa com sucesso ou fracassada, sempre se baseando naquilo que se tem ou conquista, não importando como.
Você já pensou no significado da palavra sucesso? E o que é uma pessoa fracassada?
Dentro da lógica da sociedade em que vivemos, para ter sucesso, você precisará ganhar muito dinheiro e viver muito bem, pois o tamanho do sucesso é medido pelos bens materiais que se conquista. Algumas pessoas, por exemplo, só sente vitoriosas e com sucesso ao comprar um carro mesmo que viva apertada para mantê-lo. Não é esta lógica, que levam as pessoas a trocar aparelhos de celular rotineiramente, mesmo que o anterior se encontre em perfeito estado?
Caso você não conquiste bens materiais, a sociedade capitalista te considera uma pessoa fracassada e sem planos para crescer, mesmo que você se considere super feliz com seu modo de vida.
E esta lógica provoca efeito danoso sobre o meio ambiente, pois sempre se vai querer mais e mais, ocasionando a necessidade de ampliar o uso e a exploração dos recursos naturais para produção de bens de consumo.
Não devemos deixar de ressaltar que a individualidade das pessoas não permite que se pense em ações coletivas, como pro exemplo, a organização social e sindical, buscando a possibilidade de uma melhor qualidade de vida para a sociedade de modo geral, observando que é mais importante, em alguns casos, a satisfação individual.
É importante registrar que a concepção do capitalismo se encontra enraizada em toda sociedade, seja entre aqueles que têm maiores condições financeiras como entre aquelas pessoas que residem nas favelas, onde podemos observar a dificuldade da grande maioria participar de processo de construção coletiva.
Compreendo que só através de um processo educativo e com muita organização política e social, começaremos a mudar o atual estágio da sociedade, revendo a forma de relação entre as pessoas e com o próprio meio ambiente.
Como dito no final do texto anterior, a raiz da individualidade se encontra no sistema capitalista, onde as pessoas são sempre levadas a possuir e possuir, muitas vezes sem preocupação com o próximo e com o meio ambiente.
Esta concepção de sociedade valoriza a competição entre as pessoas, começando na escola, onde uma criança é sempre levada a ser melhor que as demais, tanto nas notas como em atividades esportivas.
Em muitas escolas, observamos a concepção de competição já na abertura de jogos internos, com a disputa entre as equipes para ver quem a melhor, sem a valorização do processo de participação
E a partir da escola, vivemos no mundo da competição, onde de modo geral, o que importa é sempre ser o melhor e, algumas vezes, não importando os meios para alcançar determinado fim, pois o mais importante é ser o vencedor.
Não estou querendo afirmar que sou contra determinadas competições, incluindo as atividades esportivas, mas, torna-se necessário rever a idéia de “se vencer de todo jeito”, onde o maior objetivo deveria ser o crescimento coletivo, através a convivência e o respeito entre as pessoas.
Esta competição acelerada entre as pessoas provoca efeito imediato sobre os recursos naturais e o meio ambiente, que são utilizados de forma irracional, na busca do lucro e crescimento da propriedade privada, que são fundamentais no capitalismo.
Com a competição entre as pessoas, chegamos ao que se chama de uma pessoa com sucesso ou fracassada, sempre se baseando naquilo que se tem ou conquista, não importando como.
Você já pensou no significado da palavra sucesso? E o que é uma pessoa fracassada?
Dentro da lógica da sociedade em que vivemos, para ter sucesso, você precisará ganhar muito dinheiro e viver muito bem, pois o tamanho do sucesso é medido pelos bens materiais que se conquista. Algumas pessoas, por exemplo, só sente vitoriosas e com sucesso ao comprar um carro mesmo que viva apertada para mantê-lo. Não é esta lógica, que levam as pessoas a trocar aparelhos de celular rotineiramente, mesmo que o anterior se encontre em perfeito estado?
Caso você não conquiste bens materiais, a sociedade capitalista te considera uma pessoa fracassada e sem planos para crescer, mesmo que você se considere super feliz com seu modo de vida.
E esta lógica provoca efeito danoso sobre o meio ambiente, pois sempre se vai querer mais e mais, ocasionando a necessidade de ampliar o uso e a exploração dos recursos naturais para produção de bens de consumo.
Não devemos deixar de ressaltar que a individualidade das pessoas não permite que se pense em ações coletivas, como pro exemplo, a organização social e sindical, buscando a possibilidade de uma melhor qualidade de vida para a sociedade de modo geral, observando que é mais importante, em alguns casos, a satisfação individual.
É importante registrar que a concepção do capitalismo se encontra enraizada em toda sociedade, seja entre aqueles que têm maiores condições financeiras como entre aquelas pessoas que residem nas favelas, onde podemos observar a dificuldade da grande maioria participar de processo de construção coletiva.
Compreendo que só através de um processo educativo e com muita organização política e social, começaremos a mudar o atual estágio da sociedade, revendo a forma de relação entre as pessoas e com o próprio meio ambiente.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Uma visão coletiva para a questão ambiental
Caminhando pelas ruas, observamos que muitas pessoas têm o hábito de jogar lixo nas vias públicas e terrenos baldios, cabendo a pergunta: Por que isto ocorre se já foram realizadas tantas campanhas através da mídia, mostrando os problemas que o lixo pode ocasionar?
Onde se encontra ponto crucial deste problema?
Compreendo que algo deve ser realizado para que ocorram mudanças concretas de grande parte da população, diminuindo, portanto, os problemas provocados pelo lixo sobre o meio ambiente e na vida das pessoas.
Antes de tudo, torna-se necessário deixar nítido, que não concordo que a culpa recai exclusivamente naquelas pessoas que efetuam o descarte do lixo de forma inadequada, logo não há sentido em campanhas centradas em idéias como: “Povo limpo é povo desenvolvido” ou “povo educado não joga lixo na rua”, pois tais idéias não realizam o aprofundamento das causas dos problemas, centralizando tudo na população.
A problemática desta questão envolve a visão que as pessoas possuem daquilo que é individual e coletivo, sempre valorizando a individualidade e desprezando o coletivo, por não se sentir inserido no mesmo.
Assim ao jogar o lixo nas vias públicas e terrenos baldios, as pessoas não consideram os danos que poderão causar para sociedade e o meio ambiente.
Neste contexto, o que importa é se livrar do problema que o lixo esteja causando a si, empurrando tal problema para outras pessoas, verificando-se uma visão indidualista, com a idéia de "se não me atingir, não estou nem ligando para outras pessoas".
Vê-se, aqui, a necessidade urgente de campanha educativa sobre este assunto ou qualquer outro dentro da temática ambiental, deva começar discutindo o princípio da individualidade e coletividade, deixando evidente que vivemos conectados, onde seremos afetados por qualquer dano a outro ser humano e sobre o meio ambiente.
A sustentabilidade de uma campanha se constituirá pela ampliação da consciência das pessoas, elevando o nível de organização e participação popular nas esferas governamentais na busca de soluções para os problemas que atingem a sociedade.
Neste sentido, ressalto, ainda, que qualquer ação de coleta seletiva só será exitosa se for centrada na idéia de coletividade, onde as pessoas devem ser conscientizadas sobre os ganhos coletivos a ser obtidos com a prática de separação dos resíduos na sua origem, levando a minimização dos problemas de descarte do lixo e contribuindo com uma melhoria da vida dos (as) catadores (as) de materiais recicláveis.
Naturalmente, que para aprofundar a questão da individualidade, deveremos compreender que a raiz de tudo se encontra no capitalistmo, que é altamente individualista, logo com a construção da consciência coletiva, estaremos provocando mudanças dentro da sociedade capitalista e construindo uma nova relação social entre as pessoas.
Onde se encontra ponto crucial deste problema?
Compreendo que algo deve ser realizado para que ocorram mudanças concretas de grande parte da população, diminuindo, portanto, os problemas provocados pelo lixo sobre o meio ambiente e na vida das pessoas.
Antes de tudo, torna-se necessário deixar nítido, que não concordo que a culpa recai exclusivamente naquelas pessoas que efetuam o descarte do lixo de forma inadequada, logo não há sentido em campanhas centradas em idéias como: “Povo limpo é povo desenvolvido” ou “povo educado não joga lixo na rua”, pois tais idéias não realizam o aprofundamento das causas dos problemas, centralizando tudo na população.
A problemática desta questão envolve a visão que as pessoas possuem daquilo que é individual e coletivo, sempre valorizando a individualidade e desprezando o coletivo, por não se sentir inserido no mesmo.
Assim ao jogar o lixo nas vias públicas e terrenos baldios, as pessoas não consideram os danos que poderão causar para sociedade e o meio ambiente.
Neste contexto, o que importa é se livrar do problema que o lixo esteja causando a si, empurrando tal problema para outras pessoas, verificando-se uma visão indidualista, com a idéia de "se não me atingir, não estou nem ligando para outras pessoas".
Vê-se, aqui, a necessidade urgente de campanha educativa sobre este assunto ou qualquer outro dentro da temática ambiental, deva começar discutindo o princípio da individualidade e coletividade, deixando evidente que vivemos conectados, onde seremos afetados por qualquer dano a outro ser humano e sobre o meio ambiente.
A sustentabilidade de uma campanha se constituirá pela ampliação da consciência das pessoas, elevando o nível de organização e participação popular nas esferas governamentais na busca de soluções para os problemas que atingem a sociedade.
Neste sentido, ressalto, ainda, que qualquer ação de coleta seletiva só será exitosa se for centrada na idéia de coletividade, onde as pessoas devem ser conscientizadas sobre os ganhos coletivos a ser obtidos com a prática de separação dos resíduos na sua origem, levando a minimização dos problemas de descarte do lixo e contribuindo com uma melhoria da vida dos (as) catadores (as) de materiais recicláveis.
Naturalmente, que para aprofundar a questão da individualidade, deveremos compreender que a raiz de tudo se encontra no capitalistmo, que é altamente individualista, logo com a construção da consciência coletiva, estaremos provocando mudanças dentro da sociedade capitalista e construindo uma nova relação social entre as pessoas.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
08 de outubro: Che vive!
Em 08 de outubro de 1967, ocorria, na Bolívia, o assassinato de Ernesto Che Guevara, personagem que se tornou um ícone para diversas pessoas em grande parte do mundo.
Mas, por que desta admiração por Che Guevara?
Che se tornou um símbolo por sua luta contra as injustiças e pela defesa permanente do explorado, defendendo suas idéias de forma decisiva, combatendo a exploração decorrente da sociedade capitalista, não aceitando a prepotência norte-americana sobre os demais países do Continente e do restante do mundo.
Não podemos esquecer sua disciplina militante nas ações que se envolveu, seja durante as guerrilhas militares para a tomada de poder em Cuba e no período que esteve contribuindo com o Governo Revolucionário daquele país, assim como na luta que desenvolveu contra o imperialismo após sair do território cubano, que culminou com a sua morte.
Apesar das tentativas de destruir a importância histórica de Che Guevara por parte dos defensores do imperialismo, observa-se que este homem foi um revolucionário na sua essência, mantendo ideais humanistas em busca da melhoria social para os excluídos em diversas partes do mundo.
Mas, o que significa admirar a história de Che nos dias de hoje?
Antes de tudo, admirar a história de Che não significa ter idolatria pelo mesmo, pois, aí, estaríamos criando mito ou um deus, esquecendo que ele foi uma pessoa com erros e virtudes, igual a qualquer um ou uma de nós.
Compreendo que é necessário participar de forma consciente das lutas contra as mazelas do capitalismo, lembrando uma das frases do próprio Che: “Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros”.
Então, não podemos aceitar passivamente a situação de exploração e injustiças do sistema capitalista, buscando nos envolver na construção de uma sociedade mais justa e sustentável e que garanta melhor qualidade de vida para as pessoas.
Um admirador ou admiradora de Che, que fica parado, sem participar da construção de uma sociedade mais justa, é, como certa vez me falou um amigo, chamado Austro Queiróz, um traidor ou traidora de sua causa e de sua história.
A construção deste mundo mais justo é uma ação coletiva, onde, cada pessoa pode participar e contribuir para as mudanças através de lutas de diversas formas, sempre acreditando que a união da classe trabalhadora irá derrubar as estruturas impostas pelo capitalismo e como Che Guevara afirmou: “Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira”.
O processo coletivo é algo dinâmico, onde sempre precisaremos estar aceitando as mudanças e como foi dito pelo Che: “Deixe o mundo mudar você e você poderá mudar o mundo”.
Então, amigos e amigas, vamos participar das mudanças....
Mas, por que desta admiração por Che Guevara?
Che se tornou um símbolo por sua luta contra as injustiças e pela defesa permanente do explorado, defendendo suas idéias de forma decisiva, combatendo a exploração decorrente da sociedade capitalista, não aceitando a prepotência norte-americana sobre os demais países do Continente e do restante do mundo.
Não podemos esquecer sua disciplina militante nas ações que se envolveu, seja durante as guerrilhas militares para a tomada de poder em Cuba e no período que esteve contribuindo com o Governo Revolucionário daquele país, assim como na luta que desenvolveu contra o imperialismo após sair do território cubano, que culminou com a sua morte.
Apesar das tentativas de destruir a importância histórica de Che Guevara por parte dos defensores do imperialismo, observa-se que este homem foi um revolucionário na sua essência, mantendo ideais humanistas em busca da melhoria social para os excluídos em diversas partes do mundo.
Mas, o que significa admirar a história de Che nos dias de hoje?
Antes de tudo, admirar a história de Che não significa ter idolatria pelo mesmo, pois, aí, estaríamos criando mito ou um deus, esquecendo que ele foi uma pessoa com erros e virtudes, igual a qualquer um ou uma de nós.
Compreendo que é necessário participar de forma consciente das lutas contra as mazelas do capitalismo, lembrando uma das frases do próprio Che: “Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros”.
Então, não podemos aceitar passivamente a situação de exploração e injustiças do sistema capitalista, buscando nos envolver na construção de uma sociedade mais justa e sustentável e que garanta melhor qualidade de vida para as pessoas.
Um admirador ou admiradora de Che, que fica parado, sem participar da construção de uma sociedade mais justa, é, como certa vez me falou um amigo, chamado Austro Queiróz, um traidor ou traidora de sua causa e de sua história.
A construção deste mundo mais justo é uma ação coletiva, onde, cada pessoa pode participar e contribuir para as mudanças através de lutas de diversas formas, sempre acreditando que a união da classe trabalhadora irá derrubar as estruturas impostas pelo capitalismo e como Che Guevara afirmou: “Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira”.
O processo coletivo é algo dinâmico, onde sempre precisaremos estar aceitando as mudanças e como foi dito pelo Che: “Deixe o mundo mudar você e você poderá mudar o mundo”.
Então, amigos e amigas, vamos participar das mudanças....
domingo, 4 de outubro de 2009
Dia de São Francisco de Assis
"Senhor, fazei-me instrumento de Vossa paz...".
Independente de se ter religião ou não, quem nunca ouviu sobre esta oração? A "Oração da Paz" ou "Oração de Sáo Francisco de Assis", que é homenegeado no dia de hoje, 04 de outubro, e é considrado como o “Patrono da Ecologia e da Paz”.
São Francisco de Assis viveu uma vida religiosa, marcada pela doação e amor ao próximo, atendendo aos pobres, necessitados e doentes, mantendo uma relação de respeito com os animais e com a naturezae questionando a sociedade burguesa, andando com os seus seguidores, despojados de luxo e riqueza, com roupas simples.
Infelizmente, muitos vêem a vida de São Francisco de Assis de forma romântica, devido ao seu processo de doação, sem aprofundar sobre sua prática e idéias.
A história deste homem, nos leva refleitir em nosso compromisso em defesa do meio ambiente, pois, certamente, se vivesse nos dias atuais, São Francisco de Assis estaria questionando a forma que a sociedade humana vem se relacionando com o meio ambiente, através do uso irracional dos recursos naturais.
Observamos, não se pode pensar na história de São Francisco de Assis sem pensar no momento que vivemos no Planeta, onde o ser humano vêm numa prática excessiva de consumo, buscando sempre ter mais e mais, sem perceber que assim ocasiona a destruição do meio ambientee, em consequencia, sua própria destruição.
A vida de São Francisco deve se servir de exemplo para qualquer ser humano, independente de credo religioso, pois ele sempre se mostrou irmão de todas pessoas, sem preconceito e descriminação, sendo uma fonte inspiradora para que cada um ou uma de nós avalie sua prática com relação ao próximo e com a natureza.
Não seria errado afirmar que este homem foi o percusor da idéia da sustentabilidade sócio-ambiental, que pode ser notado no “Cântico das Criaturas”, onde no final da oração, ele afirmava:
Independente de se ter religião ou não, quem nunca ouviu sobre esta oração? A "Oração da Paz" ou "Oração de Sáo Francisco de Assis", que é homenegeado no dia de hoje, 04 de outubro, e é considrado como o “Patrono da Ecologia e da Paz”.
São Francisco de Assis viveu uma vida religiosa, marcada pela doação e amor ao próximo, atendendo aos pobres, necessitados e doentes, mantendo uma relação de respeito com os animais e com a naturezae questionando a sociedade burguesa, andando com os seus seguidores, despojados de luxo e riqueza, com roupas simples.
Infelizmente, muitos vêem a vida de São Francisco de Assis de forma romântica, devido ao seu processo de doação, sem aprofundar sobre sua prática e idéias.
A história deste homem, nos leva refleitir em nosso compromisso em defesa do meio ambiente, pois, certamente, se vivesse nos dias atuais, São Francisco de Assis estaria questionando a forma que a sociedade humana vem se relacionando com o meio ambiente, através do uso irracional dos recursos naturais.
Observamos, não se pode pensar na história de São Francisco de Assis sem pensar no momento que vivemos no Planeta, onde o ser humano vêm numa prática excessiva de consumo, buscando sempre ter mais e mais, sem perceber que assim ocasiona a destruição do meio ambientee, em consequencia, sua própria destruição.
A vida de São Francisco deve se servir de exemplo para qualquer ser humano, independente de credo religioso, pois ele sempre se mostrou irmão de todas pessoas, sem preconceito e descriminação, sendo uma fonte inspiradora para que cada um ou uma de nós avalie sua prática com relação ao próximo e com a natureza.
Não seria errado afirmar que este homem foi o percusor da idéia da sustentabilidade sócio-ambiental, que pode ser notado no “Cântico das Criaturas”, onde no final da oração, ele afirmava:
“Louvado sejas, meu Senhor
Por nossa irmã, a mãe Terra
Que nos sustenta e governa
E produz frutos diversos
E coloridas flores e ervas.”
Vê-se nesta oração, que São Francisco de Assis manteve o maior respeito com os recursos naturais e os seres vivos do Planeta, reconhecendo a importância da Terra para nossas vidas, o que, ainda, não é compreendido e praticado por muitas pessoas nos dias de hoje.
Encerrando, retorno ao início do texto e deixo, para nossa reflexão, a “Oração da Paz” ou “Oração de São Francisco”:
“Senhor! Fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:consolar, que ser consolado;compreender, que ser compreendido;amar, que ser amado.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:consolar, que ser consolado;compreender, que ser compreendido;amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.”
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Ser ou ter?
Ser ou ter?
A sociedade vive em um momento crucial, aonde qualquer decisão tomada tem sérias repercussões para o futuro da humanidade, sejam elas no sentido positivo ou negativo.
É nesta idéia que se baseiam aqueles que defendem um “desenvolvimento sustentável”, compreendendo que as ações humanas devem se centrar no uso racional dos recursos naturais, garantindo que as próximas gerações possam usufruir de tais recursos.
Nesta situação, é preciso perguntar até que ponto a humanidade se encontra comprometida com a idéia de “desenvolvimento sustentável” ou se encontra numa espécie de “faz de conta”?
Aqui não falamos em teoria e sim em ação prática, que cada um de nós necessita fazer no dia adia.
A garantia de um “desenvolvimento sustentável” não pode ocorrer com o atual nível de consumismo que é mantido na sociedade, onde muitas pessoas sempre vivem querendo ter sempre mais.
Observamos esta situação, por exemplo, no processo que algumas pessoas de troca de aparelho celular em uma freqüência cada vez mais rápida, presas ao padrão de consumo definido pelas empresas produtoras de tais equipamentos e pelas operadoras de telefonia. Esta troca cada vez mais rápida de aparelho, busca atender a uma necessidade real ou ao modo consumista da sociedade?
Este consumismo é também observado na rapidez da troca de alguns aparelhos eletrônicos, que cada vez , são descartados com uma maior rapidez, levando a geração de novos produtos, que, naturalmente, necessitam de recursos naturais para sua produção.
Vemos, então, que vivemos na sociedade do “TER”, onde as idéia de se ampliar os “nosso bens’ e cada vez maior parra o ser humano.
Aqui, não estou defendendo que cada pessoa não tenha o desejo e vontade de efetuar a aquisição de determinado bem, mas que realize uma reflexão se, realmente, se tal aquisição é fundamental para sua vida e que impacto pode ser causado para o meio ambiente com aquela aquisição e descarte de outro produto, se for o caso.
Realizando essa reflexão, poderemos, no mínimo, verificar que medidas tomar para diminuir o consumismo na sociedade e contribuir com o uso racional dos recursos naturais.
Compreendo que esta concepção deve ser construída passo a passo, reconhecendo as limitações impostas pela própria sociedade de consumo, tanto por questões sociais, culturais. econômicas, entre outras, porém, diariamente, necessita se irrigada com as ações práticas sustentáveis, que depende de cada um ou uma de nós.
Agindo desta forma, estaremos saindo da idéia da sociedade do “TER” e tentando construir a sociedade do “SER”, onde cada pessoa se veja como parte de uma construção coletiva, na qual as pessoas possam vencer os obstáculos para um melhor relacionamento entre elas e com o meio ambiente.
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A sociedade vive em um momento crucial, aonde qualquer decisão tomada tem sérias repercussões para o futuro da humanidade, sejam elas no sentido positivo ou negativo.
É nesta idéia que se baseiam aqueles que defendem um “desenvolvimento sustentável”, compreendendo que as ações humanas devem se centrar no uso racional dos recursos naturais, garantindo que as próximas gerações possam usufruir de tais recursos.
Nesta situação, é preciso perguntar até que ponto a humanidade se encontra comprometida com a idéia de “desenvolvimento sustentável” ou se encontra numa espécie de “faz de conta”?
Aqui não falamos em teoria e sim em ação prática, que cada um de nós necessita fazer no dia adia.
A garantia de um “desenvolvimento sustentável” não pode ocorrer com o atual nível de consumismo que é mantido na sociedade, onde muitas pessoas sempre vivem querendo ter sempre mais.
Observamos esta situação, por exemplo, no processo que algumas pessoas de troca de aparelho celular em uma freqüência cada vez mais rápida, presas ao padrão de consumo definido pelas empresas produtoras de tais equipamentos e pelas operadoras de telefonia. Esta troca cada vez mais rápida de aparelho, busca atender a uma necessidade real ou ao modo consumista da sociedade?
Este consumismo é também observado na rapidez da troca de alguns aparelhos eletrônicos, que cada vez , são descartados com uma maior rapidez, levando a geração de novos produtos, que, naturalmente, necessitam de recursos naturais para sua produção.
Vemos, então, que vivemos na sociedade do “TER”, onde as idéia de se ampliar os “nosso bens’ e cada vez maior parra o ser humano.
Aqui, não estou defendendo que cada pessoa não tenha o desejo e vontade de efetuar a aquisição de determinado bem, mas que realize uma reflexão se, realmente, se tal aquisição é fundamental para sua vida e que impacto pode ser causado para o meio ambiente com aquela aquisição e descarte de outro produto, se for o caso.
Realizando essa reflexão, poderemos, no mínimo, verificar que medidas tomar para diminuir o consumismo na sociedade e contribuir com o uso racional dos recursos naturais.
Compreendo que esta concepção deve ser construída passo a passo, reconhecendo as limitações impostas pela própria sociedade de consumo, tanto por questões sociais, culturais. econômicas, entre outras, porém, diariamente, necessita se irrigada com as ações práticas sustentáveis, que depende de cada um ou uma de nós.
Agindo desta forma, estaremos saindo da idéia da sociedade do “TER” e tentando construir a sociedade do “SER”, onde cada pessoa se veja como parte de uma construção coletiva, na qual as pessoas possam vencer os obstáculos para um melhor relacionamento entre elas e com o meio ambiente.
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Fortalecimento da democracia
Em conseqüência ao golpe ocorrido em Honduras, o presidente deposto, Manuel Zelaya, ocupou a embaixada brasileira naquele país, levando ao cerco do local pelos golpistas com ameaça de invasão ao local.
Diante dos fatos, devemos realizar algumas reflexões;
- Como se posicionar neste caso e em outros semelhantes?
- Como devemos agir para que nunca mais ocorra um golpe no Brasil, como no passado recente?
Com referência a primeira reflexão, entendo que a posição do Governo Lula foi positiva, ao condenar com veemência a ação dos golpistas e defendendo o retorno ao poder do presidente deposto. Infelizmente, não observamos posicionamento semelhante de outros setores da sociedade como a mídia e da oposição.Entendo que não podemos aceitar ação golpista em qualquer país, devendo a vontade popular ser respeitada.
No tocante a segunda reflexão, lembramos que durante anos, vivemos sobre o regime da ditadura militar no Brasil, assim como ocorria em outros países da América Latina, onde não havia espaços para nenhum processo democrático de discussão, com torturas e assassinados de todos e todas que lutavam contra o regime. Certamente, muitos leitores e leitoras deste blog só conhecem esta situação pelos livros de História, graças a luta que a sociedade travou para recuperar sua liberdade.
O fortalecimento da democracia brasileira é uma tarefa permanente para todos e todas nós, independente do sexo, idade, posição social, formação escolar, raça, credo religioso, e, neste contexto, observamos a necessidade de ficarmos vigilantes contra as práticas que reforcem ou defendam o retorno a situação vivida recentemente no Brasil.
O fortalecimento da democracia é uma atividade diária de qualquer pessoa, construindo espaços democráticos na família, no trabalho, na escola e em qualquer espaço de relação humana, pois só assim, poderemos contribuir com o processo democrático na política do país.
Sendo assim, deveremos ficar atentos contra tudo que possa ser expressão de práticas autoritárias, questionando-as e buscando formas de promover sua superação.
É importante lembra que a consciência política do povo brasileiro ainda é muito reduzida, havendo sempre o risco que essa maioria seja iludida com o discurso fácil daqueles que se colocam contra o processo democrático, diante a falta de organização e pouca participação da sociedade na vida política do país.
E, neste sentido, compreendo que devemos realizar distinção ao fazermos críticas as práticas dos políticos, por falta de ética e a corrupção, ressaltando que existem os maus e os bons políticos e a importância de instituições como o Congresso Nacional, pois do contrário, estaremos contribuindo para fortalecer idéias autoritárias de fechamento de casas legislativas.
Entendemos que a participação na qualidade de eleitor ou eleitora de qualquer pessoa acima dos 16 anos por si só, não irá garantir o processo democrático no Brasil, havendo, portanto, a necessidade do fortalecimento de todos canais de participação popular, garantindo um debate permanente e envolvimento permanente da sociedade nas esferas do poder.
Essa participação deve consistir na ruptura de idéias da elite como que “o povo não tem cultura para discutir determinados assuntos”, ressaltando que com a sabedoria popular, diversas pessoas vêem contribuindo em diversos projetos e ações que tenham interfaces no seu dia a dia.
Ressaltamos, ainda, que qualquer democracia viverá em risco, caso não seja superada a exclusão social de parte de sua população, decorrente da exploração capitalista, devendo se fortalecer o processo que possibilite que o número de excluídos diminua em nosso país.
Finalizando, não nos cansa lembrar que numa sociedade dividida em classes, cabe a cada um ou uma de nós da classe trabalhadora, contribuir na derrubada das mazelas do capitalismo e fortalecer uma verdadeira democracia.
Diante dos fatos, devemos realizar algumas reflexões;
- Como se posicionar neste caso e em outros semelhantes?
- Como devemos agir para que nunca mais ocorra um golpe no Brasil, como no passado recente?
Com referência a primeira reflexão, entendo que a posição do Governo Lula foi positiva, ao condenar com veemência a ação dos golpistas e defendendo o retorno ao poder do presidente deposto. Infelizmente, não observamos posicionamento semelhante de outros setores da sociedade como a mídia e da oposição.Entendo que não podemos aceitar ação golpista em qualquer país, devendo a vontade popular ser respeitada.
No tocante a segunda reflexão, lembramos que durante anos, vivemos sobre o regime da ditadura militar no Brasil, assim como ocorria em outros países da América Latina, onde não havia espaços para nenhum processo democrático de discussão, com torturas e assassinados de todos e todas que lutavam contra o regime. Certamente, muitos leitores e leitoras deste blog só conhecem esta situação pelos livros de História, graças a luta que a sociedade travou para recuperar sua liberdade.
O fortalecimento da democracia brasileira é uma tarefa permanente para todos e todas nós, independente do sexo, idade, posição social, formação escolar, raça, credo religioso, e, neste contexto, observamos a necessidade de ficarmos vigilantes contra as práticas que reforcem ou defendam o retorno a situação vivida recentemente no Brasil.
O fortalecimento da democracia é uma atividade diária de qualquer pessoa, construindo espaços democráticos na família, no trabalho, na escola e em qualquer espaço de relação humana, pois só assim, poderemos contribuir com o processo democrático na política do país.
Sendo assim, deveremos ficar atentos contra tudo que possa ser expressão de práticas autoritárias, questionando-as e buscando formas de promover sua superação.
É importante lembra que a consciência política do povo brasileiro ainda é muito reduzida, havendo sempre o risco que essa maioria seja iludida com o discurso fácil daqueles que se colocam contra o processo democrático, diante a falta de organização e pouca participação da sociedade na vida política do país.
E, neste sentido, compreendo que devemos realizar distinção ao fazermos críticas as práticas dos políticos, por falta de ética e a corrupção, ressaltando que existem os maus e os bons políticos e a importância de instituições como o Congresso Nacional, pois do contrário, estaremos contribuindo para fortalecer idéias autoritárias de fechamento de casas legislativas.
Entendemos que a participação na qualidade de eleitor ou eleitora de qualquer pessoa acima dos 16 anos por si só, não irá garantir o processo democrático no Brasil, havendo, portanto, a necessidade do fortalecimento de todos canais de participação popular, garantindo um debate permanente e envolvimento permanente da sociedade nas esferas do poder.
Essa participação deve consistir na ruptura de idéias da elite como que “o povo não tem cultura para discutir determinados assuntos”, ressaltando que com a sabedoria popular, diversas pessoas vêem contribuindo em diversos projetos e ações que tenham interfaces no seu dia a dia.
Ressaltamos, ainda, que qualquer democracia viverá em risco, caso não seja superada a exclusão social de parte de sua população, decorrente da exploração capitalista, devendo se fortalecer o processo que possibilite que o número de excluídos diminua em nosso país.
Finalizando, não nos cansa lembrar que numa sociedade dividida em classes, cabe a cada um ou uma de nós da classe trabalhadora, contribuir na derrubada das mazelas do capitalismo e fortalecer uma verdadeira democracia.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Qual sua opção: tolerância ou intolerância?
Você tem tolerância religiosa?
Em outras palavras, qual teu comportamento diante uma pessoa tenha uma religião diferente da sua?
Antes de responder, seria interessante que você fizesse uma reflexão, sobre o que poderia ter acontecido com você, caso:
- Fosse um(a) seguidor(a) de Jesus Cristo no início do cristianismo;
- Não professasse a religião católica na época da Inquisição;
- Fosse de origem judaica e estivesse na Alemanha na época do Holocausto
Bem, como você deve conhecer de História, já sabe o que poderia ter acontecido em todos estes casos, onde verificamos exemplos concretos da falta de respeito pela opção religiosa de outras pessoas, ou seja, ao longo do tempo, temos diversos casos de perseguições por motivos religiosos, incluindo, naturalmente, aquelas pessoas que ateístas.
Na atualidade, encontramos, ainda, pessoas que têm uma postura semelhante,, numa prática denominada.de INTOLERÂNCIA RELIGIOSA, onde não há respeito pela opção no tocante a religião de outras pessoas, querendo impor uma crença de qualquer forma.
Certamente, você irá fazer referência à relação entre judeus e palestinos, que representa um exemplo de intolerância religiosa junto com outros interesses, inclusive o econômico, mas, podemos voltar, também, os olhos para nosso país e perguntar: Como é nosso comportamento no tocante a este assunto?
Será que, no Brasil, aceitamos a opção religiosa das outras pessoas?
Na minha avaliação, infelizmente, vejo que não, pois, ainda, se observa descriminação e preconceito, que pode ser comprovado, em atos contra diversas religiões, com destaque, principalmente, por atitudes de algumas religiões cristãs contra os componentes do candomblé e de outras religiões afro-brasileiras.
Verificam-se, então, a tentativa de descaracterização das religiões afro-brasileiras, utilizando diversos mecanismos e com termos pejorativos, não se vendo que do outro lado, aonde se tem uma pessoa semelhante, que é oprimida por professar sua crença religiosa.
É interessante observar que muitas pessoas nem conhecem as práticas das religiões afro-brasileiras, mas afirmam, de forma categórica, que as mesmas vivem só praticando a maldade contras pessoas. Aqui, é importante lembrar que a prática do mal independe da crença religiosa, ou não é?
Outra forma de discriminação as religiões afro-brasileiras é afirmativa que seus cultos provocam a destruição das matas e dos cursos de água, o que, em muitos casos, não condiz com a realidade, lembrando que diversos representantes destas religiões defendem a realização dos cultos de forma sustentável, ressaltando a ligação dos orixás com a natureza, e, com uma reflexão imparcial, se verá que a degradação ambiental tem outros responsáveis, independente de práticas religiosas.
Compreendo que há necessidade de mudanças de posturas, buscando uma convivência pacífica das pessoas, independente de crenças religiosas, combatendo as formas de discriminação e preconceito de fundo religioso e vendo as outras pessoas como semelhantes.
Bem, agora, sugiro que você responda a pergunta inicial.
Em outras palavras, qual teu comportamento diante uma pessoa tenha uma religião diferente da sua?
Antes de responder, seria interessante que você fizesse uma reflexão, sobre o que poderia ter acontecido com você, caso:
- Fosse um(a) seguidor(a) de Jesus Cristo no início do cristianismo;
- Não professasse a religião católica na época da Inquisição;
- Fosse de origem judaica e estivesse na Alemanha na época do Holocausto
Bem, como você deve conhecer de História, já sabe o que poderia ter acontecido em todos estes casos, onde verificamos exemplos concretos da falta de respeito pela opção religiosa de outras pessoas, ou seja, ao longo do tempo, temos diversos casos de perseguições por motivos religiosos, incluindo, naturalmente, aquelas pessoas que ateístas.
Na atualidade, encontramos, ainda, pessoas que têm uma postura semelhante,, numa prática denominada.de INTOLERÂNCIA RELIGIOSA, onde não há respeito pela opção no tocante a religião de outras pessoas, querendo impor uma crença de qualquer forma.
Certamente, você irá fazer referência à relação entre judeus e palestinos, que representa um exemplo de intolerância religiosa junto com outros interesses, inclusive o econômico, mas, podemos voltar, também, os olhos para nosso país e perguntar: Como é nosso comportamento no tocante a este assunto?
Será que, no Brasil, aceitamos a opção religiosa das outras pessoas?
Na minha avaliação, infelizmente, vejo que não, pois, ainda, se observa descriminação e preconceito, que pode ser comprovado, em atos contra diversas religiões, com destaque, principalmente, por atitudes de algumas religiões cristãs contra os componentes do candomblé e de outras religiões afro-brasileiras.
Verificam-se, então, a tentativa de descaracterização das religiões afro-brasileiras, utilizando diversos mecanismos e com termos pejorativos, não se vendo que do outro lado, aonde se tem uma pessoa semelhante, que é oprimida por professar sua crença religiosa.
É interessante observar que muitas pessoas nem conhecem as práticas das religiões afro-brasileiras, mas afirmam, de forma categórica, que as mesmas vivem só praticando a maldade contras pessoas. Aqui, é importante lembrar que a prática do mal independe da crença religiosa, ou não é?
Outra forma de discriminação as religiões afro-brasileiras é afirmativa que seus cultos provocam a destruição das matas e dos cursos de água, o que, em muitos casos, não condiz com a realidade, lembrando que diversos representantes destas religiões defendem a realização dos cultos de forma sustentável, ressaltando a ligação dos orixás com a natureza, e, com uma reflexão imparcial, se verá que a degradação ambiental tem outros responsáveis, independente de práticas religiosas.
Compreendo que há necessidade de mudanças de posturas, buscando uma convivência pacífica das pessoas, independente de crenças religiosas, combatendo as formas de discriminação e preconceito de fundo religioso e vendo as outras pessoas como semelhantes.
Bem, agora, sugiro que você responda a pergunta inicial.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Blog de Ademir Damião: Cidadania local e planetária nas questões ambientais
O debate sobe a questão ambiental vem ocupando espaço na mídia diante os problemas decorrentes das mudanças climáticas que vem assolando todo planeta, devido ações humanas sobre a natureza, aonde os recursos naturais vem sofrendo permanente agressão.
Dentro do processo de globalização, cresce a necessidade de se ampliar a defesa dos recursos naturais, através de ação local e global, compreendendo que qualquer agressão ambiental em uma parte do mundo poderá provocar efeitos negativos para toda humanidade.
Neste contexto, é fundamental construir um processo de cidadania local e de cidadania planetária para questões ambientais.
A cidadania local vem sendo construída aos poucos, através de movimentos ecológicos e por trabalhos educativos envolvendo as comunidades na busca da preservação dos mangues, rios, matas que existem no entorno do seu lugar de moradia, por exemplo.
A constituição de uma cidadania planetária é algo de uma maior complexidade, pois sua construção depende da ampliação do nível de consciência das pessoas sobre as causas e efeitos dos problemas sócio-ambientais.
É com a ampliação do nível de consciência ambiental que as pessoas irão participar de forma efetiva da defesa do meio ambiente, exigindo o uso sustentável dos recursos naturais, tanto local como globalmente.
Entendemos que o processo de cidadania planetária depende da ampliação do processo de cidadania local a ser alcançada pela maioria da população, verificando-se que ainda um número reduzido de pessoas se envolve na defesa da preservação da natureza e dos recursos naturais, não havendo, portanto, um entendimento de grande parte da sociedade sobre o “efeito cascata” provocado por determinada agressão ambiental.
Com a realização de ações concretas de educação ambiental, o nível da consciência da população sobre as questões ambientais deverá crescer paulatinamente, levando a ampliação da cidadania local e planetária.
E, a partir deste estágio, poderemos ter a garantia da defesa do meio ambiente, independente das forças econômicas, pois a sociedade se encontrará realmente preparada e determinada para exigir sua preservação.
Dentro do processo de globalização, cresce a necessidade de se ampliar a defesa dos recursos naturais, através de ação local e global, compreendendo que qualquer agressão ambiental em uma parte do mundo poderá provocar efeitos negativos para toda humanidade.
Neste contexto, é fundamental construir um processo de cidadania local e de cidadania planetária para questões ambientais.
A cidadania local vem sendo construída aos poucos, através de movimentos ecológicos e por trabalhos educativos envolvendo as comunidades na busca da preservação dos mangues, rios, matas que existem no entorno do seu lugar de moradia, por exemplo.
A constituição de uma cidadania planetária é algo de uma maior complexidade, pois sua construção depende da ampliação do nível de consciência das pessoas sobre as causas e efeitos dos problemas sócio-ambientais.
É com a ampliação do nível de consciência ambiental que as pessoas irão participar de forma efetiva da defesa do meio ambiente, exigindo o uso sustentável dos recursos naturais, tanto local como globalmente.
Entendemos que o processo de cidadania planetária depende da ampliação do processo de cidadania local a ser alcançada pela maioria da população, verificando-se que ainda um número reduzido de pessoas se envolve na defesa da preservação da natureza e dos recursos naturais, não havendo, portanto, um entendimento de grande parte da sociedade sobre o “efeito cascata” provocado por determinada agressão ambiental.
Com a realização de ações concretas de educação ambiental, o nível da consciência da população sobre as questões ambientais deverá crescer paulatinamente, levando a ampliação da cidadania local e planetária.
E, a partir deste estágio, poderemos ter a garantia da defesa do meio ambiente, independente das forças econômicas, pois a sociedade se encontrará realmente preparada e determinada para exigir sua preservação.
domingo, 20 de setembro de 2009
Esforço coletivo
Se olharmos ao nosso redor, como resolver as agressões que observamos sobre o meio ambiente?
Esta pergunta deverá ter respostas diferenciadas de pessoa para pessoa, dependendo de diversos fatores, como econômico, político, social, religioso, entre outros, dependendo , da concepção de mundo que cada um de nós tenha, refletindo a dinâmica da sociedade, constituída do choque de conflitos e interesses.
Como não poderemos esperar que seja obtida uma resposta unânime, precisamos ver como se encontrar uma solução que possibilite a preservação dos recursos naturais.
Como a sociedade é feita de pessoas de concepção diferenciadas, existem as leis para definir as soluções para os casos conflitantes, o que, naturalmente, se observa no caso das questões ambientais.
È importante lembrar que qualquer legislação é baseada na ideologia dominante da sociedade e, no nosso caso, todas leis se baseiam na ideologia burguesa da sociedade capitalista, buscando, na sua essência, manter os interesses da classe dominante e não da classe trabalhadora.
Sendo assim, apesar de algumas restrições, a concepção da legislação ambiental, como qualquer outra legislação, se baseia na ideologia burguesa.
Bem, voltando a nossa pergunta inicial, verificamos que a solução para os problemas ambientais depende da interpretação dada a legislação existente, mas, principalmente, depende da dinâmica de envolvimento da sociedade em busca de soluções para cada caso.
A sociedade não pode esperar que a solução venha sempre de cima para baixo, devendo se mobilizar permanentemente para discutir seus problemas e propor as medidas necessárias para solucionar os danos ambientais por ventura detectados.
A consciência ambiental de toda população depende deste tipo de debate, que não pode ficar centrada em um número reduzido de pessoas, geralmente aqueles que se autodenominam de “lideranças”, mas que, em muitos casos, querem utilizar as demais pessoas como massas de manobra, sem aprofundar a discussão com todos.
Finalizando, observamos que a problemática ambiental necessita do esforço de toda sociedade para que possamos encontrar as soluções que atendam o interesse da maioria da população e se tenha uma boa qualidade ambiental.
Esta pergunta deverá ter respostas diferenciadas de pessoa para pessoa, dependendo de diversos fatores, como econômico, político, social, religioso, entre outros, dependendo , da concepção de mundo que cada um de nós tenha, refletindo a dinâmica da sociedade, constituída do choque de conflitos e interesses.
Como não poderemos esperar que seja obtida uma resposta unânime, precisamos ver como se encontrar uma solução que possibilite a preservação dos recursos naturais.
Como a sociedade é feita de pessoas de concepção diferenciadas, existem as leis para definir as soluções para os casos conflitantes, o que, naturalmente, se observa no caso das questões ambientais.
È importante lembrar que qualquer legislação é baseada na ideologia dominante da sociedade e, no nosso caso, todas leis se baseiam na ideologia burguesa da sociedade capitalista, buscando, na sua essência, manter os interesses da classe dominante e não da classe trabalhadora.
Sendo assim, apesar de algumas restrições, a concepção da legislação ambiental, como qualquer outra legislação, se baseia na ideologia burguesa.
Bem, voltando a nossa pergunta inicial, verificamos que a solução para os problemas ambientais depende da interpretação dada a legislação existente, mas, principalmente, depende da dinâmica de envolvimento da sociedade em busca de soluções para cada caso.
A sociedade não pode esperar que a solução venha sempre de cima para baixo, devendo se mobilizar permanentemente para discutir seus problemas e propor as medidas necessárias para solucionar os danos ambientais por ventura detectados.
A consciência ambiental de toda população depende deste tipo de debate, que não pode ficar centrada em um número reduzido de pessoas, geralmente aqueles que se autodenominam de “lideranças”, mas que, em muitos casos, querem utilizar as demais pessoas como massas de manobra, sem aprofundar a discussão com todos.
Finalizando, observamos que a problemática ambiental necessita do esforço de toda sociedade para que possamos encontrar as soluções que atendam o interesse da maioria da população e se tenha uma boa qualidade ambiental.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Consciência ambiental: Como ampliar?
Será que podemos afirmar que alguém não tem “CONSCIÊNCIA AMBIENTAL”? Quais critérios se utilizam para uma afirmativa deste tipo?
A questão da consciência ambiental é um tema que merece uma reflexão entre nós, que temos a preocupação com a preservação do meio ambiente e o uso racional dos recursos naturais.
Certamente, ficamos cheio de indignação ao vermos uma pessoa jogando lixo no meio da rua, e, aí, sempre julgamos que essa pessoa possui uma consciência ambiental limitada.
Mas, o que precisamos refletir é o que leva uma pessoa tomar atitude deste tipo, assim como merece nossa reflexão porque, ainda, um número reduzido de pessoas se evolve na luta pela preservação ambiental?
O que está errado? As metodologias utilizadas nas ações educativas? O formato de abordagens sobre a temática ambiental? A falta de nitidez sobre as questões abordadas?
Compreendo que até o momento, os resultados obtidos nas ações educativas são muitos reduzidos, observando-se, que apesar de campanhas pelos meios de comunicação (rádio, televisão), muitas pessoas continuam, por exemplo, jogando lixo nos córregos, canais e rios, causando transtorno nos períodos chuvosos.
Este fato por si só, indica que muitas pessoas não se consideram sujeitos em campanhas educativas deste tipo, continuando com uma prática errônea, apesar de toda campanha para mudança de hábitos.
Considero que o aumento da consciência das pessoas se encontra relacionada com os resultados obtidos a partir das ações de trabalhos educativos, logo não podemos julgar nenhuma atitude, sem o conhecimento do nível de informações da pessoa sobre a temática ambiental.
Não podemos deixar de lembrar que dentro da sociedade capitalista há o incentivo para o individualismo, logo ao jogar o lixo na rua, muitas pessoas pensam que estão se livrando de um problema, não se preocupando com que será afetado por sua atitude.
Logo, as ações relacionadas a educação ambiental devem se centrar, também, na construção de um processo coletivo na sociedade, mostrando que vivemos em rede e o que atinge uma pessoa e o meio ambiente afeta toda humanidade.
É importante ressaltar que qualquer ação educativa só obterá resultados positivos se tiver como ponto de partida, a realidade das pessoas, utilizando uma metodologia participativa.
Neste sentido, julgamos necessário se verificar como as pessoas envolvidas em ações educativas compreendem a questão ambiental e se sentem inseridas no meio ambiente.
Com esta construção participativa, as ações educativas deverão, certamente, obter melhores resultados, garantindo, passo a passo, a ampliação da consciência ambiental das pessoas, em um estágio de mudanças de hábitos, que, certamente, ocasionará o aumento do número de defensores do meio ambiente, bem como a redução de atitudes prejudiciais para a preservação dos recursos naturais.
A questão da consciência ambiental é um tema que merece uma reflexão entre nós, que temos a preocupação com a preservação do meio ambiente e o uso racional dos recursos naturais.
Certamente, ficamos cheio de indignação ao vermos uma pessoa jogando lixo no meio da rua, e, aí, sempre julgamos que essa pessoa possui uma consciência ambiental limitada.
Mas, o que precisamos refletir é o que leva uma pessoa tomar atitude deste tipo, assim como merece nossa reflexão porque, ainda, um número reduzido de pessoas se evolve na luta pela preservação ambiental?
O que está errado? As metodologias utilizadas nas ações educativas? O formato de abordagens sobre a temática ambiental? A falta de nitidez sobre as questões abordadas?
Compreendo que até o momento, os resultados obtidos nas ações educativas são muitos reduzidos, observando-se, que apesar de campanhas pelos meios de comunicação (rádio, televisão), muitas pessoas continuam, por exemplo, jogando lixo nos córregos, canais e rios, causando transtorno nos períodos chuvosos.
Este fato por si só, indica que muitas pessoas não se consideram sujeitos em campanhas educativas deste tipo, continuando com uma prática errônea, apesar de toda campanha para mudança de hábitos.
Considero que o aumento da consciência das pessoas se encontra relacionada com os resultados obtidos a partir das ações de trabalhos educativos, logo não podemos julgar nenhuma atitude, sem o conhecimento do nível de informações da pessoa sobre a temática ambiental.
Não podemos deixar de lembrar que dentro da sociedade capitalista há o incentivo para o individualismo, logo ao jogar o lixo na rua, muitas pessoas pensam que estão se livrando de um problema, não se preocupando com que será afetado por sua atitude.
Logo, as ações relacionadas a educação ambiental devem se centrar, também, na construção de um processo coletivo na sociedade, mostrando que vivemos em rede e o que atinge uma pessoa e o meio ambiente afeta toda humanidade.
É importante ressaltar que qualquer ação educativa só obterá resultados positivos se tiver como ponto de partida, a realidade das pessoas, utilizando uma metodologia participativa.
Neste sentido, julgamos necessário se verificar como as pessoas envolvidas em ações educativas compreendem a questão ambiental e se sentem inseridas no meio ambiente.
Com esta construção participativa, as ações educativas deverão, certamente, obter melhores resultados, garantindo, passo a passo, a ampliação da consciência ambiental das pessoas, em um estágio de mudanças de hábitos, que, certamente, ocasionará o aumento do número de defensores do meio ambiente, bem como a redução de atitudes prejudiciais para a preservação dos recursos naturais.
domingo, 13 de setembro de 2009
Relacionamento com o meio ambiente
Uma das questões que deve ser indagada entre nós, diz respeito a forma de como nos relacionamos com o meio ambiente cuja reposta se parece fácil, certamente, não é, pois depende de como as pessoas utilizam os recursos naturais, como se verem inseridas no próprio meio ambiente e como ocorre a interação entre os seres humanos.
Inicialmente, devemos lembrar que a concepção judaico-cristã que “o homem foi feito a imagem e semelhança de Deus” vem servindo como mola propulsora ao longo do tempo para diversas ações e atitudes humanas ao longo do tempo, no tocante ao relacionamento com o meio ambiente como na relação entre os seres humanos.
Ao falarmos de homem, devemos deixar nítido, que estamos falando do homem ocidental, ser masculino, da raça branca, que durante séculos realizou a exploração de outros seres humanos, como os negros africanos, utilizados como escravos e que eram considerados como pagãos por não professarem o cristianismo.
Este mesmo homem ocidental, durante séculos, subjugou a mulher a seu domínio, tratando-a como ser inferior e que não possuía direitos e só deveres, onde o principal, era servir ao marido.
Com esta concepção, observou-se, durante séculos, a exploração da natureza, onde o homem não se via como incluído no meio ambiente e, só buscava aumentar seus ganhos e propriedade, destruindo os recursos naturais, muitas vezes de forma insana.
Chegando aos dias atuais, resta perguntar o que mudou nestas práticas humanas.
Verificamos que as concepções de superioridade de uma raça em relação a outra e as idéias machistas ainda existem entre nós, apesar de todos esforços e luta organizada em sentido contrário.
O homem vem mantendo uma relação distorcida com o meio ambiente, que pode ser comprovado com os problemas decorrentes das mudanças climáticas, ocasionados pela destruição de florestas, matas, poluição dos cursos de água, entre outras ações humanas prejudiciais aos recursos naturais.
Dentro da sociedade que vivemos, onde o ter é mais importante do que o ser, o homem, de modo geral, busca sempre estar ganhando e tirar proveito em tudo, sem respeitar a harmonia entre as pessoas e com o próprio meio ambiente.
A mudança deste estado, passa pela transformação da sociedade em que vivemos, onde devemos nos livrar das amarras do capitalismo e construir outro tipo de sociedade mais justa e fraterna, que conhecemos como socialismo.
Compreendemos que com esta nova de sociedade, os seres humanos poderão mudar sua forma de relacionamento entre si, assim como, mudarão sua relação com o meio ambiente, utilizando os recursos naturais de forma sustentável.
Bem como a construção do socialismo não é algo de imediato, observamos que precisamos agir na atual situação, revendo práticas individuais e realizando ações coletivas na busca da preservação do meio ambiente contra a exploração capitalista.
Inicialmente, devemos lembrar que a concepção judaico-cristã que “o homem foi feito a imagem e semelhança de Deus” vem servindo como mola propulsora ao longo do tempo para diversas ações e atitudes humanas ao longo do tempo, no tocante ao relacionamento com o meio ambiente como na relação entre os seres humanos.
Ao falarmos de homem, devemos deixar nítido, que estamos falando do homem ocidental, ser masculino, da raça branca, que durante séculos realizou a exploração de outros seres humanos, como os negros africanos, utilizados como escravos e que eram considerados como pagãos por não professarem o cristianismo.
Este mesmo homem ocidental, durante séculos, subjugou a mulher a seu domínio, tratando-a como ser inferior e que não possuía direitos e só deveres, onde o principal, era servir ao marido.
Com esta concepção, observou-se, durante séculos, a exploração da natureza, onde o homem não se via como incluído no meio ambiente e, só buscava aumentar seus ganhos e propriedade, destruindo os recursos naturais, muitas vezes de forma insana.
Chegando aos dias atuais, resta perguntar o que mudou nestas práticas humanas.
Verificamos que as concepções de superioridade de uma raça em relação a outra e as idéias machistas ainda existem entre nós, apesar de todos esforços e luta organizada em sentido contrário.
O homem vem mantendo uma relação distorcida com o meio ambiente, que pode ser comprovado com os problemas decorrentes das mudanças climáticas, ocasionados pela destruição de florestas, matas, poluição dos cursos de água, entre outras ações humanas prejudiciais aos recursos naturais.
Dentro da sociedade que vivemos, onde o ter é mais importante do que o ser, o homem, de modo geral, busca sempre estar ganhando e tirar proveito em tudo, sem respeitar a harmonia entre as pessoas e com o próprio meio ambiente.
A mudança deste estado, passa pela transformação da sociedade em que vivemos, onde devemos nos livrar das amarras do capitalismo e construir outro tipo de sociedade mais justa e fraterna, que conhecemos como socialismo.
Compreendemos que com esta nova de sociedade, os seres humanos poderão mudar sua forma de relacionamento entre si, assim como, mudarão sua relação com o meio ambiente, utilizando os recursos naturais de forma sustentável.
Bem como a construção do socialismo não é algo de imediato, observamos que precisamos agir na atual situação, revendo práticas individuais e realizando ações coletivas na busca da preservação do meio ambiente contra a exploração capitalista.
sábado, 12 de setembro de 2009
A importância da educação ambiental
Uma das questões fundamentais para o meio ambiente se trata da realização de ações de educação ambiental, que proporcione a mudança de hábitos e costumes da população.
As ações de educação ambiental necessitam estar norteadas pela realidade da população envolvida com as mesmas, pois do contrário não se obterá resultados satisfatórios, não ocasionando as mudanças de práticas prejudiciais ao meio ambiente.
A educação ambiental deve e necessita da permanente participação da população envolvida, os quais devem ser atores de todo processo, assumindo tudo aquilo que for planejado e executado.
Sendo assim, compreendo que ao se falar em educação ambiental em qualquer comunidade, o primeiro passo a ser tomado é tomar conhecimento sobre as pessoas envolvidas com o trabalho, devendo este conhecimento se realizar de forma participativa com tais pessoas.
A partir deste conhecimento, deve-se iniciar a construção de todo processo, discutindo os objetivos a serem alcançados com o trabalho de educação ambiental, sensibilizando as pessoas para se fazer presentes nas atividades.
Superada a faz de definição coletiva dos objetivos, se deve discutir os instrumentos a serem utilizados e a linguagem dos materiais a serem produzidos, etapa fundamental para obtenção dos resultados da ação.
Observa-se, então, que o corpo técnico envolvido com este processo, necessita ter a humildade de escutar a população, não querendo impor ”sua sabedoria”, pois um processo como este, é uma aprendizagem coletiva, onde todos e todos(as) envolvidos(as) aprendem e ensinam.
Compreendo, ainda, que qualquer ação não norteada em etapas como as descritas acima, é um trabalho educativo, mas contradiz com a idéia de uma ação de educação ambiental.
Sem querer ser um crítico feroz, não podemos aceitar como ação de educação ambiental, trabalhos como a distribuição de panfletos, a exibição de vídeos de realidades diferentes daquela vividas pelas pessoas participantes de determinado evento e até mesmo a elaboração e distribuição de cartilhas enxertadas de termos técnicos, que a população não consegue compreender.
A educação ambiental deve, antes de tudo, ser um instrumento para que a população envolvida compreenda o seu papel nas transformações sociais que o mundo necessita, para que seja revertido o quadro de injustiças e exclusão, onde só uma minoria se beneficia dos recursos extraídos da natureza.
Finalizando, ressaltamos que com efetivas ações de educação ambiental, poderemos realmente contribuir uma melhor qualidade do meio ambiente, onde os recursos naturais sejam utilizados de forma sustentável por toda população e preservados para futuras gerações.
As ações de educação ambiental necessitam estar norteadas pela realidade da população envolvida com as mesmas, pois do contrário não se obterá resultados satisfatórios, não ocasionando as mudanças de práticas prejudiciais ao meio ambiente.
A educação ambiental deve e necessita da permanente participação da população envolvida, os quais devem ser atores de todo processo, assumindo tudo aquilo que for planejado e executado.
Sendo assim, compreendo que ao se falar em educação ambiental em qualquer comunidade, o primeiro passo a ser tomado é tomar conhecimento sobre as pessoas envolvidas com o trabalho, devendo este conhecimento se realizar de forma participativa com tais pessoas.
A partir deste conhecimento, deve-se iniciar a construção de todo processo, discutindo os objetivos a serem alcançados com o trabalho de educação ambiental, sensibilizando as pessoas para se fazer presentes nas atividades.
Superada a faz de definição coletiva dos objetivos, se deve discutir os instrumentos a serem utilizados e a linguagem dos materiais a serem produzidos, etapa fundamental para obtenção dos resultados da ação.
Observa-se, então, que o corpo técnico envolvido com este processo, necessita ter a humildade de escutar a população, não querendo impor ”sua sabedoria”, pois um processo como este, é uma aprendizagem coletiva, onde todos e todos(as) envolvidos(as) aprendem e ensinam.
Compreendo, ainda, que qualquer ação não norteada em etapas como as descritas acima, é um trabalho educativo, mas contradiz com a idéia de uma ação de educação ambiental.
Sem querer ser um crítico feroz, não podemos aceitar como ação de educação ambiental, trabalhos como a distribuição de panfletos, a exibição de vídeos de realidades diferentes daquela vividas pelas pessoas participantes de determinado evento e até mesmo a elaboração e distribuição de cartilhas enxertadas de termos técnicos, que a população não consegue compreender.
A educação ambiental deve, antes de tudo, ser um instrumento para que a população envolvida compreenda o seu papel nas transformações sociais que o mundo necessita, para que seja revertido o quadro de injustiças e exclusão, onde só uma minoria se beneficia dos recursos extraídos da natureza.
Finalizando, ressaltamos que com efetivas ações de educação ambiental, poderemos realmente contribuir uma melhor qualidade do meio ambiente, onde os recursos naturais sejam utilizados de forma sustentável por toda população e preservados para futuras gerações.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Igualdade Racial
Na sociedade brasileira, sempre se teve, ao longo do tempo, o discurso das elites e de muitos governantes que vivíamos em uma democracia racial, onde não havia descriminação devido a raça das pessoas.
Este discurso procurava e ainda procura mostrar que tanto as pessoas de cor branca como as de demais raças teriam as mesmas oportunidades e qualquer diferenciação só ocorreria devido à desigualdade social, como se tal desigualdade fosse algo natural.
Bem, nós, afro-brasileiros(as), sabemos o quando este discurso é falso, pois no dia a dia, sentimos o preconceito pela cor de nossa pele, que podem se ocorrer, de forma direta e velada, como no caso de algumas abordagens da Polícia, no tratamento em órgãos públicos e na seleção de empregos de muitas empresas e na falta de respeito as expressões religiosas e culturais de origem africana, como o candomblé, maracatu e afoxé.
Em outros momentos, observamos o preconceito de forma sutil, seja pela forma de olhar, numa piadinha “sem malícia”, na forma do se fazer referência a uma pessoa negra, bem como em determinadas expressões de nossa língua, onde branco é tudo de bom e negro representa o que é mal, como exemplo, “denegrir a imagem”.
Observamos que há a necessidade urgente da superação da descriminação racial contra a população negra brasileira, buscando a garantia de reais direitos igualitários de oportunidades para todos(as) brasileiros(as) , reparando todo processo constituído durante o período da escravidão que permanece até os dias atuais.
O Estatuto da Igualdade Racial, aprovado recentemente na Câmara dos Deputados e que agora passará pela análise do Senado Federal, apresenta poucos avanços no caminho de mudanças estruturais em uma sociedade de raíz escravagista, onde temos uma elite racista e preconceituosa.
Este discurso procurava e ainda procura mostrar que tanto as pessoas de cor branca como as de demais raças teriam as mesmas oportunidades e qualquer diferenciação só ocorreria devido à desigualdade social, como se tal desigualdade fosse algo natural.
Bem, nós, afro-brasileiros(as), sabemos o quando este discurso é falso, pois no dia a dia, sentimos o preconceito pela cor de nossa pele, que podem se ocorrer, de forma direta e velada, como no caso de algumas abordagens da Polícia, no tratamento em órgãos públicos e na seleção de empregos de muitas empresas e na falta de respeito as expressões religiosas e culturais de origem africana, como o candomblé, maracatu e afoxé.
Em outros momentos, observamos o preconceito de forma sutil, seja pela forma de olhar, numa piadinha “sem malícia”, na forma do se fazer referência a uma pessoa negra, bem como em determinadas expressões de nossa língua, onde branco é tudo de bom e negro representa o que é mal, como exemplo, “denegrir a imagem”.
Observamos que há a necessidade urgente da superação da descriminação racial contra a população negra brasileira, buscando a garantia de reais direitos igualitários de oportunidades para todos(as) brasileiros(as) , reparando todo processo constituído durante o período da escravidão que permanece até os dias atuais.
O Estatuto da Igualdade Racial, aprovado recentemente na Câmara dos Deputados e que agora passará pela análise do Senado Federal, apresenta poucos avanços no caminho de mudanças estruturais em uma sociedade de raíz escravagista, onde temos uma elite racista e preconceituosa.
O Estatuto aprovado não garante, por exemplo, a política de cotas nas universidades e meios de comunicações, bem como não reconhece os direitos de territórios quilombolas, assim como não obriga o Estado e o setor privado cumprir suas determinações.
Verifica-se, então, que o Estatuto não irá proporcionar mudanças concretas na vida da população negra, devido as suas limitações, decorrente de um Congresso formado em grande maioria de pessoas de origem não negra e defensores de previlégios para a elite.
Compreendo que a população afro-brasileira necessita continuar sua luta pelo reconhecimento de seus direitos, exigindo o respeito no dia a dia.
A luta por igualdade racial no Brasil continua necessária e urgente, onde as práticas racistas não devem ser aceitas em nenhuma esfera da sociedade, devendo haver valorização da história, cultura e religiões da população negra, continuidade do combate as descriminações raciais por parte de qualquer pessoa ou instituição.
A luta por igualdade racial no Brasil continua necessária e urgente, onde as práticas racistas não devem ser aceitas em nenhuma esfera da sociedade, devendo haver valorização da história, cultura e religiões da população negra, continuidade do combate as descriminações raciais por parte de qualquer pessoa ou instituição.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Importância do Grito
Aprendemos na Escola que o dia 07 de setembro é o “Dia da Pátria”, onde devemos comemorar a Independência política do Brasil de Portugal, através do grito de Dom Pedro I à margem do Riacho Ypiranga.
Cabe, então, aqui uma pergunta: "O que é Pátria?"
Em uma rápida consulta na internet, observamos a seguinte definição sobre o significado da palavra “Pátria” : “é o país ou estado em que a pessoa nasceu (terra natal) e que faz parte como cidadão.”
Como se vê, então não podemos falar em Pátria sem falar das condições de vida das pessoas que ali vivem,observando seus deveres e se seus direitos se encontram sendo garantidos e respeitados. Observamos que. no caso brasileiro, precisamos avançar muito para que se possa afirmar que vivemos em uma “Pátria”, já que parte dos(as) brasileiros(as) encontram-se excluídos(as) socialmente, passando por preconceitos e descriminações de diversas espécies, em péssimas condições de vida.
Este quadro vem levando diversas entidades sociais, como igrejas, associações, sindicatos, MST, movimento estudantil, entre outras, a realizar, anualmente, o Grito dos(as) Excluídos(as), que ocorre em diversas localidades do Brasil, exatamente no dia 07 de setembro para lembrar a sociedade e aos governantes que não podemos comemorar o “Dia da Pátria”, sem promover a inclusão social de milhares de brasileiros(as).
Este ano, em sua 15ª edição, o Grito dos(as) Excluídos(as) continua mostrando a necessidade de mudanças na estrutura da sociedade brasileira e mundial, vencendo as mazelas implantadas pelo capitalismo, para que todas as pessoas possam viver com dignidade.
O Grito representa o momento para nós, da classe trabalhadora brasileira, demonstrar no dia 07 de setembro que continuamos vivos e ativos na luta pelos nossos direitos e na construção de um mundo justo, onde cada pessoa possa ser de fato um cidadão.
Neste contexto, o refrão da música cantada nas caminhadas do MST, assim como foi cantada durante todo ato e passeata do Grito no Centro do Recife no último dia 07 de setembro merece ser registrada para nossa reflexão: "Este é nosso País. Esta é nossa bandeira. É por amor a esta Pátria- Brasil. Que a gente segue em fileira...".
Cabe, então, aqui uma pergunta: "O que é Pátria?"
Em uma rápida consulta na internet, observamos a seguinte definição sobre o significado da palavra “Pátria” : “é o país ou estado em que a pessoa nasceu (terra natal) e que faz parte como cidadão.”
Como se vê, então não podemos falar em Pátria sem falar das condições de vida das pessoas que ali vivem,observando seus deveres e se seus direitos se encontram sendo garantidos e respeitados. Observamos que. no caso brasileiro, precisamos avançar muito para que se possa afirmar que vivemos em uma “Pátria”, já que parte dos(as) brasileiros(as) encontram-se excluídos(as) socialmente, passando por preconceitos e descriminações de diversas espécies, em péssimas condições de vida.
Este quadro vem levando diversas entidades sociais, como igrejas, associações, sindicatos, MST, movimento estudantil, entre outras, a realizar, anualmente, o Grito dos(as) Excluídos(as), que ocorre em diversas localidades do Brasil, exatamente no dia 07 de setembro para lembrar a sociedade e aos governantes que não podemos comemorar o “Dia da Pátria”, sem promover a inclusão social de milhares de brasileiros(as).
Este ano, em sua 15ª edição, o Grito dos(as) Excluídos(as) continua mostrando a necessidade de mudanças na estrutura da sociedade brasileira e mundial, vencendo as mazelas implantadas pelo capitalismo, para que todas as pessoas possam viver com dignidade.
O Grito representa o momento para nós, da classe trabalhadora brasileira, demonstrar no dia 07 de setembro que continuamos vivos e ativos na luta pelos nossos direitos e na construção de um mundo justo, onde cada pessoa possa ser de fato um cidadão.
Neste contexto, o refrão da música cantada nas caminhadas do MST, assim como foi cantada durante todo ato e passeata do Grito no Centro do Recife no último dia 07 de setembro merece ser registrada para nossa reflexão: "Este é nosso País. Esta é nossa bandeira. É por amor a esta Pátria- Brasil. Que a gente segue em fileira...".
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Dalit: Novela ou realidade?
Acompanhando a novela “Caminhos das Índias”, muitas pessoas se impressionam como um ser humano pode ser considerado como impuro e intocável, vivendo afastado da sociedade, sendo denominado de “dalit”.
Bem, sem entrar nas fantasias da novela, o tema é bastante promissor, para pensamos um pouco na sociedade brasileira e verificamos o que ocorre de fato por aqui, em nossa realidade diária.
Será que por aqui, não há pessoa que possa ser considerada uma “dalit”? Será que todos brasileiros e todas brasileiras se encontram incluídos socialmente?
Nas ruas de nossas cidades encontramos diversas pessoas excluídas socialmente, mendigando, catando lixo, passando dias em dias sem se alimentar corretamente, não sendo percebidas por boa parte da sociedade, preocupada com seus problemas diários e indiferentes a tal situação.
Estes são os nossos ‘dalits”, que também encontramos em lixões, sobrevivendo da catação dos restos que jogamos fora, vivendo em completa degradação social, não tendo os direitos básicos de educação, saúde, emprego e habitação.
Aqui, entre nós, temos a realidade que nos incomoda nas cenas da novela e muito precisamos fazer para que seja mudada, revendo práticas de acomodação e tentativas de deixar a consciência livre com o ato de dar esmola.
Neste sentido, cabe uma reflexão sobre como o sistema capitalista favorece a permanência desta situação de exclusão social, salientando que a solução definitiva do problema passa pelo fim deste sistema de exploração humana.
Bem, mas até este estágio da sociedade seja alcançado, precisamos contribuir para mudança do quadro, não devendo nos acomodar com a realidade, tendo o senso crítico daquilo que observamos, buscando diminuir as diferenças sociais entre os seres humanos.
Sabemos que os governos têm responsabilidade imediata na reversão da situação, mas cada pessoa, de forma individual ou coletiva, pode e deve contribuir para que a exclusão social diminua entre nós, através de ações, como as que busquem a organização dos excluídos para lutarem por seus direitos.
Finalizando, deixo uma frase de Dom Helder Câmara, que pode nos ajudar a pensar sobre esta questão: “ A fome os outros condena a civilização dos que não têm fome”.
Bem, sem entrar nas fantasias da novela, o tema é bastante promissor, para pensamos um pouco na sociedade brasileira e verificamos o que ocorre de fato por aqui, em nossa realidade diária.
Será que por aqui, não há pessoa que possa ser considerada uma “dalit”? Será que todos brasileiros e todas brasileiras se encontram incluídos socialmente?
Nas ruas de nossas cidades encontramos diversas pessoas excluídas socialmente, mendigando, catando lixo, passando dias em dias sem se alimentar corretamente, não sendo percebidas por boa parte da sociedade, preocupada com seus problemas diários e indiferentes a tal situação.
Estes são os nossos ‘dalits”, que também encontramos em lixões, sobrevivendo da catação dos restos que jogamos fora, vivendo em completa degradação social, não tendo os direitos básicos de educação, saúde, emprego e habitação.
Aqui, entre nós, temos a realidade que nos incomoda nas cenas da novela e muito precisamos fazer para que seja mudada, revendo práticas de acomodação e tentativas de deixar a consciência livre com o ato de dar esmola.
Neste sentido, cabe uma reflexão sobre como o sistema capitalista favorece a permanência desta situação de exclusão social, salientando que a solução definitiva do problema passa pelo fim deste sistema de exploração humana.
Bem, mas até este estágio da sociedade seja alcançado, precisamos contribuir para mudança do quadro, não devendo nos acomodar com a realidade, tendo o senso crítico daquilo que observamos, buscando diminuir as diferenças sociais entre os seres humanos.
Sabemos que os governos têm responsabilidade imediata na reversão da situação, mas cada pessoa, de forma individual ou coletiva, pode e deve contribuir para que a exclusão social diminua entre nós, através de ações, como as que busquem a organização dos excluídos para lutarem por seus direitos.
Finalizando, deixo uma frase de Dom Helder Câmara, que pode nos ajudar a pensar sobre esta questão: “ A fome os outros condena a civilização dos que não têm fome”.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Militância política
Entre os temas que pretendo desenvolver neste blog, certamente, a questão da militância política deverá ter destaque, notadamente pelo fato que é algo que venho fazendo desde minha juventude, há quase trinta anos.
Como militante, passei rapidamente pelo movimento estudantil e no movimento sindical, porém concentrei minha atuação durante muito tempo no movimento popular, tanto na comunidade da Ilha do Chié (localizada no Bairro de Campo Grande) como no Movimento de Defesa dos Favelados (MDF) e, atualmente, me considero militante partidário do PT.
Este artigo não pretende se concentrar na minha história política, e, sim trazer algumas reflexões sobre o significado de se fazer militância política, algo que considero importante no contexto da sociedade que vivemos, onde a classe traballhadora precisa estar organizada e atuante.
Um primeiro questionamento que faço é por que uma pessoa se torna militante político, o que faz ele ou ela se torna defensor de uma causa? E por que outras pessoas (uma grande maioria) não se sensibilizam por uma causa ou não querem ser militantes?
Como resposta para este questionamento escuto a afirmativa que “a militância dá no sangue de cada um ou uma”, e, dia por que muitas pessoas militantes de esquerda (outro tema, que merece aprofundamento em outra ocasião) se emocionam ao ouvir a música cantada por Fafá de Belém, que diz “meu coração é vermelho...”.
Independente de como uma pessoa se tornar militante político, compreendo que a principal reflexão que precisamos fazer é o que se que com a militância política, quais objetivos se pretendem alcançar.
Esta resposta só pode ser dada por cada militante, pensando em sua prática e no que vem construindo com ela de forma individual ou em conjunto com outras pessoas que defendam suas idéias ou não, já que, antes de tudo, é importante que tenhamos em mente que na sociedade, temos pessoas que pensam e agem diferentes de nós.
Como todo militante almeja alcançar o poder, encerro esta rápida reflexão, com um questionamento que sempre escuto no Movimento Phenix e, que repasso para que possamos pensar coletivamente: “Qual o poder que queremos? Para que se quer este poder? Como queremos este poder?”
Como militante, passei rapidamente pelo movimento estudantil e no movimento sindical, porém concentrei minha atuação durante muito tempo no movimento popular, tanto na comunidade da Ilha do Chié (localizada no Bairro de Campo Grande) como no Movimento de Defesa dos Favelados (MDF) e, atualmente, me considero militante partidário do PT.
Este artigo não pretende se concentrar na minha história política, e, sim trazer algumas reflexões sobre o significado de se fazer militância política, algo que considero importante no contexto da sociedade que vivemos, onde a classe traballhadora precisa estar organizada e atuante.
Um primeiro questionamento que faço é por que uma pessoa se torna militante político, o que faz ele ou ela se torna defensor de uma causa? E por que outras pessoas (uma grande maioria) não se sensibilizam por uma causa ou não querem ser militantes?
Como resposta para este questionamento escuto a afirmativa que “a militância dá no sangue de cada um ou uma”, e, dia por que muitas pessoas militantes de esquerda (outro tema, que merece aprofundamento em outra ocasião) se emocionam ao ouvir a música cantada por Fafá de Belém, que diz “meu coração é vermelho...”.
Independente de como uma pessoa se tornar militante político, compreendo que a principal reflexão que precisamos fazer é o que se que com a militância política, quais objetivos se pretendem alcançar.
Esta resposta só pode ser dada por cada militante, pensando em sua prática e no que vem construindo com ela de forma individual ou em conjunto com outras pessoas que defendam suas idéias ou não, já que, antes de tudo, é importante que tenhamos em mente que na sociedade, temos pessoas que pensam e agem diferentes de nós.
Como todo militante almeja alcançar o poder, encerro esta rápida reflexão, com um questionamento que sempre escuto no Movimento Phenix e, que repasso para que possamos pensar coletivamente: “Qual o poder que queremos? Para que se quer este poder? Como queremos este poder?”
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Quem são os vândalos?
Assistindo o Jornal da Globo, escutei a repórter afirmar que: "Os vândalos queimaram ônibus em uma favela de São Paulo", e, neste momento, parei para reflitir e me veio a seguinte pergunta: Afinal, quem é que praticou vandalismo mesmo neste caso?
Bem vamos aos fatos.
O processo foi iniciado com a morte de uma jovem que residia na favela, sendo tal morte provocada por componentes das forças de segurança, que entraram atirando na comunidade na caça de bandidos, sem considerar que ali a grande maioria da população é constituída de trabalhadores e trabalhadoras.
Semelhante a casos anteriores, as autoridades afirmam, através dos meios de comunicação, que: "ocorreu uma reação das forças de segurança", "quem morreu possuia ligação com a bandidagem','tudo vai ser apurado com rigor', entre outras. tentativas de justificativas.
No caso específico de são Paulo,ccomo a grande parte da população dessas comunidades começam a ficarem cansadas com tal situação, começa surgir reações como que assistimos pela televisão e, aí, estas pessoas são denominadas como "vândalos" pela mídia.
Não sou um especialista em questões de segurança, mas como um ex-morador de uma favela, que já viu algumas ações violentas por parte das forças de segurança contra cidadões honestos e pacatos, compreendo que esta situação necesssita mudar urgentemente, devendo se rever como as forças de segurança entram nas favelas e áreas carentes, pois do contrário, corremos o risco de ver a continuidade da reação dos moradores destas localidades, naquilo que a mídia chama de vandalismo, sem aprofundar as causas e consequências do fato.
Passos para a coleta seletiva
Em diversos setores da sociedade vem se discutindo a necessidade da implantação de projetos de coleta seletiva, diante interesses sócio-ambientais ou econômicos.
Um projeto de coleta seletiva pode ser implantado tanto pelo poder público (Prefeitura) como pela iniciativa de segmentos sociais, onde, observamos, em muitos casos, que a queima de etapas faz com os objetivos pretendidos não sejam alcançados.
Neste contexto, apresentamos, abaixo, alguns passos que julgamos necessários para elaboração e implantação de um projeto de coleta seletiva sustentável, que deve ser adaptado a cada realidade:
1. Formação de um grupo interessado no assunto, tendo como ponto de partida a discussão, a partir da realidade local, sobre questões relacionadas aos resíduos sólidos (lixo) desde sua geração até a destinação final.
2. Elaboração do projeto de coleta seletiva, contando com as seguintes informações:
· Quantidade diária e caracterização do lixo produzido na localidade;
· Tipos de materiais recicláveis a serem separados seletivamente;
· Destino a ser dado aos materiais coletados seletivamente, que, geralmente, envolve grupo de catadores;
· Identificação de parceiros para a realização do projeto da coleta seletiva (ONGs, poder público, escolas, comércio, indústria, condomínios, etc.);
· Plano de sensibilização e educativo da população.
· Maneira de armazenar o lixo em cada residência, separando os recicláveis dos não-recicláveis;
· Tipo de veículos/equipamentos a serem utilizados na coleta seletiva;
· Roteiro e freqüência da coleta seletiva na comunidade;
· Local de armazenagem dos resíduos coletados seletivamente, que deve ser licenciado pelo órgão ambiental.
3. Realização das ações de sensibilização e educativas da população, cuja duração vai depender dos resultados alcançados, utilizando uma linguagem acessível à população e instrumentos como:
· Reuniões com dinâmicas participativas;
· Panfletos/cartazes;
· Rádio comunitária, caso existente na localidade;
· Carro de som/anuncicleta (se houver recursos financeiros disponíveis)
· Envolvimento dos grupos organizados da área (entidades religiosas, escolas, clubes, associações);
· Atividades sociais e culturais (gincanas, torneios, festas).
4. Início do processo de coleta seletiva, que só deve ocorrer após uma avaliação dos resultados obtidos com as ações de sensibilização e educativas.
Com referência aos catadores (as) de materiais recicláveis, o projeto deve levar em consideração:
· Quantidade de catadores na área do projeto (por sexo, idade, etc.);
· Necessidades emergenciais dos catadores e catadoras (documentação, assistência médica, assistência social, ações de alfabetização e de organização, entre outras);
· Localização dos deposeiros e comerciantes de recicláveis;
· Forma de participação dos (as) catadores (as) na coleta seletiva ou os procedimentos de doação dos materiais recicláveis aos mesmos (as);
· Procedimentos para organização dos (as) catadores (as) e forma e freqüência de ressarcimento dessas pessoas diante a comercialização dos materiais recicláveis.
Um projeto de coleta seletiva pode ser implantado tanto pelo poder público (Prefeitura) como pela iniciativa de segmentos sociais, onde, observamos, em muitos casos, que a queima de etapas faz com os objetivos pretendidos não sejam alcançados.
Neste contexto, apresentamos, abaixo, alguns passos que julgamos necessários para elaboração e implantação de um projeto de coleta seletiva sustentável, que deve ser adaptado a cada realidade:
1. Formação de um grupo interessado no assunto, tendo como ponto de partida a discussão, a partir da realidade local, sobre questões relacionadas aos resíduos sólidos (lixo) desde sua geração até a destinação final.
2. Elaboração do projeto de coleta seletiva, contando com as seguintes informações:
· Quantidade diária e caracterização do lixo produzido na localidade;
· Tipos de materiais recicláveis a serem separados seletivamente;
· Destino a ser dado aos materiais coletados seletivamente, que, geralmente, envolve grupo de catadores;
· Identificação de parceiros para a realização do projeto da coleta seletiva (ONGs, poder público, escolas, comércio, indústria, condomínios, etc.);
· Plano de sensibilização e educativo da população.
· Maneira de armazenar o lixo em cada residência, separando os recicláveis dos não-recicláveis;
· Tipo de veículos/equipamentos a serem utilizados na coleta seletiva;
· Roteiro e freqüência da coleta seletiva na comunidade;
· Local de armazenagem dos resíduos coletados seletivamente, que deve ser licenciado pelo órgão ambiental.
3. Realização das ações de sensibilização e educativas da população, cuja duração vai depender dos resultados alcançados, utilizando uma linguagem acessível à população e instrumentos como:
· Reuniões com dinâmicas participativas;
· Panfletos/cartazes;
· Rádio comunitária, caso existente na localidade;
· Carro de som/anuncicleta (se houver recursos financeiros disponíveis)
· Envolvimento dos grupos organizados da área (entidades religiosas, escolas, clubes, associações);
· Atividades sociais e culturais (gincanas, torneios, festas).
4. Início do processo de coleta seletiva, que só deve ocorrer após uma avaliação dos resultados obtidos com as ações de sensibilização e educativas.
Com referência aos catadores (as) de materiais recicláveis, o projeto deve levar em consideração:
· Quantidade de catadores na área do projeto (por sexo, idade, etc.);
· Necessidades emergenciais dos catadores e catadoras (documentação, assistência médica, assistência social, ações de alfabetização e de organização, entre outras);
· Localização dos deposeiros e comerciantes de recicláveis;
· Forma de participação dos (as) catadores (as) na coleta seletiva ou os procedimentos de doação dos materiais recicláveis aos mesmos (as);
· Procedimentos para organização dos (as) catadores (as) e forma e freqüência de ressarcimento dessas pessoas diante a comercialização dos materiais recicláveis.
Sem folhas, não há Orixás
Costumeiramente, escutamos algumas pessoas afirmarem que os cultos das religiões de matriz africana representam riscos para preservação das matas, devido ao acúmulo dos materiais decorrentes das oferendas aos Orixás e risco de incêndio e risco de incêndio pelo uso de velas, assim como, também, representaria problemas aos rios e ao mar, diante o lançamento de tais oferendas nos cursos de água.
A defesa da preservação ambiental utilizada por determinadas pessoas para manter o posicionamento acima, na verdade representa um preconceito contra religiões de matriz africana, como o candomblé, por exemplo, já que estas mesmas pessoas, em sua maioria, não se posicionam contrárias aos responsáveis por danos realmente mais sérios contra o meio ambiente.
Contrapondo a idéia acima, grande parte dos (as) representantes das religiões de matriz africana vem defendendo a necessidade que os cultos sejam realizados de forma sustentável, tendo como princípio que cada Orixá se relaciona com um elemento da natureza, sendo esta questão ressaltada em uma frase: “sem folhas, não há Orixás”.
Lembramos que além das ações de cada terreiro, este assunto já foi objeto de duas oficinas realizadas pelos representantes das religiões de matriz africana juntamente com a Prefeitura do Recife em 2008 e 2009, durante a Semana de Meio Ambiente, onde se viu a importância de cada folha e planta para o culto aos Orixás.
Em julho passado, durante o III Encontro Pernambucano das Mulheres de Terreiro, o tema ambiental fez parte da agenda do evento, sendo tema de uma das 09 oficinas ali realizadas, onde, posteriormente o plenário aprovou as propostas de tal oficina, que norteiam sobre a realização de ações de educação ambiental, produção de materiais educativos, reciclagem dos resíduos gerados nas atividades de cada terreiro, entre outras.
Observa-se, então, que a preservação da natureza é essencial para o culto aos Orixás por parte das religiões afro-brasileiras, cabendo para cada um de nós que defendenos a liberdade religiosa efetuar o combate ao preconceito e a descriminação que há contra tais religiões.
A defesa da preservação ambiental utilizada por determinadas pessoas para manter o posicionamento acima, na verdade representa um preconceito contra religiões de matriz africana, como o candomblé, por exemplo, já que estas mesmas pessoas, em sua maioria, não se posicionam contrárias aos responsáveis por danos realmente mais sérios contra o meio ambiente.
Contrapondo a idéia acima, grande parte dos (as) representantes das religiões de matriz africana vem defendendo a necessidade que os cultos sejam realizados de forma sustentável, tendo como princípio que cada Orixá se relaciona com um elemento da natureza, sendo esta questão ressaltada em uma frase: “sem folhas, não há Orixás”.
Lembramos que além das ações de cada terreiro, este assunto já foi objeto de duas oficinas realizadas pelos representantes das religiões de matriz africana juntamente com a Prefeitura do Recife em 2008 e 2009, durante a Semana de Meio Ambiente, onde se viu a importância de cada folha e planta para o culto aos Orixás.
Em julho passado, durante o III Encontro Pernambucano das Mulheres de Terreiro, o tema ambiental fez parte da agenda do evento, sendo tema de uma das 09 oficinas ali realizadas, onde, posteriormente o plenário aprovou as propostas de tal oficina, que norteiam sobre a realização de ações de educação ambiental, produção de materiais educativos, reciclagem dos resíduos gerados nas atividades de cada terreiro, entre outras.
Observa-se, então, que a preservação da natureza é essencial para o culto aos Orixás por parte das religiões afro-brasileiras, cabendo para cada um de nós que defendenos a liberdade religiosa efetuar o combate ao preconceito e a descriminação que há contra tais religiões.
domingo, 30 de agosto de 2009
A questão do lixo na Região Metropolitana do Recife
O debate sobre a questão dos resíduos sólidos na Região Metropolitana do Recife (RMR) se expandiu a partir dos anos oitenta do século passado, diante a proposta do Governo do Estado para implantação de aterros sanitários em Caetés e Muribeca, juntamente com estação de transbordo em Peixinhos, que ocasionou uma reação da sociedade civil e dos prefeitos recém-eleitos, notadamente aqueles ligados à oposição na época, que não aceitavam os projetos sem discussão prévia e que contradiziam com a abertura democrática do país, bem como havia discordância técnica com tais projetos pela falta de alternativas como reciclagem dos resíduos.
Diante a resistência, o Governo do Estado criou, então, o Grupo Executivo de Limpeza Urbana (GELURB), no âmbito da antiga FIDEM, constituído de representantes do poder público estadual e das prefeituras, objetivando discutir proposições técnicas para a problemática dos resíduos sólidos na RMR, incluindo elaboração de planos estratégicos de limpeza urbana para todos municípios da Região.
Após a extinção do GELURB juntamente com o esvaziamento da FIDEM, verificou-se que toda discussão metropolitana se concentrou na elaboração de projetos para tratamento e/ou destinação final dos resíduos, através da proposição de convênios entre as prefeituras, que não chegaram a ser concretizados, por falta de recursos financeiros e opção política dos gestores públicos, permanecendo o caos de sistemas inadequados para disposição final dos resíduos.
Durante todo este intervalo de tempo, a única experiência concreta de parceria na RMR é o Aterro da Muribeca, situado no município de Jaboatão dos Guararapes, por falta de opção de área na cidade do Recife, sendo os resíduos sólidos ali gerados dispostos naquela localidade desde 1985, e esta experiência demonstrou sua fragilidade no ano de 2001, quando a Prefeitura Municipal de Jaboatão dos Guararapes decidiu proibir a disposição de resíduos provenientes da capital pernambucana, ocasionando, na época, a revisão dos contratos existentes, definindo-se uma gestão compartilhada do referido Aterro.
O regaste histórico acima, indica que, até o momento, o debate metropolitano sobre os resíduos sólidos privilegiou a busca de soluções para a disposição final dos resíduos, norteada pela agravante problemática sócio-ambiental da situação existente, faltando, contudo, a discussão de outras questões relacionadas ao sistema de limpeza urbana como a ineficiência da prestação dos serviços em determinadas localidades, a ineficácia de programas de coleta seletiva, reduzida consciência ambiental da população e não envolvimento da sociedade nas soluções dos problemas.
O regaste histórico acima, indica que, até o momento, o debate metropolitano sobre os resíduos sólidos privilegiou a busca de soluções para a disposição final dos resíduos, norteada pela agravante problemática sócio-ambiental da situação existente, faltando, contudo, a discussão de outras questões relacionadas ao sistema de limpeza urbana como a ineficiência da prestação dos serviços em determinadas localidades, a ineficácia de programas de coleta seletiva, reduzida consciência ambiental da população e não envolvimento da sociedade nas soluções dos problemas.
Ressaltamos que qualquer proposição para a gestão dos resíduos sólidos deve ser baseada no preceito constitucional, o qual determina que os serviços de limpeza urbana são atribuições dos municípios, logo o envolvimento em ação metropolitana depende da decisão política do gestor municipal.
A busca de soluções conjuntas na RMR é fortalecida devido às características semelhantes de algumas localidades da mesma, bem como ao deslocamento permanente da população de um município para outro, juntamente com a proximidade geográfica de alguns municípios, como no caso do bairro do Jordão, no limite entre Recife e Jaboatão dos Guararapes, cuja solução dos problemas depende da integração das ações das duas prefeituras.
Verifica-se a necessidade de intercâmbio técnico entre as prefeituras, incluindo uma avaliação sobre as metodologias de planejamento da oferta dos serviços de limpeza urbana à população e quais tecnologias e equipamentos podem ser utilizados em áreas com características semelhantes nos diversos municípios da RMR, buscando minimização dos problemas e diminuição dos custos.
O intercâmbio poderá encontrar soluções para a ineficiência da coleta domiciliar em determinadas localidades, principalmente aquelas mais carentes, diminuindo os pontos de confinamento e o lançamento do lixo em galerias, canais, rios, entre outros.
Diariamente, é observada a triagem de materiais recicláveis nas vias públicas e nos aterros e lixões da RMR, onde os catadores atuam em condições insalubres e com apoio ainda reduzido do poder público e da sociedade.
A busca de soluções conjuntas na RMR é fortalecida devido às características semelhantes de algumas localidades da mesma, bem como ao deslocamento permanente da população de um município para outro, juntamente com a proximidade geográfica de alguns municípios, como no caso do bairro do Jordão, no limite entre Recife e Jaboatão dos Guararapes, cuja solução dos problemas depende da integração das ações das duas prefeituras.
Verifica-se a necessidade de intercâmbio técnico entre as prefeituras, incluindo uma avaliação sobre as metodologias de planejamento da oferta dos serviços de limpeza urbana à população e quais tecnologias e equipamentos podem ser utilizados em áreas com características semelhantes nos diversos municípios da RMR, buscando minimização dos problemas e diminuição dos custos.
O intercâmbio poderá encontrar soluções para a ineficiência da coleta domiciliar em determinadas localidades, principalmente aquelas mais carentes, diminuindo os pontos de confinamento e o lançamento do lixo em galerias, canais, rios, entre outros.
Diariamente, é observada a triagem de materiais recicláveis nas vias públicas e nos aterros e lixões da RMR, onde os catadores atuam em condições insalubres e com apoio ainda reduzido do poder público e da sociedade.
A proximidade dos municípios da RMR facilita o deslocamento permanente dos catadores entre os mesmos, verificando-se que qualquer ação para coleta seletiva depende de uma articulação metropolitana, já que as ações isoladas, como as implantadas por Recife e Olinda, não tiveram os resultados esperados.
Observa-se a necessidade de uma articulação das prefeituras no sentido de implantar projetos de coleta seletiva com metodologia semelhante, com a inclusão social dos catadores, através do fortalecimento da organização dos mesmos e envolvendo a sociedade, para que efetue a triagem dos resíduos no local de geração, norteada pela política dos 3 R´s – reduzir, reutilizar e reciclar, doando os materiais recicláveis aos referidos catadores.
A articulação das prefeituras deve proporcionar condições para que seja evitada a presença de crianças e adolescentes realizando catação de lixo, buscando oferecer condições para que os mesmos freqüentem escolas, incluindo suas famílias em programas sociais, através do envolvimento do Governo Federal e o Estadual.
Uma outra ação que poderá ser articulada pelas prefeituras da RMR faz referência a busca de opções para os catadores que atuam nos locais de disposição final, que vem realizando a triagem nas frentes de operação, junto com máquinas e concorrendo com animais, como ratos e urubus, devendo se criar oferta de empregos para aquelas pessoas com determinadas qualificações que ali atuam, além da implantação de núcleos de triagem paras os que permanecerem efetuando catação.
Os resultados com as ações educativas no tocante aos resíduos sólidos na RMR são insatisfatórios, não se observando mudanças de hábitos por parte da população, sendo tal fato decorrente do processo metodológico utilizado, que necessita ser revisto e melhorado, além de tais ações serem realizadas isoladamente por cada município.
A melhoria dos resultados, incluindo a sensibilização para as ações de coleta seletiva, depende de uma ampla discussão metropolitana, pois muitas pessoas se deslocam diariamente em toda RMR, dormindo em um município e trabalhando em outro, demonstrando que não se pode trabalhar, por exemplo, a população de Recife e não trabalhar a população de Jaboatão dos Guararapes, que trará para capital todos seus hábitos.
Observa-se a necessidade de uma articulação das prefeituras no sentido de implantar projetos de coleta seletiva com metodologia semelhante, com a inclusão social dos catadores, através do fortalecimento da organização dos mesmos e envolvendo a sociedade, para que efetue a triagem dos resíduos no local de geração, norteada pela política dos 3 R´s – reduzir, reutilizar e reciclar, doando os materiais recicláveis aos referidos catadores.
A articulação das prefeituras deve proporcionar condições para que seja evitada a presença de crianças e adolescentes realizando catação de lixo, buscando oferecer condições para que os mesmos freqüentem escolas, incluindo suas famílias em programas sociais, através do envolvimento do Governo Federal e o Estadual.
Uma outra ação que poderá ser articulada pelas prefeituras da RMR faz referência a busca de opções para os catadores que atuam nos locais de disposição final, que vem realizando a triagem nas frentes de operação, junto com máquinas e concorrendo com animais, como ratos e urubus, devendo se criar oferta de empregos para aquelas pessoas com determinadas qualificações que ali atuam, além da implantação de núcleos de triagem paras os que permanecerem efetuando catação.
Os resultados com as ações educativas no tocante aos resíduos sólidos na RMR são insatisfatórios, não se observando mudanças de hábitos por parte da população, sendo tal fato decorrente do processo metodológico utilizado, que necessita ser revisto e melhorado, além de tais ações serem realizadas isoladamente por cada município.
A melhoria dos resultados, incluindo a sensibilização para as ações de coleta seletiva, depende de uma ampla discussão metropolitana, pois muitas pessoas se deslocam diariamente em toda RMR, dormindo em um município e trabalhando em outro, demonstrando que não se pode trabalhar, por exemplo, a população de Recife e não trabalhar a população de Jaboatão dos Guararapes, que trará para capital todos seus hábitos.
Com referência a metodologia, verifica-se que as ações educativas ocorrem de forma pontual, através da distribuição de panfletos, havendo a necessidade do envolvimento da sociedade na elaboração dos instrumentos a serem utilizados, além de uma política de mídia com linguagem acessível a toda população.
As propostas de uma ação metropolitana na gestão dos resíduos sólidos só terão resultados satisfatórios através da criação de um Fórum Metropolitano de Resíduos Sólidos, esfera envolvendo o poder público e entidades da sociedade civil.
Este Fórum possibilitará a democratização e acompanhamento das ações do setor, oferecendo condições para uma melhor eficácia na execução dos serviços das empresas contratadas e valorização das decisões técnicas.
A criação do Fórum deve ser resultante da realização de uma conferência metropolitana sobre os resíduos sólidos, onde se definirá a forma de atuação conjunta e os mecanismos de participação popular e controle social nas esferas públicas.
Finalizando, ressalta-se que a articulação metropolitana nas diversas etapas da gestão dos resíduos sólidos minimizará os problemas gerados pelos mesmos, contribuindo com o desenvolvimento sustentável da RMR.
As propostas de uma ação metropolitana na gestão dos resíduos sólidos só terão resultados satisfatórios através da criação de um Fórum Metropolitano de Resíduos Sólidos, esfera envolvendo o poder público e entidades da sociedade civil.
Este Fórum possibilitará a democratização e acompanhamento das ações do setor, oferecendo condições para uma melhor eficácia na execução dos serviços das empresas contratadas e valorização das decisões técnicas.
A criação do Fórum deve ser resultante da realização de uma conferência metropolitana sobre os resíduos sólidos, onde se definirá a forma de atuação conjunta e os mecanismos de participação popular e controle social nas esferas públicas.
Finalizando, ressalta-se que a articulação metropolitana nas diversas etapas da gestão dos resíduos sólidos minimizará os problemas gerados pelos mesmos, contribuindo com o desenvolvimento sustentável da RMR.
Em tempo: Este artigo foi publicado na Série Cadernos do Observatório PE, referente a Políticas Públicas e Gestão Local na Região Metropolitana do Recife, de agosto de 2007.
O meio ambiente e o futuro da humanidade
Ao falarmos em meio ambiente, cabe uma pergunta que precisa ser refletida por todos nós: Que mundo nós queremos deixar para nossas futuras gerações?
Até o presente momento, observa-se que vem sendo mantida uma relação de degradação com o meio ambiente, baseada na exploração irracional dos recursos naturais para produção de bens, que buscam satisfazer uma camada privilegiada de pessoas, dentro da lógica da sociedade capitalista e, atualmente, o processo da globalização da economia, onde as grandes empresas mundiais se expandem por todo planeta, sempre com o objetivo de obter maiores lucros em suas atividades, sem nenhum compromisso sócio-ambiental.
Neste contexto, durante décadas, verificamos ações como desmatamento, queimadas, o uso de agrotóxicos na agricultura, a poluição e aterros de rios e outros cursos de água, a geração de grande quantidade de lixo, a ocupação irregular de áreas de manguezais, tudo em nome do desenvolvimento da humanidade, sem a mínima preocupação com a preservação do meio ambiente.
A degradação ambiental ocasiona o aceleramento das desigualdades entre os seres humanos, elevando o nível de pobreza da camada de excluídos social e economicamente, que sofrem os maiores efeitos das ações humanas sobre o meio ambiente, onde muitas pessoas vivem em áreas de risco de vida, sem nenhuma infra-estrutura e não conseguem nem a garantia da alimentação diária da família, fato verificado em todas regiões do mundo.
Do ponto de vista global, verificamos que a degradação ambiental vem acelerando o processo das mudanças climáticas, levando a riscos de catástrofes em todo planeta, incluindo o Brasil, onde a situação só podendo começar ser revertida com um novo relacionamento dos seres humanos com a natureza, garantindo a preservação dos recursos naturais.
Ressaltamos que ao falarmos em preservação, não estamos defende que os recursos naturais não sejam utilizados pelas pessoas, mas que seu uso seja de forma sustentável, considerando que os seres humanos devem se sentir como parte da natureza, e os bens por ventura gerados sejam aproveitados por toda coletividade e não só de uma parte de seres humanos.
O uso racional dos recursos naturais possibilitará a existência das futuras gerações humanas, garantindo, portanto, que a sobrevivência da raça dos seres humanos, além de diminuir as desigualdades sociais e econômicas, bem como proporcionando uma boa qualidade de vida para todos.
Neste contexto, voltando a pergunta inicial deste artigo, devemos cada um de nós, fazer uma segunda pergunta: E qual é meu compromisso em com tudo isto?
Compreendo que cada um de nós tem uma função importante em tudo visto acima, pois se mudarmos hábitos e costumes pessoais, como a diminuição do consumo excessivo, além de, sempre que possível, só realizar aquisição de produtos daquelas empresas que respeitem o meio ambiente, estaremos contribuindo para que os recursos naturais sejam preservados e utilizados de forma racional.
Devemos, ainda, ampliar o debate sobre as questões ambientais em nossos espaços de convivência, seja a família, igreja, escola, trabalho, associação de moradores, sindicato, entre outros, sempre buscando que as pessoas respeitem e preservem os recursos naturais ainda existentes entre nós.
Cada um de nós pode, também, contribuir para diminuir as desigualdades entre as pessoas de nosso bairro e cidade, com ações como a valorização do trabalho dos catadores e das catadoras de materiais recicláveis, realizando a separação dos resíduos gerados em nossas residências e só doando para os mesmos e as mesmas aquilo que realmente possa ser reaproveitados, valorizando seu papel na sociedade, como agentes da preservação ambiental, já que contribuem na diminuição dos resíduos que necessitam ser depositados em aterros, devendo serem considerados como cidadãos e cidadãs iguais a todos outros seres humanos e não como pessoas de segunda ou terceira classe.
Com ações como estas, estaremos contribuindo na prática com a preservação do meio ambiente e com a melhoria da qualidade de vida para os seres humanos da atual e das futuras gerações.
Dez anos atrás
Geralmente, fazemos uma retrospectiva dos fatos que tiveram impactos em nossas vidas lembrando de momentos e de pessoas. Neste momento, por exemplo, recordo do ano de 1999, ou seja, 10 anos atrás, onde, no segundo semestre, alguns fatos me fizeram passar por emoções fortes, com a morte de 03 pessoas que, tive a honra de conviver e que no meu entendimento, deixaram exemplos a ser seguidos por todos e todas nós.
Uma destas pessoas, que morreram em 1999, foi Dom Helder Câmara, que atuou como Arcebispo da Igreja Católica de Olinda e Recife, que, pessoalmente, tive oportunidade de estar com Dom Helder Câmara em algumas ocasiões, no período dos anos oitenta que professei a fé católica , onde era membro do grupo de jovens da Paróquia do Bairro de Campo Grande (Recife), através de reuniões do setor pastoral ou em suas homílias nas missas que celebrava.
Uma das marcas de Dom Helder Câmara era apoiar as organizações de dentro e de fora da Igreja e assim como militante do Movimento de Defesa dos Favelados e Moradores de Áreas Carentes de Pernambuco (MDF), sempre contávamos com o apoio dele em nossas ações, o que contribuiu para o fortalecimento da luta do movimento, inclusive na aquisição da sede situada na Rua da Glória, no centro de Recife.
Por toda sua obra em vida, Dom Helder Câmara é um exemplo a ser seguido por todos e todas que se autodenominam cristãos, sendo reconhecido e é reconhecido mundialmente pelo seu engajamento na luta por um mundo mais justo, defendendo os direitos inalienáveis de qualquer ser humano viver numa sociedade sem violência e sem exclusão social.
A segunda pessoa que morreu em 199, chamava-se Márcia Dragmon, uma mulher que se dedicou a militância política, vivendo parte da vida longe da família, combatendo a ditadura militar implantada no Brasil a partir de 1964. Com o final do regime militar, Márcia se engajou na organização do Coletivo Mulher Vida, organização não-governamental que atua na Região Metropolitana do Recife, objetivando garantir os direitos das mulheres, combatendo a violência praticada contra as mesmas, decorrente de uma sociedade machista.
Convivi com Márcia no Movimento Phênix, na época que se realizava trabalhos em grupo através do autoconhecimento e da teoria do espelhamento, onde cada pessoa buscava se ver a partir do incômodo que outra pessoa provocava em si, onde ela se tornou minha amiga.
Graças ao Movimento Phenix, eu, Márcia e outras pessoas que eram ou são militantes políticos puderam ver que, muitas vezes, nossa prática política é como castelos de areias, que, rapidamente, a onda da praia vem e derruba, observando-se que a briga simplesmente pelo poder é totalmente insignificante na militância política, havendo, portanto, necessidade de se ter uma militância centrada em objetivos sólidos, vendo erros e virtudes nas outras pessoas, mesmo que não comunguem com nossas idéias e pensamentos.
A terceira morte que citada acima foi de Carlos Eduardo da Solva Monteiro, que conheci na adolescência como colega de sala de aula na Escola Técnica Federal de Pernambuco e que se transformou em um grande amigo, sendo, inclusive, padrinho de meu casamento com Dálete em 1991.
Carlos foi outra pessoa que dedicou a vida na construção de um mundo mais justo, devendo lembrar sua participação na reorganização das entidades do movimento estudantil na Universidade Federal Rural de Pernambuco na década de oitenta e sua contribuição para organização do PT em Pernambuco, sendo importante afirmar que apesar de sermos amigos, nunca convivemos em uma mesma tendência política interna do Partido.
Como representante da OXFAM no Brasil, uma fundação inglesa que prestava assistência social em países do terceiro mundo, Carlos mostrou seu engajamento e compromisso, contribuindo com a organização de diversas entidades sociais, na época que a sociedade civil se reorganizava no país após longos anos do regime militar.
Bem para não só falar em morte, lembro que, em dezembro de 1999, tive o prazer do nascimento de Rani, minha filha, que junto com Caio, nascido em 1993, tornou-se minha dupla de filhos, onde espero que os dois juntamente com os demais adolescentes e crianças de suas gerações possam conhecer exemplos de pessoas como as citadas acima e que no mundo todo contribuíram e vem contribuindo para se ter uma sociedade mais justa e fraterna e, aí, quem sabe isto não se tornará realidade?
Uma destas pessoas, que morreram em 1999, foi Dom Helder Câmara, que atuou como Arcebispo da Igreja Católica de Olinda e Recife, que, pessoalmente, tive oportunidade de estar com Dom Helder Câmara em algumas ocasiões, no período dos anos oitenta que professei a fé católica , onde era membro do grupo de jovens da Paróquia do Bairro de Campo Grande (Recife), através de reuniões do setor pastoral ou em suas homílias nas missas que celebrava.
Uma das marcas de Dom Helder Câmara era apoiar as organizações de dentro e de fora da Igreja e assim como militante do Movimento de Defesa dos Favelados e Moradores de Áreas Carentes de Pernambuco (MDF), sempre contávamos com o apoio dele em nossas ações, o que contribuiu para o fortalecimento da luta do movimento, inclusive na aquisição da sede situada na Rua da Glória, no centro de Recife.
Por toda sua obra em vida, Dom Helder Câmara é um exemplo a ser seguido por todos e todas que se autodenominam cristãos, sendo reconhecido e é reconhecido mundialmente pelo seu engajamento na luta por um mundo mais justo, defendendo os direitos inalienáveis de qualquer ser humano viver numa sociedade sem violência e sem exclusão social.
A segunda pessoa que morreu em 199, chamava-se Márcia Dragmon, uma mulher que se dedicou a militância política, vivendo parte da vida longe da família, combatendo a ditadura militar implantada no Brasil a partir de 1964. Com o final do regime militar, Márcia se engajou na organização do Coletivo Mulher Vida, organização não-governamental que atua na Região Metropolitana do Recife, objetivando garantir os direitos das mulheres, combatendo a violência praticada contra as mesmas, decorrente de uma sociedade machista.
Convivi com Márcia no Movimento Phênix, na época que se realizava trabalhos em grupo através do autoconhecimento e da teoria do espelhamento, onde cada pessoa buscava se ver a partir do incômodo que outra pessoa provocava em si, onde ela se tornou minha amiga.
Graças ao Movimento Phenix, eu, Márcia e outras pessoas que eram ou são militantes políticos puderam ver que, muitas vezes, nossa prática política é como castelos de areias, que, rapidamente, a onda da praia vem e derruba, observando-se que a briga simplesmente pelo poder é totalmente insignificante na militância política, havendo, portanto, necessidade de se ter uma militância centrada em objetivos sólidos, vendo erros e virtudes nas outras pessoas, mesmo que não comunguem com nossas idéias e pensamentos.
A terceira morte que citada acima foi de Carlos Eduardo da Solva Monteiro, que conheci na adolescência como colega de sala de aula na Escola Técnica Federal de Pernambuco e que se transformou em um grande amigo, sendo, inclusive, padrinho de meu casamento com Dálete em 1991.
Carlos foi outra pessoa que dedicou a vida na construção de um mundo mais justo, devendo lembrar sua participação na reorganização das entidades do movimento estudantil na Universidade Federal Rural de Pernambuco na década de oitenta e sua contribuição para organização do PT em Pernambuco, sendo importante afirmar que apesar de sermos amigos, nunca convivemos em uma mesma tendência política interna do Partido.
Como representante da OXFAM no Brasil, uma fundação inglesa que prestava assistência social em países do terceiro mundo, Carlos mostrou seu engajamento e compromisso, contribuindo com a organização de diversas entidades sociais, na época que a sociedade civil se reorganizava no país após longos anos do regime militar.
Bem para não só falar em morte, lembro que, em dezembro de 1999, tive o prazer do nascimento de Rani, minha filha, que junto com Caio, nascido em 1993, tornou-se minha dupla de filhos, onde espero que os dois juntamente com os demais adolescentes e crianças de suas gerações possam conhecer exemplos de pessoas como as citadas acima e que no mundo todo contribuíram e vem contribuindo para se ter uma sociedade mais justa e fraterna e, aí, quem sabe isto não se tornará realidade?
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